A percepção dos Agentes Comunitários de Saúde sobre a Educação Permanente em um município Paraibano
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.31936Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde; Educação permanente; Agente comunitário de saúde.Resumo
Em meio a todos os profissionais de saúde da Estratégia de Saúde da Família (ESF), o Agente Comunitário de Saúde (ACS) se apresenta como a ponte estabelecida entre a população e o serviço de saúde, através de ações educativas. Mesmo com muitos avanços, a formação dos ACS permanece um desafio. A previsão é de que essa formação seja gradual e permanente, e deve considerar o contexto de trabalho dos ACS, observando as demandas locais. Mediante o supracitado, estabeleceu-se como objetivo conhecer a percepção dos ACS’s acerca das capacitações ofertadas pela gestão e equipe. Esta pesquisa é caracterizada como uma Pesquisa de Campo, descritivo-exploratória, de abordagem qualitativa; a pesquisa foi realizada no município de Campina Grande, Paraíba, Brasil, entre os meses de Maio de 2018 a Agosto de 2019. No que concerne a percepção dos ACS’s, acerca da proposta de intervenção, observa-se que a vivência de uma capacitação, alicerçada na realização da Educação Permanente em Saúde (EPS), apresentou-se como método pedagógico consonante com o que se pretende alcançar com a política de EPS no contexto da Saúde da Família. O poder de decisão dos ACS’s para elencar os temas discutidos, além da identificação das situações problemas e da construção dos possíveis caminhos de superação dos mesmos, foram características fortemente observadas durante as atividades propostas, que proporcionaram o processo de desconstrução de um conhecimento até então consolidado, no que diz respeito à atuação profissional, da produção do cuidado em saúde e das interações entre equipe e comunidade.
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