Avaliação das características químicas e físicas da farinha da abóbora moranga (Cucurbita maxima): polpa e sementes

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31811

Palavras-chave:

Grão; Mesocarpo; Secagem; Desidratação.

Resumo

A abóbora moranga (Cucurbita maxima) é popular no Brasil estando entre as três variedades que se destacam com maior consumo no país. A polpa da abóbora é considerada rica em antioxidantes naturais, os carotenóides. Os humanos não sintetizam este pigmento, assim a necessidade do mesmo é satisfeita pela ingestão de alimentos contendo caroteno. As sementes da também possuem teor de carotenóides, além de fenólicos totais, flavonóides e teores minerais, destacando a quantidade de Zinco. Além dos produtos já existentes no mercado, a base de abóbora moranga, existe ainda o potencial da farinha de abóbora para ser utilizada como ingrediente em pães, produtos assados e massas sem glúten. O objetivo deste trabalho foi o desenvolvimento da farinha da polpa e das sementes da abóbora moranga, buscando o melhor binômio tempo/temperatura para a desidratação e a realização das análises físico-químicas. A umidade da farinha da polpa foi considerada dentro do estabelecido pela Anvisa. O valor de cinzas não diferiu entre as amostras de farinha de polpa e semente. Já o teor de proteína foi maior na farinha de semente, assim como a acidez titulável e o teor zinco de fibras total. A composição mineral a farinha da semente se destacou devido ao elevado conteúdo de zinco. A partir das curvas de secagem foi possível observar que a temperatura mais elevada permitiu um menor tempo de secagem, o que a tornaria melhor economicamente. As farinhas apresentaram teor elevado de minerais e matéria orgânica o que as tornam uma alternativa comercial atrativa e viável.

Referências

Akpinar, E., Midilli, A., & Bicer, Y. (2003). Experimental investigation of drying behaviour and conditions of pumpkin slices via a cyclone-type dryer. Journal of the Science of Food and Agriculture, 83(14), 1480–1486.

Alves, J. A., Vilas Boas, E. V. D. B., Souza, E. C. D., Vilas Boas, B. M., & Piccoli, R. H. (2010). Vida útil de produto minimamente processado composto por abóbora, cenoura, chuchu e mandioquinha-salsa. Ciência e Agrotecnologia, 34(1), 182–189.

AOAC. (2005). Official Methods of Analysis of AOAC International (17th ed.).

Arévalo-Pinedo, A., & Murr, F. E. X. (2005). Influência da pressão, temperatura e pré-tratamentos na secagem a vácuo de cenoura e abóbora. Food Science and Technology, 25(4), 636–643.

Brasil (2005). Resolução RDC no 263, de 22 de setembro de 2005, Agência Nacional De Vigilância Sanitária – Anvisa. “Regulamento Técnico Para Produtos De Cereais, Amidos, Farinhas E Farelos”, Diário Oficial da União, Brasília (DF), de 23 de setembro de 2005.

Chitarra, M. I. F., & Chitarra, A. B. (1990). Pós-colheita de frutos e hortaliças: fisiologia e manuseio. Esal/Faepe.

Dias, M. G., Olmedilla-Alonso, B., Hornero-Méndez, D., Mercadante, A. Z., Osorio, C., Vargas-Murga, L., & Meléndez-Martínez, A. J. (2018). Comprehensive Database of Carotenoid Contents in Ibero-American Foods. A Valuable Tool in the Context of Functional Foods and the Establishment of Recommended Intakes of Bioactives. Journal of Agricultural and Food Chemistry, 66(20), 5055–5107.

Dimitry, M. Y., Edith, D. M. J., Therese, B. A. M., Emmanuel, P. A., Armand, A. B., Leopold, T. N., & Nicolas, N. Y. (2022). Comparative evaluation of bioactive compounds, nutritional and physicochemical properties of five Cucurbita species flours of South Cameroon. South African Journal of Botany, 145, 458–467.

Elvira-Torales, L. I., García-Alonso, J., & Periago-Castón, M. J. (2019). Nutritional Importance of Carotenoids and Their Effect on Liver Health: A Review. Antioxidants, 8(7), 229.

Hoenig, M. (2001). Preparation steps in environmental trace element analysis — facts and traps. Talanta, 54(6), 1021–1038.

Hussain, A., Kausar, T., Din, A., Murtaza, M. A., Jamil, M. A., Noreen, S., Rehman, H. ur, Shabbir, H., & Ramzan, M. A. (2021). Determination of total phenolic, flavonoid, carotenoid, and mineral contents in peel, flesh, and seeds of pumpkin ( Cucurbita maxima ). Journal of Food Processing and Preservation, 45(6).

Kulaitienė, J., Jarienė, E., Danilčenko, H. Černiauskienė, J. Wawrzyniak, A., Hamulka, J., & Juknevičienė, E. (2014). Chemical composition of pumpkin (Cucurbita maxima D.) flesh flours used for food. Journal of Food, Agriculture & Environment, 12(3&4), 61–64.

Moraes, M. S., Melo Queiroz, A. J., Figueirêdo, R. M. F., Paz de Matos, J. D., Silva, L. P. F. R., Nascimento Silva, S., & Vieira, A. F. (2021). Germinated seeds of three Cucurbita sp. varieties: Physical characteristics, minerals profile, and drying behavior. Journal of Food Process Engineering, 44(11).

Naves, L. de P., Corrêa, A. D., Abreu, C. M. P. de, & Santos, C. D. dos. (2010). Nutrientes e propriedades funcionais em sementes de abóbora (Cucurbita maxima) submetidas a diferentes processamentos. Ciência e Tecnologia de Alimentos, 30, 185–190Ouyang, M., Huang, Y., Wang, Y., Luo, F., & Liao, L. (2022). Stability of carotenoids and carotenoid esters in pumpkin (Cucurbita maxima) slices during hot air drying. Food Chemistry, 367, 130710.

Park, K. J., Yado, M. K. M., & Brod, F. P. R. (2001). Estudo de secagem de pêra bartlett (Pyrus sp.) em fatias. Food Science and Technology, 21(3), 288–292.

Procida, G., Stancher, B., Cateni, F., & Zacchigna, M. (2013). Chemical composition and functional characterisation of commercial pumpkin seed oil. Journal of the Science of Food and Agriculture, 93(5), 1035–1041.

Queiroz, M. R., & Nebra, S. A. (2001). Theoretical and experimental analysis of the drying kinetics of bananas. Journal of Food Engineering, 47(2), 127–132.

Rezig, L., Chouaibi, M., Msaada, K., & Hamdi, S. (2012). Chemical composition and profile characterisation of pumpkin (Cucurbita maxima) seed oil. Industrial Crops and Products, 37(1), 82–87.

Sacilik, K. (2007). Effect of drying methods on thin-layer drying characteristics of hull-less seed pumpkin (Cucurbita pepo L.). Journal of Food Engineering, 79(1), 23–30.

Sharma, A., Dhiman, A. K., & Attri, S. (2021). Encapsulation of extracted carotenoids of Cucurbita maxima through lyophilization. Pigment & Resin Technology, 50(6), 523–532.

Silva, J. S., Simão, A. A., Marques, T. R., Leal, R. S., & Corrêa, A. D. (2014). Chemical constituents of the pumpkin seeds flour. Journal of Biotechnology, 5(2), 148–156.

Stępień, A., Witczak, M., & Witczak, T. (2022). The Thermal Characteristics, Sorption Isotherms and State Diagrams of the Freeze-Dried Pumpkin-Inulin Powders. Molecules, 27(7), 2225.

UNICAMP, O. N. (2006). TACO–Tabela Brasileira de Composição de Alimentos. Editora Fórmula.

Vieira, K. H., Lima, F. R., Melo, R. de, Pereira, K. C., Oliveira, C. D., Mendes, C. F., Pinto, N. A. V. D., & Souza, P. M. de. (2021). caracterização da farinha de semente de abóbora obtida por secagem em micro-ondas e estufa / characterization of pumpkin seed flour obtained by drying in microwaves and oven. Brazilian Journal of Development, 7(3), 22267–22283.

Yoshida, M., Tabata, A., Niino, T., Chiku, K., Nakashita, R., & Suzuki, Y. (2022). Potential application of light element stable isotope ratio in crude fiber for geographical origin verification of raw and cooked kabocha pumpkin (Cucurbita maxima). Food Chemistry, 373, 131462.

Downloads

Publicado

12/07/2022

Como Citar

GOMES, E. da S. .; MARINS, A. R. de .; GOMES, R. G. . Avaliação das características químicas e físicas da farinha da abóbora moranga (Cucurbita maxima): polpa e sementes. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 9, p. e36211931811, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i9.31811. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/31811. Acesso em: 20 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas