A Síndrome de Burnout em professores pesquisadores brasileiros
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31557Palavras-chave:
Pesquisador brasileiro; Síndrome de Burnout; Ambiente de trabalho.Resumo
A síndrome de Burnout caracteriza-se como uma modalidade de estresse ocupacional. A profissão docente representa uma das categorias mais acometidas pela síndrome de Burnout e diversos estudos detectaram a presença da Síndrome em todos os níveis de ensino. As pesquisas sobre o perfil do pesquisador descrevem a formação inicial, região de concentração e área de formação e elegem a produtividade na descrição destas características. Comportamentos em relação ao ambiente de trabalho necessitam de maior aprofundamento. Assim, analisar o perfil de pesquisadores brasileiros em relação ao ambiente de trabalho permite uma explicação mais acurada sobre a forma como são produzidas suas pesquisas. Este estudo tem como objetivo geral identificar o perfil do pesquisador brasileiro em relação aos níveis de estresse relacionados ao trabalho. Foi aplicado questionário validado sobre estresse (O questionário validado é o O MBI (Maslach Burnout Inventory) elaborado por Christina Maslach e Susan Jackson em 1978) para pesquisadores que atuam em programas strico-sensu no Brasil, eleitos aleatoriamente. Foram respondentes 55 pesquisadores. Os resultados indicaram que a exaustão emocional foi a dimensão com maior média. A exaustão emocional, no modelo teórico de Maslach, é a dimensão precursora da síndrome de Burnout, demandando atitudes preventivas em relação ao estresse para evitar as doenças crônicas advindas dessa questão e para preservação da qualidade de vida desses profissionais.
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