Bactérias resistentes aos carbapenêmicos em unidade de terapia intensiva: prevalências e fatores associados
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32629Palavras-chave:
Bactérias; Carbapenêmicos; Unidades de Terapia Intensiva; Infecção hospitalar.Resumo
A resistência antimicrobiana é uma ameaça global que requer diferentes cuidados e fatores envolvidos, incluindo uma abordagem unificada, multidimensional e com maior vigilância epidemiológica. O objetivo deste estudo foi analisar a prevalência e fatores associados às infecções relacionadas à saúde (IRAS) por bactérias resistentes aos carbapenêmicos em pacientes adultos hospitalizados em Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Methods: Estudo transversal. Foram revisados prontuários eletrônicos e exames microbiológicos de pacientes com IRAS, entre 2010 e 2017, hospitalizados na UTI de um hospital no Sul de Santa Catarina. Dados demográficos, clínicos e relativos ao uso de antimicrobianos fizeram parte das variáveis de interesse. Foram incluídos 1.273 casos de IRAS, o que representa uma taxa de 11,5% de infecção hospitalar. A média de idade dos pacientes foi de 60,4±18,5 anos, sendo que 58,7% eram homens. A principal causa de hospitalização foram as doenças do aparelho circulatório (35,8%) e a mediana de hospitalização foi de 31 dias. Do total, 24% apresentaram resistência aos carbapenêmicos. As IRAS causadas por Escherichia coli, Staphylococcus coagulase negativa e Staphylococcus aureus e Streptococcus sp. foram os patógenos que apresentaram maior resistência aos carbapenêmicos. A resistência aos carbapenêmicos se associou ao maior tempo de hospitalização (p=0,014), ter realizado procedimento cirúrgico (p<0,001), uso sonda nasoenteral (p=0,048) e óbito (p=0,003). Houve elevada taxa de infecção por bactérias resistentes aos carbapenêmicos, com tendência de aumento no período.
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