Solução protética para sibilância em próteses fixas sobre implantes: relato de caso
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.32025Palavras-chave:
Implante Dentário; Estética Dentária; Falha de restauração dentária.Resumo
Este relato de caso clínico objetiva descrever as soluções protéticas em um caso de alteração fonética relatada pela paciente após a reabilitação ântero-superior múltipla com sete coroas cimentadas unitárias tipo PF2, revertendo a reabilitação protéticas em quatro coroas, responsáveis pelo ceceio, para uma PF3 esplintada e aparafusadas com flange palatina. Inicialmente a paciente demonstrou insatisfação de uma prótese parcial removível superior. Após o planejamento e a execução da fase cirúrgica com a instalação de 8 implantes osseointegrados decorreu-se o período de osseointegração, quando foram instaladas sete coroas cimentadas unitárias, classificadas como PF2. Durante o período de adaptação a paciente relatou ceceio durante a fala, devido a passagem de ar na região de ameia cervical das próteses sobre implante (PSI) correspondentes aos elementos dentários do 22 ao 12. Após a identificação das coras responsáveis pelo ceceio foi elaborado um novo planejamento com confecção de uma PF3 esplintada e parafusada, a fim de garantir a reversibilidade, acrescida de gengiva cervical artificial na região palatina, denominada como flange, substituindo assim a coroa anatômica e tecidos moles perdidos. Diversos fatores podem resultar em alterações fonéticas, no caso apresentado a reabilitação protética ântero-superior múltipla associada a condição de existência de um palato ogival acentuados e um perfil gengival fino da paciente resultou no desenvolvimento de whistling. A conversão protética de coroas de PF2 para PF3 com flange palatina garantindo o bloqueio de ar entre a região cervical das PFs se mostrou satisfatória em resolver a condição de alteração fonética, reabilitando os fonemas perdidos.
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