A natureza do comportamento humano na distinção do bom desempenho ambiental: um ensaio construtivista acerca do ter e do ser

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i8.31165

Palavras-chave:

Mobilização de meios; Aprendizagem; Relação indivíduo-meio; Ensino.

Resumo

Amparando-se na teoria construtivista da aprendizagem e em princípios da física, este artigo objetiva apresentar contribuições teórico-metodológicas à avaliação do desempenho ambiental, a partir da qualidade da atuação humana no uso de meios. Para tanto, compreende-se desempenho ambiental como o resultado de processos de aprendizagem e da amplificação do potencial da inteligência, que explica a relação indivíduo-meio. Pautando-se em pesquisas bibliográficas e documentais, mobilizando a teoria psicogenética de Piaget e a teoria das estruturas dissipativas de Prigogine, esse artigo apresenta como resultado desses estudos o Índice de Desempenho Ambiental (IDA), o qual, para além de uma ferramenta analítica é proposto como potencializador de melhores utilizações de meios. O IDA, ao apontar um atributo adequado de desempenho ambiental, apresenta-se como um facilitador na compreensão das implicações decorrentes do uso de meios e motivador na busca pela melhoria de seu desempenho e, consequentemente, por sua diferenciação humana. Assim, tem-se que, a partir do instrumento metodológico, se poderia avaliar quem se desempenha bem, em essência, premiar quem usa bem os meios e não somente punir. Essa possibilidade de valorizar o bom uso de meios poderia, por exemplo, complementar como ferramentas para avaliar as políticas públicas de serviços ambientais.

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Publicado

25/06/2022

Como Citar

ROLÓN GÓMEZ, M. N. .; MEDEIROS, M.; LOSS, A. A natureza do comportamento humano na distinção do bom desempenho ambiental: um ensaio construtivista acerca do ter e do ser. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 8, p. e43611831165, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i8.31165. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31165. Acesso em: 4 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais