A utilização da histeroscopia cirúrgica como método auxiliar no diagnóstico de adenomiose. Isso é possível?
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32369Palavras-chave:
Adenomiose; Histeroscopia; Diagnóstico.Resumo
Objetivo: Abordar os aspectos que circundam o diagnóstico da adenomiose, sobretudo relacionando os achados histológicos de biópsias obtidas por histeroscopia cirúrgica com dados clínicos sugestivos dessa patologia. Metodologia: Trata-se de um estudo retrospectivo observacional e transversal, realizado a partir da análise de questionários e de resultados de exames de pacientes submetidas à biópsia histeroscópica, em um hospital da rede privada, do município de Divinópolis-MG. Foram feitas análise de dados, sobretudo entre sintomas clínicos e a confirmação ou não de adenomiose nas amostras anatomopatológicas. Resultados: Foi possível observar que a sintomatologia mais prevalente foi menorragia (76,1%) e cólica menstrual (69,2%), além de que os melhores resultados da associação da biópsia histeroscópica positiva para adenomiose com a sintomatologia foram obtidas da comparação com mais de 3 sintomas apresentados pelas pacientes, com melhores sensibilidade (60,7%), especificidade (57,5%) e acurácia (58,8%) e, da comparação com 3 sintomas, houve o maior valor preditivo negativo (85,7%). Conclusão: A análise de resultados de biópsia por histeroscopia cirúrgica, juntamente com a abordagem de sintomas associados não apresentou resultados suficientemente elevados para sua consolidação como um teste diagnóstico de adenomiose neste estudo. Ainda assim, a escassez de dados na literatura atual acerca dessa comparação indica a necessidade de investigação da existência de outros direcionamentos possíveis no diagnóstico ainda impreciso dessa patologia, quando abordada por métodos menos invasivos que a histerectomia.
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