Mapeamento da agropecuária do município de Araçatuba como instrumento norteador de políticas públicas de desenvolvimento local sustentável

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32419

Palavras-chave:

Agropecuária; Desenvolvimento local sustentável; Agricultura familiar.

Resumo

O presente artigo tem como objetivo mapear o setor da agricultura e pecuária do município de Araçatuba, localizado no interior do Estado de São Paulo, destacando-o como ferramenta para elaboração de políticas públicas que possibilitem o desenvolvimento local sustentável. Utilizou-se de estatísticas descritivas e Análise Exploratória de Dados (AED). Percebeu-se que o produtor agropecuário em sua maioria produz com recursos próprios, tem baixo nível educacional e grande parte dos estabelecimentos agropecuários do município são pequenas propriedades de encontro com a realidade brasileira. Além disso, as características predominantes dos estabelecimentos agropecuários do município de Araçatuba, apresentaram que grande parte faz uso do cultivo convencional das terras, o uso de tratores está concentrado nos estabelecimentos de maior porte, juntamente aos equipamentos agrícolas e defensivos agrícolas com presença predominante da agricultura familiar. Ademais, por meio da análise das características da agricultura familiar, em comparação com a patronal, através das dimensões fundiária, tecnológica, produtiva e social, verificou-se que os estabelecimentos agropecuários voltados à agricultura familiar são inferiores em questão de área e tecnologia, em detrimento da agricultura não familiar voltada ao mercado agroexportador, com diferenças nos fatores fundiários sociais e tecnológicos produtivos. Por fim, os resultados obtidos estatisticamente apresentam dados positivos na quantidade de estabelecimentos atuantes na agricultura e pecuária do município, com destaque na produção que contribui para o abastecimento local de alimentos pela agricultura familiar, possibilitando o norteamento de políticas públicas de desenvolvimento local sustentável.

Biografia do Autor

Luiz Manoel de Moraes Camargo Almeida, Universidade Federal de São Carlos; Universidade de Araraquara

Professor Associado 3 do Centro de Ciências da Natureza do Campus Lagoa do Sino da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), na área de Desenvolvimento Territorial e Políticas Públicas. Professor e Pesquisador dos Programas de Pós Graduação em Gestão de Organizações e Sistemas Públicos da UFSCar e de Desenvolvimento Territorial e Meio Ambiente da Universidade de Araraquara-SP. Possui Pós-doutorado pela FEAGRI-UNICAMP na área de Políticas Públicas e Desenvolvimento Rural, Doutorado em Sociologia pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (2006), Mestrado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de São Carlos (2002) e Graduação em Engenharia de Produção Agroindustrial pela Universidade Federal de São Carlos (1998). Tem direcionado projetos de pesquisa e de extensão nas temáticas de Desenvolvimento Territorial, Segurança Alimentar, Políticas Públicas, Ruralidades e Redes.

Hercules Farnesi da Costa Cunha , Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium

É graduado em Comunicação Social (Jornalismo) pela Universidade Federal de Juiz de Fora / MG (1980), em Administração, na Universidade Anhanguera / UNIDERP (2015) e em Engenharia da Produção pela Universidade Cruzeiro do Sul (2022). Possui Certificação em Lean Six Sigma White Belt, é Especialista em Gestão Governamental, através da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul / UFMS, em convênio com a Fundação Getúlio Vargas / FGV-SP (1998), e em Comunicação Social, pela Universidade Metodista de São Paulo / UMESP (1999). Também se aperfeiçoou (nível de especialização) em Aprendizagem Cooperativa e Tecnologia Educacional, na Universidade Católica de Brasília / UCB (2002). É Mestre em Comunicação Social - Teoria e Ensino da Comunicação - (2001), pela Universidade Metodista de São Paulo / UMESP, e Doutor em Ciências da Educação, através da Universidad San Carlos, de Asunción / PY (validado pela UFRJ), defendendo seus estudos na linha de pesquisa Sistemas Educativos - Pertinência Social. Em 2021 iniciou o doutorado em Administração de Empresas, na Universidade Interamericana, em Asunción / PY. É professor do Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, em Araçatuba / SP, e professor convidado para os cursos de Mestrado e Doutorado da Universidad San Carlos (Asunción / PY). Possui experiência em várias áreas da Administração e Comunicação Social, com ênfase em Comunicação Comparada, Assessoria de Comunicação, Estratégias de Comunicação, Marketing e Educação. Pertence ao grupo de Avaliadores do BNI e BASis / INEP / MEC.

Referências

Abramovay, R. (2012). Paradigmas do capitalismo agrário em questão. Edusp.

Almeida, F. B. D., Almeida, L. M. D. M. C., & Ferrante, V. L. S. B. (2015). Avaliação do Programa Bolsa Família na segurança alimentar das famílias rurais do município de Rio Verde, GO: efeitos, entraves e diferenciações. Interações (Campo Grande), 16, 277-287.

Alves, E. D. A. (1999). Novas evidências sobre a migração rural-urbana.

Araujo, J. A., & Vieira Filho, J. E. R. (2018). Análise dos impactos do Pronaf na agricultura do Brasil no período de 2007 a 2016 (No. 2412). Texto para discussão.

Batalha, M. O., Buainain, A. M., & Souza Filho, H. D. (2005). Tecnologia de gestão e agricultura familiar. Gestão Integrada da Agricultura Familiar. São Carlos (Brasil): EDUFSCAR, 43-66.

Bini, D. A., Miranda, S. H. G. D., Viana, C. E. D. F., & Pinto, L. F. G. (2018). A dimensão econômica da sustentabilidade na agropecuária brasileira. Revista de Política Agrícola, 27(2), 95.

Bini, D. L. D. C. (2015). Da formação socioespacial à diferenciação dos circuitos espaciais agropecuários na região de Araçatuba (SP) (Doctoral dissertation, Universidade de São Paulo).

Clemente, F. M. V. T. (2015). Produção de hortaliças para agricultura familiar. CEP, 70, 970.

da Silva, R. C. (1998). A falsa dicotomia qualitativo-quantitativo: Paradigmas que informam nossas práticas de pesquisa. Diálogos metodológicos sobre prática de pesquisa. Ribeirão Preto, Editora Legis Summa, 31-50.

de Carvalho, J. C. R., do Nascimento, A. S., de Lima, M. C. F., de Lima Silva, F., da Silva Sodré, G., de Carvalho Costa, M. A. P., & de Carvalho, C. A. L. Importância Da Matéria Orgânica para a Agricultura. Pesquisas agrárias e ambientais Volume VIII.

de Nascimento, R. M. (2018). Um olhar sobre o processamento estatístico de dados a partir do enfoque da análise exploratória de dados (AED). Revista Órbita Pedagógica. ISSN 2409-0131, 5(3), 31-46.

Del Grossi, M. E., & de Azevedo Marques, V. P. (2010). Agricultura familiar no censo agropecuário 2006: o marco legal e as opções para sua identificação. Estudos Sociedade e Agricultura, 18(1), 127-157.

ECODEBATE. (2020). Técnicas de agricultura sustentável ajudam na conservação do solo. Especialistas apontam algumas, 04 de junho de 2020.

Field, A. (2009). Descobrindo a estatística usando o SPSS-5. Penso Editora.

Gazolla, M., & Schneider, S. (2007). A produção da autonomia: os “papéis” do autoconsumo na reprodução social dos agricultores familiares. Estudos Sociedade e Agricultura.

Grisa, C., Caldas, N. V., & Lopes, A. D. S. (2003). Novos desafios no mundo rural sul-brasileiro: masculinização, envelhecimento e desagrarização. Salão de iniciação Científica (15.: 2003: Porto Alegre, RS). Livro de resumos. Porto Alegre: UFRGS, 2003.

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2019). Censo agropecuário: resultados definitivos 2017. Rio de Janeiro, 2017.

Kotler, P. (2021). Marketing 4.0 Do tradicional ao digital.

Lüdke, M.; André, Marli E.D.A. (1986).Pesquisa em educação: abordagens qualitativas. São Paulo: EPU.

Marafon, G. J., & RIBEIRO, M. A. (2006). Agricultura familiar, pluriatividade e turismo rural: reflexões a partir do território fluminense. Revista Rio de Janeiro, 3(18-19), 111-130.

Moreira, R. J. (1999). Agricultura familiar: processos sociais e competitividade. Mauad Editora Ltda.

Ruis, G. L. (2021). A estrutura da produção agropecuária no município de araçatuba/sp no contexto da modernização da agricultura. Formação (Online), 28(53).

Santos, L. L., Neves, C. B., & Leão, C. (2009). Uma década de políticas de reforma agrária no Brasil: índice de Gini e estrutura fundiária 1985 a 1995. In Anais do 47º Congresso da Sociedade Brasileira de Economia, Administração e Sociologia Rural–SOBER.

SEADE - Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. (2020) Projeção da população urbana e rural, em 1º de julho Município de Araçatuba – SP

Stoffel, J. (2012). Agricultura familiar nos Estados da Região Sul do Brasil: caracterização a partir dos dados do censo agropecuário de 2006. 6º Encontro de Economia Gaúcha.

Triola, M. F (2005). Introdução à Estatística.9 ed. Rio de Janeiro: LTC.

Wanderley, M. D. N. B. (1999). Raízes históricas do campesinato brasileiro. Agricultura familiar: realidades e perspectivas, 3, 21-55.

Downloads

Publicado

31/07/2022

Como Citar

PAVAN, A. A. .; ALMEIDA, L. M. de M. C. .; CUNHA , H. F. da C. . Mapeamento da agropecuária do município de Araçatuba como instrumento norteador de políticas públicas de desenvolvimento local sustentável. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 10, p. e225111032419, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i10.32419. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/32419. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

v. 11 n. 10

Seção

Ciências Humanas e Sociais

Licença

Copyright (c) 2022 André Augusto Pavan; Luiz Manoel de Moraes Camargo Almeida; Hercules Farnesi da Costa Cunha

Creative Commons License
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.