Caracterização de pacientes com indicação de atendimento domiciliar no município de Vitória – ES
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31569Palavras-chave:
Cuidados Paliativos; Pacientes Domiciliares; Política de saúde.Resumo
A modalidade de atendimento domiciliar está em expansão no Brasil e no mundo, favorecendo o tratamento de pacientes idosos e com doenças crônicas, que muitas vezes têm dificuldades de locomoção. Em 2011, o Governo Federal lançou o Programa Melhor em Casa, para estruturação da atenção domiciliar. Objetivo: traçar o perfil dos usuários acamados que necessitam de atendimento domiciliar em um município da região sudeste brasileira. Metodologia: trata-se de pesquisa exploratória e descritiva de abordagem quantitativa. A pesquisa foi desenvolvida no município de Vitória – ES. Realizou-se a identificação do perfil epidemiológico dos pacientes acamados com indicação de receber assistência domiciliar, por meio dos prontuários eletrônicos. Os dados coletados foram dos anos de 2019 e 2020. Resultados: no período estudado, encontramos 298 pacientes acamados que necessitavam de atendimento domiciliar. A maioria desses pacientes é do sexo feminino, idosos acima de 75 anos, brancos, casados ou em união estável, com risco familiar médio e alto índice de vulnerabilidade clínico-funcional. Conclusão: a partir dos resultados encontrados é possível a elaboração de protocolos e fluxogramas para realizar a implementação do Programa Melhor em Casa no referido município. Caracterizar o perfil dos pacientes acamados que seriam atendidos no programa permite o direcionamento das equipes visando um atendimento de qualidade.
Referências
Braga, P. P., Sena, R. R. D., Seixas, C. T., Castro, E. A. B. D., Andrade, A. M., & Silva, Y. C. (2016). Oferta e demanda na atenção domiciliar em saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 21(3), 903-912.
Brasil. (2014). Atenção domiciliar no SUS: resultados do laboratório de inovação em atenção domiciliar. Organização Pan-Americana da Saúde, Brasília, Ministério da Saúde.
Brasil. Lei nº 10.424, de 15 de abril de 2002. Acrescenta capítulo e artigo à Lei no 8.080, de 19 de setembro de 1990, que dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento de serviços correspondentes e dá outras providências, regulamentando a assistência domiciliar no Sistema Único de Saúde. Diário Oficial, Brasília, 2002.
Brasil. Portaria nº 2.416, de 23 de março de 1998. Estabelece requisitos para credenciamento de hospitais e critérios para realização de internação domiciliar no SUS. Diário Oficial, Brasília, 1998.
Brasil. Portaria nº 2.029, de 24 de agosto de 2011. Institui a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Diário Oficial, Brasília, 2011.
Brasil. Portaria nº 825, de 25 de abril de 2016. Redefine a Atenção Domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e atualiza as equipes habilitadas. Diário Oficial, Brasília, 2016.
Dadalto, E. V., & Cavalcante, F. G. (2021). O lugar do cuidador familiar de idosos com doença de Alzheimer: uma revisão de literatura no Brasil e Estados Unidos. Ciência & Saúde Coletiva, 26(1), 147-157.
Delalibera, M., Barbosa, A., & Leal, I. (2018). Circunstâncias e consequências do cuidar: caracterização do cuidador familiar em cuidados paliativos. Ciência & Saúde Coletiva, 23(4), 1105-1117.
Ferreira, L. K., Meireles, J. F. F., & Ferreira, M. E. C. (2018). Avaliação do estilo e qualidade de vida em idosos: uma revisão de literatura. Rev. Bras. Geriatr. Gerontol., 21(5), 639-651.
Gil, A. C. (2017). Como elaborar projetos de pesquisa. (6a ed.), Atlas.
Moraes, E. N. D., Carmo, J. A. D., Moraes, F. L. D., Azevedo, R. S., Machado, C. J., & Montilla, D. E. R. (2016). Índice de Vulnerabilidade Clínico-Funcional-20 (IVCF-20): reconhecimento rápido do idoso frágil. Rev. Saúde Pública, 50(81).
Nishimura, F., Carrara, A. F., & Freitas, C. E. D. (2019). Efeito do programa Melhor em Casa sobre os gastos hospitalares. Rev. Saúde Pública, 53(104).
Oliveira, S. G., & Kruse, M. H. L. (2017). Melhor em casa: dispositivo de segurança. Texto & Contexto Enfermagem, 26(1).
Procópio, L. C. R., Seixas, C. T., Avellar, R. S., Silva, K. L. D., & Santos, M. L. D. M. D. (2019) A atenção domiciliar no âmbito do Sistema Único de Saúde: desafios e potencialidades. Saúde debate, 43(101), 592-604.
Rodrigues, M. D. S., Santana, L. F., & Galvão, I. M. (2017). Fatores de risco modificáveis e não modificáveis do AVC isquêmico: uma abordagem descritiva. Rev. Med, 96(3), 187-192.
Santos, S. L. D., Rodrigues, M. I., Nascimento, A. B. D. D., Rocha, L. R., Fonseca, S. D. S. S., & Camelo, A. M. (2020). Conhecendo o funcionamento e atuação da equipe multiprofissional do Programa Melhor em Casa no município de Cristiano Castro – Piauí, Brasil. Research, Society and Development, 9(7).
Schenker, M., & Costa, D. H. D. (2019). Avanços e desafios da atenção à saúde da população idosa com doenças crônicas na Atenção Primária à Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 24(4), 1369-1380.
Silva, C. K. A., Freitas, C. A. S. L., & Goyanna, N. F. (2018). Caracterização dos usuários do Programa Melhor em Casa em Sobral – Ceará. Essentia, 19(2), 23-33.
Silva, K. L., Sena, R. R. D., Seixas, C. T., Feuerwerker, L. C. M., & Merhy, E. E. (2010). Atenção domiciliar como mudança do modelo tecnoassistencial. Rev Saúde Pública, 44(1), 166-176.
Silva, K. L., Silva, Y. C., Lage, É. G., Paiva, P. A., & Dias, O. V. (2017). Por que é melhor em casa? A percepção de usuários e cuidadores da atenção domiciliar. Cogitare Enfermagem, 22(4).
Silva, S. A., Almeida, V. L., Oliveira, F., & Franco, T. L. B. (2014). Classificação do grau de risco de famílias na Estratégia Saúde da Família. Rev. APS, 17(1), 111-115.
Souza, M. D. F. M. D., Malta, D. C., França, E. B., & Barreto, M. L. (2018). Transição da saúde e da doença no Brasil e nas Unidades Federadas durante os 30 anos do Sistema Único de Saúde. Ciência & Saúde Coletiva, 23(6), 1737-1750.
Tomaz, A. C. D. S., Silva, G., Fabiano, L. C., Fernandes, S., & Tos, D. D. (2021). Análise do risco de quedas em idosos submetidos à avaliação da mobilidade, equilíbrio e marcha. Arquivos do Mudi, 25(3), 10-24.
Vasconcellos, M. M., Gribel, E. B., & Moraes, I. H. S. D. (2008). Registros em saúde: avaliação da qualidade do prontuário do paciente na atenção básica, Rio de Janeiro, Brasil. Cad. Saúde Pública, (24, Sup. 1), 173-182.
Viacava, F., Oliveira, R. A. D. D., Carvalho, C. D. C., Laguardia, J., & Bellido, J. G. (2018). SUS: oferta, acesso e utilização de serviços de saúde nos últimos 30 anos. Ciência & Saúde Coletiva, 23(6), 1751-1762.
Vila Velha. (2021). Relatório de Gestão 2020. https://www.vilavelha.es.gov.br/midia/paginas/Relatorio%20Anual%20de%20Gestao%202020_%20Fundo%20 Municipal%20de%20Saude.pdf
Vitória. (2021). Plano Municipal de Saúde (período 2018-2021). https://www.vitoria.es.gov.br/download.php?tipo=1&id=3244
Wanderley, R. M. M., Cunha, D. G. P. D., Felisberto, A. M., S., Oliveira, B. R. S. D., Bittencourt, G. K. G. D., Amaral, A. K. D. F. J. D., & Silva, A. O. (2019). Avaliação da condição de saúde da pessoa idosa na atenção básica. Rev Enferm UFPE online, 13(1), 472-482.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Renata Moreira Ripari; Eliane de Fátima Almeida Lima; Leila Massaroni; Mara Rejane Barroso Barcelos; Cândida Caniçali Primo
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.