Pele e vitamina D: qual o grau de exposição solar necessário para atingir o nível sérico ideal
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.31030Palavras-chave:
Vitamina D; Exposição solar; Pele; Metabolismo ósseo.Resumo
A vitamina D é lembrada na literatura pela sua grande atuação no organismo como reguladora do metabolismo ósseo. Contudo, além da sua ação no sistema osteoarticular, seus principais efeitos estendem-se sobre a pele, o sistema endócrino e o aparelho gastrointestinal. A principal forma de produção dessa vitamina ocorre pela sua síntese na pele, quando exposta ao sol. Porém, se feita de maneira inadequada, pode interferir nos benefícios que ela traz ao organismo ou, até mesmo, gerar-lhe efeitos nocivos. Portanto, é fundamental manter níveis apropriados de vitamina D, tendo-se em conta que cada pessoa responde de forma distinta ao estímulo dos raios ultravioleta. Devido às muitas variáveis envolvidas como horário, tempo de exposição, área cutânea exposta e cor da pele, a fixação de padrões genéricos universais de exposição supostamente adequados, são discutíveis, depreendendo-se que é inevitável e imprescindível estipular graus de exposição solar satisfatórios para cada indivíduo, atendendo a suas particularidades. Mediante metanálise, este trabalho reuniu fragmentos relevantes de artigos científicos relacionados à vitamina D, e sua síntese cutânea por meio dos raios ultravioleta, analisando-os, procurando concluir quais os níveis ideais de exposição solar para suprir a necessidade específica dessa vitamina para cada grupo de indivíduos. Os resultados encontrados manifestam como os principais grupos a realizarem a exposição solar mulheres e caucasianos. E, foi possível retratar os grupos correspondentes à faixa etária e fotótipo sendo os mais prováveis à individualização quanto a necessidade básica de exposição solar para atingir o nível sérico essencial de vitamina D.
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