Candidíase: dietoterapia e o uso cepas como coadjuvantes no tratamento

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31786

Palavras-chave:

Candidíase; Disbiose; Probiótico; Dietoterapia.

Resumo

A candidíase é uma infecção fúngica provocada pela Candida, leveduras que coloniza habitualmente a pele e a mucosa humana. Acomete homens e mulheres, principalmente, em idade fértil e o tratamento clássico envolve desde o uso de pomadas antifúngicas até a escolha do material das roupas do paciente. A presente revisão teve como objetivo apresentar demais estudos que trazem dados acerca da intervenção na dieta de pacientes com quadro de candidíase, como aliado no tratamento clássico a candidíase e candidíase por repetição, bem como o uso de cepas para corrigir o estado disbiótico e obter uma resposta definitiva a condição, já que o sucesso do tratamento depende da resposta imunológica e tal resposta está diretamente ligada a condição da microbiota intestinal do indivíduo. Para tal análise foram feitas buscas por artigos em bases eletrônicas como PubMed, BIREME e SciELO. Os resultados mostraram os benefícios de uma dieta equilibrada, com restrição de carboidratos, ultraprocessados e os benefícios da administração de probióticos como os Lactobacillus e Bifidobactérias.

Biografia do Autor

Evelyn da Silva Cordeiro, Centro Universitário de Brasília

Discente do Centro Universitário de Brasília

Larissa Silva Costa de Matos, Centro Universitário de Brasília

Discente do Centro Universitário de Brasília

Dayanne da Costa Maynard, Centro Universitário de Brasília

Departamento de Nutrição

Referências

Achkar, J. M., & Fries, B. C. (2010). Candida infections of the genitourinary tract. Clinical and Microbiological Review, 23(2), 253-273.

Baldim, I. M., & Pereira, M. A., & Rufino, L. R. A., & Oliveira, N. M. S., & Fiorini, J. E. (2012). Teste de sensibilidade ao quefir de cepas de Candida sp. isoladas de vulvovaginites. Rev. Ciênc Farm Básica Apl. 33(3), 379-383.

Barbedo, S. L., & Sgarbi, D. B. G. (2010). Candidíase. DST - J bras. Doenças Sex. Transm. 22(1), 22-38.

Basso, R., & Lopes, N. S., & Braccini, K. P., & Mezzari, A., & Meneghello, A. F. (2012). Etiología de la candidiasis vulvovaginal recidivante en la Atención Primaria de Salud en Santa Catarina, Brasil. Acta bioquím. clín. latinoam, 46(3), 399-404.

Bauters, T. G., & Dhont, M. A., & Temmerman, M. I., & Nelis H. J. (2002). Prealence of vulvovaginal candidiasis and susceptibility to fluconazole in women. Am J Obstet Gynecol. 187(3), 568-74.

Brasil, ministério da Saúde. Saúde de A a Z. https://www.gov.br/saude/pt-br/assuntos/saude-de-a-a-z/c/candidiase-sistemica. Acesso em 18 de maio de 2022.

Carreiro, D. M., & Vasconcelos, L., & Ayoub, M. E. (2009). Síndrome Fúngica - uma epidemia oculta. RPB editora.

Cruz, G. & Brito, E. H. S., & Lydia, V. F., & Monteiro F. P. M. (2020). Candidíase vulvovaginal na Atenção Primária à Saúde:diagnóstico e tratamento. Revista Enfermagem Atual In Derme. v. 94(32).

Ebrahimy, F., & Dolatian, M., & Moatar, F., & Majd, H.A. (2015). Comparação dos efeitos terapêuticos de Garcin e ®fluconazol na vaginite candida. Revista médica de Cingapura. 56(10), 567-572. https://doi.org/10.11622/smedj.2015153.

Ercole, F. F, Melo, L. S. d., & Alcoforado, C. L. G. C. (2014). Revisão integrativa versus revisão sistemática. Revista Mineira de Enfermagem, 18(1), 09-12.

Farjado, A. C. S. (2015). Caracterização do microbioma humano. Instituto Superior de Ciências da Saúde Egas Moniz. Mestrado Integrado em Ciências Farmacêuticas.

Ferrazza, M. H. S. H., & Consolaro, M. E. L. & Shinobu, C. S., & Svidzinski, T. I. E., & Batista, M. R. (2005). Caracterização de leveduras isoladas da vagina e sua associação com candidíase vulvovaginal em duas cidades do sul do Brasil. Rev. Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia. 27(2), 58-63.

Fernandes, C. E., & Machado, R. B. (1996). Aspectos etiopatogênicos, diagnósticos e terapêuticos da candidíase vulvovaginal. RBM ginecol obstet. 7, 100-4.

Feuerschuette, O. H. M., & Silveira, S. K., & Feuerschuette, I., & Corrêa, T., & Grando, L., & Trepani, A. (2010). Candidíase vaginal recorrente: manejo clínico. Femina. 38(2).

Fleck, M. P. A., & Leal, O. F., & Louzada, S., & Xavier, M., & Chachamovich, E., Vieira, G., & Santos, L., & Pinzo, V. (1999). Desenvolvimento da versão em português do instrumento de avaliação de qualidade de vida da OMS (WHOQOL-100). Braz. J. Psychiatry. 21(1). https://doi.org/10.1590/S1516-44461999000100006.

Gibson, G. R., & Roberfroid, M. B. (1995). Dietary modulation of the human colonic microbiota: introducing the concepts of prebiotics. Journal Nutrition, Bethesda. 125(6), 1401- 1412.

Gilliland, S. E. Probiotics and prebiotics. In: Marth, E.H, Steele, J.L., eds. Applied Dairy Microbiology. New York: Marcel Dekker, 2001. 327-343.

Gomes, P. C. & Maynard, D. C. (2020). Relação entre o hábito alimentar, consumo de probiótico e prebiótico no perfil da microbiota intestinal: Revisão integrativa. Research, Society and Development, v. 9, n. 8.

Guarner, F., & Malagelada, JR.R. (2003). Gut flora in health and disease. Lancet, London. 8 (361), 512- 519.

Gutierrez D., & Weinstock A., & Antharam, V.C., & Gu, H., & Jasbi, P., & Shi, X. et al. (2020). Antibiotic-induced gut metabolome and microbiome alterations increase the susceptibility to Candida albicans colonization in the gastrointestinal tract. FEMS Microbiol Ecol. 96.

Havenaar, R., & Brink, T., Huis in’t veldt, J. H. J., & Fuller, R., (1992). Probiotics: the scientific basis. London: Chapmann and Hall. 209-224.

Holzapfel, W. H., & Haberer, P., & Snel, J., & Schillinger, U., & Huis in’t veldt, J.H.J. (1998). Overview of gut flora and probiotics. Int. J. Food Microbiol., Amsterdam. 41, 85-101.

Kalluf, L. (2008). Fitoterapia funcional: dos princípios ativos à prescrição de fitoterápicos (1. ed.). São Paulo, SP: VP editora.

Kleessen, B., & Blaut, M. (2005). Modulation of gut mucosal biofilms. Brit. Jonal of Nutr. 35– 40.

Kovachev, S. M., & Vatcheva-Dobrevska, R. S. (2015). Local Probiotic Therapy for Vaginal Candida albicans Infections. Probiotics and antimicrobial proteins, 7(1), 38–44. https://doi.org/10.1007/s12602-014-9176-0.

Lemar, K.M., & Turner M.P, & Lloyd, D. (2002). Garlic (Allium sativum) as an anti-Candida agent: a comparison of the efficacy of fresh garlic and freeze-dried extracts. J. Appl Microbiol. 93(3), 398-405.

Manohar, V., Ingram, C., Gray, J., Talpur, N. A., Echard, B. W., Bagchi, D., & Preuss, H. G. (2001). Molecular and Cellular Biochemistry, 228(1/2), 111–117. doi:10.1023/a:1013311632207.

Martinez, R. C. R. (2008). Efeito da utilização de culturas láticas probióticas na microbiota vaginal de pacientes acometidos por infecções bacterianas e fúngicas. Tese de Doutorado, Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto. doi:10.11606/T.60.2008.tde-16122008-154154. www.teses.usp.br.

Mizgier, M., & Jarzabek-Bielecka, G., & Mruczyk, K., Kedzia, W. (2020). The role of diet and probiotics in prevention and treatment of bacterial vaginosis and vulvovaginal candidiasis in adolescent girls and non-pregnant women. Ginekol Pol. 91(7) 412–416.

Musumeci, S., & Matteo, C.A., & Leidi, J.S. (2021). The human gut mycobiome and the specific role of Candida albicans: where do we stand, as clinicians? Clinical Microbiology and Infection. 28, 58-63.

Otašević, S., & Momčilović, M., & Petrović, M., & Radulović, O., & Stojanović, N.M., & Arsić-Arsenijević, V. (2018). The dietary modification and treatment of intestinal Candida overgrowth – a pilot study. J. Mycol Med. 28(4) 623-627.

Paludo, M. R., & Marim, D. (2018). Relação entre candidíase de repetição, disbiose intestinal e suplementação com probióticos: uma revisão. Ver. Destaques Acadêmicos (Lajeado). 10(3), 46-47.

Peixoto, L. R., & Rosalen, P. L., & Ferreira, G .L. S., Freire, I. A., Carvalho, F. G., & Castellano, L. R., & Castro, R. D. (2017). Antifungal activity, mode of action and anti-biofilm effects of Laurus nobilis Linnaeus essential oil against Candida spp. Archives of Oral Biology. 73, 179-185. https://doi.org/10.1016/j.archoralbio.2016.10.013.

Pereira, I. G., & Ferraz, I. A. R. (2017). Suplementação de glutamina no tratamento de doenças associadas à disbiose intestinal. Ver. Brasileira de Saúde Funcional. 1(1), 46.

Puupponen-pimiä, R., & Aura, A. M. & Oksmancaldentey, K. M., & Myllärinen, P., & Saarela, M., & Mattila-sanholm, T., & Poutanen, K. (2002). Development of functional actéria tes for gut health. Trends Food Sci. Technol., Amsterdam. 13, p.3-11.

Trindade, E. B. S. M., & Fernandes, R., & Fontoura, E.S. (2019) Prebióticos, probióticos e simbióticos. In: Rossi, L., & Poltronieri, F. Tratado de Nutrição e Dietoterapia. Rio de Janeiro, RJ: Guanabara Koogan editora.

Ribeiro, F. C., & Rossoni, R. D., & Barros, P. P., & Santos, J. D., & Fugisaki, L. R. O., & Leão, M. P. V., & Junqueira, J. C. (2019). Action mechanisms of probiotics on Candida spp. And candidiasis prevention: an update. Journal of Applied Microbiology. v. 129, n. 2, p. 175-185.

Saad, S. M. I. (2006). Probióticos e prebióticos: o estado da arte. Ver. Bras. Cienc. Farm. 42 (1).

Sanders, M. E. (1998). Overview of functional foods: emphasis on probiotic actéria. Int. Dairy J., (Amsterdam). 8, 341-347.

Silva, L. M., & Barros, V.P.G. (2020). A relação entre a alimentação da mulher contemporânea e a ocorrência de candidíase: uma revisão da literatura. NUT – Graduação. https://repositorio.uniceub.br/jspui/handle/prefix/14786.

Sobel J. (2016). Recurrent vulvovaginal candidiasis. Am. J. Obs-tet Gynecol. 214, 15-21.

Downloads

Publicado

08/07/2022

Como Citar

CORDEIRO, E. da S. .; MATOS, L. S. C. de .; MAYNARD, D. da C. Candidíase: dietoterapia e o uso cepas como coadjuvantes no tratamento. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 9, p. e24211931786, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i9.31786. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31786. Acesso em: 28 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde