Democratização da educação superior em Angola: inclusão e sucesso acadêmico
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i9.32080Palavras-chave:
Ensino superior; Massificação do acesso; Instituto nacional de gestão de bolsas.Resumo
Atualmente, as desigualdades sociais na educação se configuram em inúmeros estudos que preocupam instituições e governos ao redor do mundo. No entanto, alunos de elite e de nova classe média parecem geralmente ter trajetórias de aprendizado mais longas e bem-sucedidas, ao contrário de estudantes de classes menos favorecidas cujas trajetórias de aprendizado são marcadas pelo fracasso acadêmico. Este artigo discute as políticas de inclusão social adotadas pelas instituições de ensino superior angolanas na década de 2000, no que diz respeito ao acesso e à permanência do ensino superior, a partir dos problemas encontrados à época. A proposta deste artigo é abordar aspectos relativos à democratização do ensino superior em Angola, discutindo alguns aspectos para o cumprimento das metas de massificação e inclusão no ensino. Nesta perspectiva, abordamos em particular as políticas de ação afirmativa no que diz respeito ao acesso e à permanência, que tiveram início na década de 2000, que influenciam nos diferentes percursos em direção ao (in)sucesso acadêmico dos estudantes. O estudo baseia-se em revisão bibliográfica e análise documental. Conclui-se que a massificação do acesso ao ensino não é suficiente, é necessário garantir a permanência na escola, ou seja, o aluno deve concluir com o sucesso acadêmico esperado no tempo estipulado.
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