Perfil epidemiológico das anomalias em nascidos vivos no Nordeste, de 2011 a 2020

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32505

Palavras-chave:

Anomalias; Crianças; Ensino; Epidemiologia.

Resumo

As anomalias congênitas são distúrbios de desenvolvimento de origem pré-natal presentes ao nascimento e podem ser estruturais, funcionais ou metabólicas. Medidas de diagnóstico, planejamento do pré-natal e acompanhamento contínuo são necessários para a detecção precoce dessas anomalias, e para tanto é necessário conhecer a epidemiologia de tais doenças. Diante disto, esta pesquisa teve o objetivo de analisar o perfil epidemiológico das anomalias em nascidos vivos, no Nordeste (2011-2020). Foi realizada pesquisa epidemiológica, descritiva, quantitativa, de série temporal, com dados do SINASC – Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos –DATASUS.  Os dados foram importados do SINASC para o programa excel, onde foram tabulados e elaborados gráficos e tabelas, depois exportados ao BIOESTAT 5.3, para realização da estatística descritiva. O perfil epidemiológico encontrado demonstrou maioria de: sexo masculino, raça parda, peso (3000g a 3999g) e apgar 5° minuto (8 a 10). As principais malformações congênitas foram: osteomuscular, deformidade dos pés e do sistema nervoso. Os Estados da Bahia, Pernambuco, Ceará e Maranhão foram os que apresentaram a maior quantidade de registros. As mães, possuem faixa etária entre 20 e 29 anos, com baixo grau de instrução, solteiras, gestação única, com duração entre 37 a 41 semanas. O pré-natal foi realizado de modo inadequado e o tipo de parto cesáreo. Assim, existe a necessidade de traçar novas estratégias de saúde pública para viabilizar o acesso das gestantes ao pré-natal, sendo este um desafio do Estado, da iniciativa privada, das instituições de ensino e da sociedade civil como toda.

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Publicado

21/07/2022

Como Citar

PARGA, L. D. .; MOURA, L. V. M. de .; VALE, I. S. .; LEITÃO , I. E. S. .; CUZCANO, C. A. S. .; MARQUES, C. P. C. Perfil epidemiológico das anomalias em nascidos vivos no Nordeste, de 2011 a 2020. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 10, p. e29111032505, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i10.32505. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/32505. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde