Políticas públicas e trabalho docente no contexto da Educação Básica e Profissional
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32685Palavras-chave:
Políticas educacionais.; Educação básica e profissional; Trabalho docente.Resumo
O presente artigo é parte de uma pesquisa que tem como objetivo analisar como um conjunto de políticas educacionais produzidas a partir da década de 1990 exerce efeitos de sentido a partir de seus discursos oficiais sobre o trabalho de docentes vinculados à educação básica e profissional. A orientação metodológica foi abordagem qualitativa do tipo estudo bibliográfico. Frente ao exposto, é possível constatar que o apelo hegemônico das políticas educacionais contemporâneas é de que a educação profissional dá melhores resultados quando conta com a participação direta do setor privado em seus processos pedagógicos, financiamento e gestão. Diante disso, buscou-se investigar o que vem determinando o conteúdo das políticas para a educação profissional? Consenso entre organismos internacionais, setores do governo, empresários ou participação efetiva da comunidade escolar na definição de tais? Diante de tal conjuntura, expressa-se a necessidade de maior autonomia por parte dos docentes e menor controle sobre a participação da comunidade escolar na tomada de decisões dos sujeitos inseridos no processo educativo. Conclui-se assim que uma educação libertadora é aquela que abre espaços para a democratização dos processos de ensinar e aprender, esta seria uma valiosa alternativa para rompermos com a lógica vigente.
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