Avaliação in vitro da capacidade de corte das limas V-File e Reciproc Blue após o quarto uso

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.31055

Palavras-chave:

Endodontia; Instrumentação reciprocante; Limas endodônticas; Reciproc Blue; V-File.

Resumo

O preparo biodinâmico dos condutos radiculares é extremamente importante no sucesso do tratamento endodôntico, uma vez que, este promove a ampliação dos condutos assim como a remoção de restos pulpares e de células bacterianas. Visto que há disponível no mercado uma grande quantidade de sistemas mecanizados cuja escolha depende do profissional, o presente estudo teve por objetivo, avaliar in vitro a capacidade de corte, assim como de limpeza e de modelagem, após o quarto uso, do sistema de limas V-file em comparação às limas Reciproc Blue, para saber qual dos dois sistemas apresenta melhor capacidade de corte. Setenta e dois blocos transparentes de canais simulados foram divididos aleatoriamente em 2 grupos de limas reciprocantes (n = 36): grupo A: Reciproc Blue 25.08 e grupo B: V-File 25.08. Os grupos foram subdivididos conforme a quantidade de uso a fim de verificar a capacidade de corte. Os Blocos de canais simulados foram fotografados antes e após a instrumentação e as fotografias foram sobrepostas, possibilitando medir o desgaste ao longo do canal. Apesar das diferenças não serem consideradas estatisticamente significativas, bem como nos usos anteriores, as limas Reciproc Blue realizaram preparos com maior desgaste, tendo, portanto, maior capacidade de corte, enquanto as limas V-File realizaram preparos mais conservadores. Apenas em relação aos dados da largura total do canal, durante o quarto uso, as limas V-File proporcionaram maior desgaste no terço médio dos canais. Ambas as limas mantiveram a eficiência de corte, mesmo após o quarto uso e, portanto, mostraram-se seguras para uso em canais curvos.

Referências

da Frota, M. F., Espir, C. G., Berbert, F. L., Marques, A. A., Sponchiado-Junior, E. C., Tanomaru-Filho, M., ... & Bonetti-Filho, I. (2014). Comparison of cyclic fatigue and torsional resistance in reciprocating single-file systems and continuous rotary instrumentation systems. Journal of oral science, 56(4), 269-275.

Faria, A. G. M., Sydney, G. B., Batista, A., & Pessoa, O. F. (2011). Método para o ensino de endodontia laboratorial: plataforma radiográfica para canais simulados. Revista Odontológica do Brasil Central, 20(52).

Gao, Y., Gutmann, J. L., Wilkinson, K., Maxwell, R., & Ammon, D. (2012). Evaluation of the impact of raw materials on the fatigue and mechanical properties of ProFile Vortex rotary instruments. Journal of endodontics, 38(3), 398-401.

Haapasalo, M., & Shen, Y. (2013). Evolution of nickel–titanium instruments: from past to future. Endodontic topics, 29(1), 3-17.

Keskin, C., Demiral, M., & Sarıyılmaz, E. Comparison of the shaping ability of novel thermally treated reciprocating instruments. Restor Dent Endod 2018; 43: e15.

Kiefner, P., Ban, M., & De‐Deus, G. (2014). Is the reciprocating movement per se able to improve the cyclic fatigue resistance of instruments?. International endodontic journal, 47(5), 430-436.

Kumari, M. R., & Krishnaswamy, M. M. (2016). Comparative analysis of crack propagation in roots with hand and rotary instrumentation of the root canal-an ex-vivo study. Journal of clinical and diagnostic research: JCDR, 10(7), ZC16.

Lim, Y. J., Park, S. J., Kim, H. C., & Min, K. S. (2013). Comparison of the centering ability of Wave· One and Reciproc nickel-titanium instruments in simulated curved canals. Restorative dentistry & endodontics, 38(1), 21-25.

Lima, L. C. (2021). Instrumentação com sistema reciprocante: revisão de literatura.

Limoeiro, A. G. D. S., Braitt, A. H., Rodrigues, E. A., Braitt, G. R., & Bueno, C. E. D. S. (2014). Avaliação da capacidade de limpeza de dois sistemas rotatórios de níquel-titânio: ProTaper Universal e ProDesign S tratado termicamente. Dent. press endod, 34-39.

Lopes, H. P., Elias, C. N., Vieira, M. V., Siqueira Jr, J. F., Mangelli, M., Lopes, W. S., ... & Soares, T. G. (2013). Fatigue life of Reciproc and Mtwo instruments subjected to static and dynamic tests. Journal of endodontics, 39(5), 693-696.

Pedullà, E., Grande, N. M., Plotino, G., Gambarini, G., & Rapisarda, E. (2013). Influence of continuous or reciprocating motion on cyclic fatigue resistance of 4 different nickel-titanium rotary instruments. Journal of endodontics, 39(2), 258-261.

Plotino, G., Grande, N. M., & Porciani, P. F. (2015). Deformation and fracture incidence of R eciproc instruments: a clinical evaluation. International endodontic journal, 48(2), 199-205.

Schäfer, E., Schulz-Bongert, U., & Tulus, G. (2004). Comparison of hand stainless steel and nickel titanium rotary instrumentation: a clinical study. Journal of endodontics, 30(6), 432-435.

Schilder, H. (1974). Cleaning and shaping the root canal. Dent Clin North Am, 18, 269-296.

Silva, MCS, Simeão, AES, Souza, CC, Rodrigues, MA, de Oliveira Júnior, ES, de Carvalho, ADM, & da Silva Limoeiro, AG (2021). Avaliação da capacidade de modelagem de dois sistemas recíprocos: Reciproc Blue x V-File. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento , 10 (15), e177101522870-e177101522870.

Simeão, A. E. S., Silva, M. C. S., de Oliveira Júnior, E. S., Souza, C. C., de Carvalho, A. D. M., & Limoeiro, A. G. (2021). Reciproc Blue x V-File: a study on the performance of two reciprocant instruments after third use. Research, Society and Development, 10(15), e174101522849-e174101522849.

Yared, G. (2008). Canal preparation using only one Ni‐Ti rotary instrument: preliminary observations. International endodontic journal, 41(4), 339-344.

Yu, D. C., & Schilder, H. (2001). Cleaning and shaping the apical third of a root canal system. General dentistry, 49(3), 266-270.

Downloads

Publicado

27/06/2022

Como Citar

SANTOS, L. T. da S. .; SOUZA, G. T. B. .; BEZERRA, E. S. de O. J. e; CARVALHO, A. de M. de; LIMOEIRO, A. G. da S. . Avaliação in vitro da capacidade de corte das limas V-File e Reciproc Blue após o quarto uso . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 8, p. e51011831055, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i8.31055. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31055. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde