Qualidade de cortes de carne de frango comerciais “in natura” e temperado do sudoeste de Goiás

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.3268

Palavras-chave:

deterioração; legislação; alimento seguro; fiscalização.

Resumo

Em decorrência da boa aceitabilidade, de ser um produto de fácil acesso e economicamente viável para o consumo, a produção da carne de frango vem aumentando muito nas últimas duas décadas. A presente pesquisa teve como objetivo avaliar a qualidade microbiológica, físico-química da carne de frango “in natura” e temperada comercializada na cidade de Santa Helena de Goiás. As amostras foram coletadas em quatro estabelecimentos comerciais e foram realizadas análises microbiológicas de coliformes totais, termotolerantes e de Salmonella spp., análises físico-químicas de pH, acidez e retenção de água. Os resultados obtidos nas análises microbiológicas para coliformes totais e termotolerantes mostraram que as amostras encontraram acima do estabelecido pela Instrução Normativa n° 62, de 18/09/2003, pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).Para as análises de Salmonella spp., houve presença do micro-organismo, em três dos quatros amostras avaliadas. Os resultados evidenciaram que o pH das amostras estava na faixa de 6,17 a 6,53 condizente com valores encontrados na literatura. E houve uma pequena variação nas amostras analisadas de acidez. Somente uma amostra, dentre as quatro avaliadas, mostrou maior retenção de água. Assim, foi possível concluir que que as carnes de frango “in natura” e temperadas analisadas, não estão em condições higiênico-sanitárias adequadas para o consumo.

Referências

Aberc (Associação Brasileira das Empresas de Refeições Coletivas Manual). 2000. Aberc de práticas de elaboração e serviço de refeições para coletividades. São Paulo.

Abpa. Associação Brasileira Proteína Animal. Mercado Mundial. 2015. Disponível em: http://abpa-br.com.br/setores/avicultura/mercado-mundial.

Brasil. Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Resolução RDC Nº 216, de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação. Diário Oficial da União, Brasília, 2004. Disponível em:

Brasil. Resolução RDC n. 12, de 02 de janeiro de 2001. Aprova o Regulamento Técnico sobre padrões microbiológicos para alimentos. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, DF.

Brossi, C.; Contreras-Castillo, C.J.; Amazonas, E.A. & Menten, J.F.M., (2009). Efeitos térmicos durante o pré-abate em frangos de corte. Ciência Rural, 39(4), p. 1296-1305.

Carvalho, A.C.F.B; Cortez, A.L.L; Salotti, B.M; Bürger, K.P; Vidal-Martins, A.M.C. 2005. Presença de microrganismos mesófilos, psicrotróficos e coliformes em diferentes amostras de produtos avícolas. Arquivo Instituto Biologia, 72(3), p.303-307.

Cezar, M.F. & Sousa, W.H. (2007). Carcaças ovinas e caprinas: obtenção, avaliação e classificação. João Pessoa.

Furtado, C.S.; Moura, G.K.; Procópio, A.; Chaves, C.A.; Machado, A. 2015. Manipulação, armazenamento e características físico-químicas de churrasquinhos de rua. Manaus-Am. Nanbiquara-Revista científica da Fametro, 1(1):11-22.

Garcia Erm, Souza Rpp, Cappi N, Ávila Lr, Feliciano Wb, Cruz Fk. 2017. Perfil do consumidor de carne de frango no município de Aquidauana, MS. Vet. e Zootec. Jun.; 24(2): 345-352.

Góez, J.; Silva, A.V.; Fracalossi, L.M. & Kuwano, E.A. (2004). Condições de conservação de alimentos armazenados por refrigeração na cidade de Salvador, Bahia. Revista Higiene Alimentar, 18(125) 2004.

Ial (Instituto Adolfo Lutz).2008. Métodos físico-químicos para análise de alimentos/coordenadores Odair Zenebon, Neus Sadocco Pascuet e Paulo Tiglea, São Paulo.

Jay, James M. Trad. Tondo, Eduardo Cesar Et Al. 2005. Microbiologia de Alimentos. 6. ed. Porto Alegre: Artmed.

Mendes, L. J.; Moura, M. M. Almeida; Maciel,M. P.; Reis,S. T.; Silva,V. G.; Silva,D. B.; Santana De Moura, V. H.; Alves Meneses, I. M.; Sampaio Said, J. L. 2016. Perfil do consumidor de ovos e carne de frango do município de Janaúba-MG. Ars Veterinaria., 32(1): 081-087.

Lima, A., & Nääs, I. 2005. Evaluating two systems of poultry production: conventional and free-range. Revista Brasileira de Ciência Avícola, 7(4), 215–220.

Mapa. Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa – IN n° 62, de 18 de setembro de 2003; Anexo. Dispõe sobre os métodos analíticos oficiais para análises microbiológicas para controle de produtos de origem animal e água, 2003.

Olivo, R.; Olivo, N. 2006. O mundo das carnes. 4.ed., Criciúma: Editora do Autor.

Osório, J.C.; Osório, M.T.; Jardim, P. 1998. Métodos para avaliação de carne ovina: "in vivo", na carcaça e na carne. Pelotas: Universidade Federal de Pelotas.

Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM. Disponível em: https://repositorio.ufsm.br/bitstream/handle/1/15824/Lic_Computacao_Metodologia-Pesquisa-Cientifica.pdf?sequence=1. Acesso em: 30 março 2020.

Pinto, M. F., Ponsano, E. H. G., Franco, B. D. G. M., & Shimokomaki, M. 2002. Charqui meats as fermented meat products: role of bacteria for some sensorial properties development. Meat Science, 61(2), 187–191.

Rodrigues, D.P. 2005. Ecologia e prevalência de Salmonella spp. em aves e material avícola no Brasil. In: Conferência Apinco de Ciência e Tecnologia Avícolas, Santos. Anais, v.2, Santos, p.223-228.

Rückert, D. A. S.; Pinto, P. S. A.; Rodrigues, A. C. A.; Bevilacqua, P. D.; Pinto, M. S. 2006. Métodos de pesquisa de Salmonella sp durante o abate de frangos. Revista Higiene Alimentar, 20(146) p. 49-54.

Shimokomaki, M.; Olivo, R.; Terra, N. N.; Franco, B. D. G. M. 2006. Atualidades em ciência e tecnologia de carnes. São Paulo: Livraria Varela.

Silva, J. A.; Azerêdo, G. A.; Barros, C. M. R.; Costa, E. L.; Falcão, M. M. S. 2002. Incidência de bactérias patogênicas em carne de frango refrigerada. Revista Higiene Alimentar, 16(100), p.97-101.

Tirolli, I. C. C.; Costa, C. A. Da. 2006. Ocorrência de Salmonella spp. em carcaças de frangos recém abatidos em feiras e mercados da cidade de Manaus-AM. Acta Amazônica, 36(2): 205 – 208.

Venturini, K. S; Sarcinelli, M. F; Silva, L. C. 2007. Características da carne de frango In: Boletim Técnico, Universidade Federal do Espírito Santo. PIE-UFES.

Downloads

Publicado

31/03/2020

Como Citar

SOUSA, T. L.; SILVA, J. P. da; LIMA, D. S.; SILVA, R. M. da; EGEA, M. B.; VIANA, L. F. Qualidade de cortes de carne de frango comerciais “in natura” e temperado do sudoeste de Goiás. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 5, p. e136953268, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i5.3268. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3268. Acesso em: 24 nov. 2024.

Edição

Seção

Ciências Agrárias e Biológicas