Social Distance Scale: adaptação cultural para brasileiros

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.32581

Palavras-chave:

Estigma social; Distância social; Esquizofrenia; Cocaína.

Resumo

Objetivo: adaptar culturalmente a Social Distance Scale de Bogardus nos domínios esquizofrenia e dependência de heroína para o português falado no Brasil. Método: este estudo metodológico foi desenvolvido por meio do processo de adaptação cultural: 1) tradução; 2) comitê de juízes; 3) retrotradução; 4) pré-teste; e 5) ponderação dos scores. Na fase pré-teste, a amostra populacional foi de 40 profissionais de saúde da Atenção Primária à Saúde. Resultados: a escala adaptada para o português brasileiro foi avaliada como equivalente ao instrumento original. Para maior aproximação cultural com a realidade brasileira, o domínio “dependência de heroína” foi modificado para “dependência de cocaína”. O valor de alpha de Cronbach foi 0.69 e 0.62 para os domínios esquizofrenia e dependência de cocaína, respectivamente, indicando que houve equivalência semântica, cultural e conceitual no instrumento adaptado. Considerações finais: a adaptação cultural da escala obteve resultados representativos de boa consistência interna, mas há necessidade de validação desse instrumento por meio da análise das propriedades psicométricas.

Referências

Adewuya, A. O., & Makanjuola, R. O. (2005). Social distance towards people with mental illness amongst nigerian university students. Soc psychiatry psychiatr epidemiol. 40(11), 865-868.

Adewuya, A. O., & Makanjuola, R. O. (2008). Social distance towards people with mental illness in southwestern nigeria. Aust n z j psychiatry. 42(5), 389-95.

Barned. C., & Lipps, G. E. (2014). Development and Validation of a Measure of Attitudes toward Fluffy Women. West Indian Medicine Journal. 3(63), 626-633.

Beaton, D. E., et al. (2000). Guidelines for the process of cross-cultural adaptation of self report measures. Spine. 25, 815-824.

Bogardus, E. S. (1925a). Social Distance and its origins. Journal of Apllied Sociology. 9, 216-226.

Brasil. Cadernos de Atenção Básica: Saúde Mental. (3ª. ed.), 2013a.

Da Mota, F. D., Ciconelli, R. M., & Ferraz, M. B. (2003). Translation and cultural adaptation of quality of life questionnaires: an evaluation of methodology. J Rheumatol. 30(2), 379-85.

Damha, A. C., et al. (2015). A estigmatização da esquizofrenia com enfoque nos profissionais de saúde. Revista Thêma et Scientia. 5(2).

Ferrer, M., et al. (1996). Validity and reliability of the St Geroge’s Respiratory Questionnaire after adaptation to a different language and culture: the Spanish example. European Respiratory Journal. 9(6), 1160- 1166.

Friedrich, L., et al. (2015). How does the label "epileptic" influence attitudes toward epilepsy? Seizure. 35, 54-59.

Grandón, P., et al. (2021). Effectiveness of an intervention to reduce stigma towards people with a severe mental disorder diagnosis in primary health care personnel: Programme Igual-Mente. Psychiatry Research, 305, 114259.

Guillemin, F., Bombardier, C., & Beaton, D. (1993). Cross-cultural adaptation of health related quality of life measures: literature review and proposed guidelines. Journal of Clinical Epidemiology. 46(12), 1417-1432.

Horsfall, J., Cleary, M., & Hunt, G. E. (2010). Stigma in Mental Health: Clients and Professionals. Issues in Mental Health Nursing. 31, 450–455.

Javitt, D. C., & Coyle, J. T. (2004). Decifrando a esquizofrenia. Scientific American Brasil. 21, 48- 55.

Khenti, A., Et al. (2017). Mental health and addictions capacity building for community health centres in ontario. Can fam physician. 63(10), 416-424.

Krawczyk, N., Filho, C. L., & Bastos, F. I. The interplay between drug-use behaviors, settings, and access to care: a qualitative study exploring attitudes and experiences of crack cocaine users in Rio de Janeiro and São Paulo, Brazil. Harm Reduct J. 6, 12 - 24.

Ku, T. K., & Há, M. Stigma of Mental Illness: Social Distancing Attitudes among Registered Nurses in Australia. Journal of Biosciences and Medicines. 3, 40-47.

Laranjeira, R., et al. (Org.). (2014). II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (LENAD). São Paulo: Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia para Políticas Públicas de Álcool e Outras Drogas (INPAD), UNIFESP.

Lauber, C., et al. (2004). What about psychiatrists’ attitude to mentally ill people? European Psychiatry. 19, 423-427.

Loch, A. A., et al. (2011). O estigma atribuído pelos psiquiatras aos indivíduos com esquizofrenia. Revista de Psiquiatria Clínica. 38(5), 173-7.

O'Brien, C. (2011). Addiction and dependence in DSM-V. Addiction. 106(5), 866–867.

Oliveira, M. A. C., & Silva, T. M. R. (2018). Health advocacy in nursing: contribution to the reorientation of the Brazilian healthcare model. Revista Brasileira de Enfermagem. 71(Suppl 1), 700-3.

Park, S., Lee, Y., & Kim, C. E. (2018). Korean adults' beliefs about and social distance toward attention-deficit hyperactivity disorder, tourette syndrome, and autism spectrum disorder. Psychiatry res. 269, 633-639.

Pasquali, L. (2009). Psicometria. Revista da Escola de Enfermagem da USP. 43, 992-999.

Pereira, M. E., et al. (2002). Imagens e significado e o processamento dos estereótipos. Estud. Psicol. 7(2), 389-397.

Polit, D. F., & Beck, C. T. (2011). Fundamentos de pesquisa em enfermagem: avaliação de evidências para prática em enfermagem. São Paulo: Artmed.

Reavley, N. J., et al. (2014). Stigmatising attitudes towards people with mental disorders: a comparison of Australian health professionals with the general community. The Australian and New Zealand Journal of Psychiatry. 48(5), 433–441.

Ronzani, T. M., Furtado, E. F., & Higgins-Biddle, J. (2009). Stigmatization of alcohol and other drug users by primary care providers in Southeast Brazil. Social Science & Medicine. 69(7), 1080-1084.

Seaton, V., & Piel, M. (2018). Student pharmacists' social distancing toward people with mental illness. Ment health clin. 23(7), 181-186.

Soares, R. G., et al. (2011). Distância social dos profissionais de saúde em relação à dependência de substâncias psicoativas. Estudos de Psicologia. 16(1). 91-98.

Svob, C., et al. (2016). Intergenerational transmission of historical memories and social-distance attitudes in post-war second-generation Croatians. Memory & Cognition. 44(6), 846-855.

Valery, K., & Prouteau, A. (2020). Schizophrenia stigma in mental health professionals and associated factors: A systematic review. Psychiatry Res. 290:113068.

Downloads

Publicado

11/10/2022

Como Citar

DOMINGOS, S. G. de Ávila .; CARRARA, B. S. .; FERNANDES, R. H. H. .; COSTA, S. de G. .; SANTOS, J. C. dos .; VENTURA, C. A. A. . Social Distance Scale: adaptação cultural para brasileiros. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 13, p. e437111332581, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i13.32581. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/32581. Acesso em: 3 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde