Os recursos de acessibilidade como instrumento de ensino e aprendizagem de discentes com deficiência visual

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.31463

Palavras-chave:

Inclusão; Tecnologia assistiva; DOSVOX; Ensino; Cegueira.

Resumo

Em se tratando de um mundo que se torna, cada vez mais, dominado pela informática e seus sistemas digitais, os recursos de acessibilidade ao computador exercem sua plena contribuição para que seja cumprido o objetivo das Tecnologia assistivas. O presente estudo teve por finalidade apresentar o programa DOSVOX como uma tecnologia assistiva que auxilia o processo de inclusão escolar de alunos cegos com deficiência visual, através de um minicurso em Ensino a distância que procurou orientar professores, acerca da utilização desta tecnologia Assistiva. A metodologia empregada foi uma pesquisa de campo, exploratória, qualitativa e se orientou com base em três pontos principais: a importância do emprego dos recursos de acessibilidade ao computador em sala de aula; a falta de conhecimento desses recursos por boa parte dos professores; e a necessidade de se difundir o uso das Tecnologias assistivas. A para promover ambientes inclusivos. A abordagem da pesquisa seguiu o modelo participativo, empregando entrevistas semiestruturadas para a coleta dos dados. Em relação aos resultados obtidos, pudemos constatar que o conhecimento dos profissionais da educação acerca das TA é consideravelmente baixo. Desse modo, faz-se relevante uma mudança de atitude e busca por conhecimentos que promovam acessibilidade, objetivando contribuir efetivamente para o desenvolvimento educacional dos alunos com deficiência visual.

Biografia do Autor

Cristiano Marins Moreira, Universidade Federal Fluminense

Atua ativamente em duas carreiras profissionais. No magistério, é professor de Português no serviço público de ensino, graduado pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2000-2003), especialista em língua portuguesa pela mesma instituição formadora (2004-2006), mestre em diversidade e inclusão pela Universidade Federal Fluminense (2016-2019) e Doutorando em Ciências, Tecnologia e Inclusão pela mesma instituição federal. Na advocacia, é advogado gestor do escritório CRISTIANO MARINS MOREIRA SOCIEDADE INDIVIDUAL DE ADVOCACIA, graduado pelo Centro Universitário da Cidade (2004-2009). Além das atividades inerentes a suas profissões, é presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência da 8ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil nas gestões (2016-2018, 2019-2021 e 2022-2024), onde também é conselheiro administrativo na atual gestão (2019-2021). Como ativista da causa da pessoa com deficiência, foi eleito para o Conselho Municipal da Pessoa com Deficiência em São Gonçalo, ocupando a cadeira relativa a deficiência visual no biênio 2018/2020

Kelly Cristina Martins, Universidade Federal Fluminense

Mestre em Diversidade e Inclusão pela Universidade Federal Fluminense-UFF- (2019). pós graduada em Gestão, Supervisão e Inspeção Escolar pela Faculdade Metodista Granbery (2010), Formada em Pedagogia pela Universidade Salgado de Oliveira-UNIVERSO (2008). Atuou como auxiliar executiva no departamento da pessoa com Deficiência (DPT) , atuou como supervisora e orientadora educacional no SE do Estado de Minas Gerais. tem experiência como professora de Braille, tutora em cursos EAD pela Universidade Federal de Juiz de Fora, professora de cursos preparatórios para concurso. Atualmente é professora efetiva na rede municipal de ensino de Juiz de Fora MG atuando como professora na área da Educação Especial e Inclusiva e educação infantil. Faz parte do Núcleo de Educação Inclusiva Galileu Galilei.

Dagmar Mello e Silva, Universidade Federal Fluminense

Possui graduação em Psicologia pela Universidade Gama Filho (1985), Mestrado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2002), Doutorado em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2009) e Pós-Doutorado em Filosofia da Educação na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (2014). Professora Associada da Universidade Federal Fluminense e Professora permanente dos Programas de Pós-Graduação - Curso de Mestrado Profissional em Diversidade e Inclusão (CMPDI) e Programa de Pós-Graduação em Ciências, Tecnologias e Inclusão - Doutorado (PGCTIn). Atua em pesquisas que relacionam questões éticas e estéticas entre Educação e Imagens em processos de ensino e aprendizagem. Desenvolve atividades de extensão e ensino voltadas a formação continuada de professores tendo como temáticas formativas questões relacionadas a inclusão e diversidade, cultura audiovisual, imagens e mídias. Coordena no Laboratório de audiodescrição de imagens e é uma das coordenadoras da RIA - Rede internacional de ações coletiva, além de ser associada da AIIIIPE - Associação Internacional de Inclusão, Interculturalidade e Inovação Pedagógica e uma das responsáveis pelo GT de Direitos Humanos.

Referências

Barbosa, M. E. S., & Freitas, L. C. (2014). O acesso ao livro digital por pessoas com deficiência visual: o formato EPUB e seu caráter inclusivo e acessível. RBBD. Revista Brasileira de Biblioteconomia e Documentação, São Paulo, v. 10, ago.. ISSN: 1980-6949 1980-6949. https://bit.ly/3z5VLv1 . Acesso em 18/02/2022.

Bersch, R. (2017). Introdução à Tecnologia Assistiva. https://goo.gl/1Qm1kJ . =

Bonilla, M. H. S., Silva, M. C. C. C. Da, & Machado, T. A. (2018). Tecnologias digitais e deficiência visual: a contribuição das TIC para a prática pedagógica no contexto da Lei Brasileira de Inclusão. Revista Pesquisa Qualitativa, São Paulo, 6(12), 412-425, dez.. ISSN 2525-8222. https://bit.ly/3GNf2mN.

Borges, J. A. (1996). Dosvox – um novo acesso dos cegos a cultura e ao trabalho. Revista Benjamim Constant, nº. 3.. https://bit.ly/3wYr2yG .

Brandão, C. R., Campos, M. M., & Demo, P. (1984). Seminário sobre pesquisa participativa. Brasília: INEP,.

Brasil. (2015). Lei 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão das Pessoas com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). https://bit.ly/3zUoS23 .

Brasil. (2007). Secretaria Especial dos Direitos Humanos. Coordenadoria Nacional para Integração da Pessoa Portadora de Deficiência. Comitê de Ajudas Técnicas [CAT]. Ata da VII Reunião do Comitê de Ajudas Técnicas, http://www.infoesp.net/CAT_Reuniao_VII.pdf .

Brasil, (2004). Decreto Nº 5.296 de 02 de dezembro de - DOU de 03/122004. https://bit.ly/3x9F3YW .

Campana, A. R. (2017). Análise da qualidade e usabilidade dos softwares leitores de tela. Visando a acessibilidade tecnológica as pessoas com deficiência visual. http://hdl.handle.net/11449/150749 .

Canejo (2016). Dosvox: Rompendo barreiras da comunicação. Journal of Research in Special Educational Needs, v. 16, p. 399-401, https://bit.ly/3Mm3TKK .

Carvalho, R. E. (2004). Educação Inclusiva: com os pingos nos "is" - Porto Alegre: Mediação,. 176 p.

Carvalho, V. F., Silva, F. C., Oliveira, K. B., Silva, M. B., Buosi, R. B., Simões, V. A. P. (2016)Tecnologias assistivas aplicadas a deficiência visual: recursos presentes no cotidiano escolar e na vida diária e prática. EDUCERE - Revista da Educação, Umuarama, 16(1), 61-74, jan. /jun. https://bit.ly/3meUuKE .

Cohen L, Manion L, Morrison K. (2001). Reserach Methods in Education. (5a ed.) Inglaterra: Editora Routledge Falmer

De Almeida, R. C., & De Carvalho, A. H. P. (2016) Análise sobre o website Facebook do ponto de vista da acessibilidade. FaSCi-Tech, 1(6). https://bit.ly/3zlkewq

De Paula Duque, J., &e Valente, W. A. G. (2015). Avaliação da acessibilidade e usabilidade do sistema DOSVOX. Caderno de Estudos em Sistemas de Informação 2.1. https://bit.ly/3zlkqvE

Del Piero, A. B. P., & Araújo, I. M. (2017). DOSVOX: possibilidades de uso pedagógico no processo de ensino-aprendizagem. https://bit.ly/3thOHI6 .

Dias, E. M., & Vieira, F. B. De A. (2017). O processo de aprendizagem de pessoas cegas: um novo olhar para as estratégias utilizadas na leitura e escrita. Revista Educação Especial, 30(57), 175 – 188, Santa Maria. http://www.ufsm.br/revistaeducacaoespecial> http://dx.doi.org/10.5902/1984686X21890.

Grossi, Y. De S. (1981).Mina de Morro Velho: a extração do homem, uma história de experiência operária. São Paulo: Paz e Terra.

IBGE, 2019. https://bit.ly/3aGU7WD .

Lemos, E. R, & Cerqueira, J. B. (2014). O sistema Braille no Brasil. in: Revista Benjamim Constant. (ORG). Rio de Janeiro. https://bit.ly/3zdSGco

Lima, T. H. M. (2010). A importância do letramento escolar para a criança cega. Revista Caminhos em Linguística Aplicada, 03(02). http://www.espanholacessivel.ufc.br/crianca.pdf .

Maravalhas, M. R. G. E., & Bastos, M. O. (2015) Os benefícios das tecnologias assistivas para a aprendizagem e desenvolvimento de alunos com deficiência visual. Revista de Estudos em linguagens e tecnologia. 11(2). https://bit.ly/3Md3F8F

Martins, L. de A. R. (2015). História da educação de pessoas com deficiência: da antiguidade ao início do século XXI. Campinas/são Paulo: Mercado de Letras.

Nunes, E. V., Dandolini, G. A., & Souza, J. A. (2014). As tecnologias assistivas e a pessoa cega. Data Gramazero. Revista de Informação, Rio de janeiro, 15(1), fev.. http://www.dgz.org.br/fev14/Art_05.htm .

Nunes, J. P. S., & Costa, K. R. (2018). O sistema braile e a formação docente. Encontro Internacional de Formação de Professores e Fórum Permanente de Inovação Educacional, 11(01). https://bit.ly/3xhdRc3 .

Ribeiro, C. F., Goudinho, L. da S, Rezende, S. M. de, Braz, R. M. M, Souza, R. C. de., Mendes, M. C. B, Souza, S. M. de M. F. de, Fausto, I. R. de S., Leite, E. A, Spies, J. H. L., Oliveira, A. F. de, Portella , S. M, Silva, M. J. da, Valei, M. R. M. dos S, & Pinto, S. C. C. da S. (2021). Resignifying computational thinking from an inclusive perspective. Research, Society and Development, 10(14), e400101421789. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i14.21789

Santos, W. (2016). Deficiência como restrição da participação social: desafios para avaliação a partir da Lei Brasileira de Inclusão.. https://bit.ly/3tgrS7o

Scatolim, R. L., et al. (2016). Legislação e tecnologias assistivas: aspectos que asseguram a acessibilidade dos portadores de deficiências. InFor, Inov. Form., Rev. NEaD-Unesp, São Paulo, 2(1), 227-248, ISSN 2525-3476. https://bit.ly/3Q2QEl8 .

Silva, M. A. L (1994). Refletindo sobre a Pesquisa Participante. In: Engers, M. E. A. (Org.). Paradigmas e Metodologias de Pesquisa em Ação: notas para reflexão. Porto Alegre: EDIPUCRS,. p. 75-83.

Silva, A. M. Da. (2016). A autonomia de pessoas com necessidades educacionais especiais: estudo de caso de um deficiente visual.. https://bit.ly/3wS9brT .

Silva Júnior, E. S., Pinto, S. C. C. S., & Braz, R. M. M. (2018). A Computação Como tecnologia assistiva na construção de um mapa tátil para os alunos com deficiência visual nos estudos de um mapa político da Região Sudeste do Brasil.. https://bit.ly/3Nlx3Lw

Soares, A. T. C. (2017). Salas de recursos multifuncionais: um estudo sobre o atendimento educacional especializado para estudantes com deficiência visual. https://bit.ly/3PZ2PQ4 .

Teixeira, A. F., Moreira, R. A. C. C., & Junior, J. B. B. (2018). O uso de leitores de tela no ensino superior por alunos com deficiência visual. Projeção e Docência 9.2. 2018. P. 73-83. https://bit.ly/3Md43nD .

Vieira, C. R., & Mariani Braz, R. M. (2021). Aspectos históricos da educação das pessoas com impedimentos visuais. Debates Em Educação, 13(31), 166–190. https://doi.org/10.28998/2175-6600.2021v13n31p166-190

Downloads

Publicado

16/08/2022

Como Citar

MOREIRA, C. M. .; MARTINS, K. C. .; BRAZ, R. M. M. .; SILVA, D. M. e . Os recursos de acessibilidade como instrumento de ensino e aprendizagem de discentes com deficiência visual. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 11, p. e105111131463, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i11.31463. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31463. Acesso em: 22 nov. 2024.

Edição

Seção

Ensino e Ciências Educacionais