Comparação do incentivo, condições de treinamento e motivação de atletas de futsal feminino e masculino em equipes paranaenses do Vale do Ivaí
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32871Palavras-chave:
Esporte; Futsal; Motivação; Incentivo financeiro.Resumo
O presente estudo teve como objetivo comparar o incentivo, as condições de treinamento e aspectos motivacionais de atletas feminino e masculino praticantes de futsal da região do Vale do Ivaí do estado do Paraná. A pesquisa se caracterizou como estudo qualitativo e quantitativo e foi composto por uma amostra de 16 atletas pertencentes as categorias sub-15 e sub-17 de 8 equipes (4 times femininos e 4 times masculinos) da região do Vale do Ivaí, além de 6 treinadores das respectivas equipes. Fizeram parte da pesquisa as equipes das cidades de Arapuã, Ivaiporã, Manoel Ribas e Jardim Alegre. Como instrumentos foi utilizada uma entrevista estruturada elaborada pelos próprios pesquisadores para investigar as condições de treinamento e para avaliar os níveis de motivação foi utilizada a Escala de Motivação para o Esporte (SMS-2). Os dados foram coletados individualmente com cada participante (entrevistas e preenchimento do questionário. Para análise de dados utilizou-se a distribuição de frequências absoluta para categorizar as respostas das entrevistas, e, para os dados quantitativos utilizou-se o teste de Shapiro-Wilk e Teste t para amostras independentes. Adotou-se como nível de significância p<0,05. Os resultados evidenciaram que mesmo com condições estruturais inferiores, as atletas de futsal feminino apresentaram maior nível de motivação de regulação intrínseca (p=0,038*), quanto as comparações de incentivo e condições de treinamento foi observado que os atletas masculinos participam de um maior número de competições, entretanto, os recursos e estruturas utilizados para treinos e competições são semelhantes entre os gêneros. Conclui-se que embora as atletas do gênero feminino participem de um menor número de competições e utilizem estruturas semelhantes, elas são mais motivadas que os atletas masculinos para a amostra investigada.
Referências
Altmann, H., & dos Reis, H. H. B. (2013). Futsal feminino na América do Sul: trajetórias de enfrentamento e de conquistas. Movimento (Porto Alegre), 19(3), 211-232.
Devide, F. P., & Votre, S. J. (2012). Primórdios da natação competitiva feminina: do" páreo elegância" aos Jogos Olímpicos de Los Angeles. Revista Brasileira de Ciências do Esporte, 34, 217-233.
Giglio, S. S., Galatti, L. R., Machado, G. V., Altmann, H., Paes, R. R., & Seone, A. M. (2018). Desafios e percalços da inserção da mulher nos Jogos Olímpicos (1894-1965). Recorde: Revista de História do Esporte, 11(1).
Giusti, L. (2021). Fatores motivacionais na prática de um time de futsal feminino adulto amador de Tubarão, SC.
Goellner, S. V. (2004). Mulheres e futebol no Brasil: entre sombras e visibilidades. Revista brasileira de educação física e esporte, 19(2), 143-151.
Goellner, S. V. (2005). Mulher e esporte no Brasil: entre incentivos e interdições elas fazem história. Pensar a prática. Goiânia. Vol. 8, n. 1 (jan./jun. 2005), p. 85-100.
Jaeger, A. A. (2006). Gênero, mulheres e esporte. Movimento (Porto Alegre), 12(1), 199-210.
Mascarin, R. B., de Oliveira, F. V. C., & Marques, R. F. R. (2017). Feminilidade e preconceito de gênero no futsal. Fluxos & Riscos-Revista de Estudos Sociais, 2(1), 83-96.
Moura, G. X., Starepravo, F. A., Rojo, J. R., Teixeira, D., & Moraes, M. (2017). Mulher e esporte: o preconceito com as atletas de Rugby da cidade de Maringá-PR. Motrivivência, 29(50), 17-30.
Moraes, E. V. (2012). As mulheres também são boas de bola: histórias de vida de jogadoras baianas (1970-1990).
Nascimento Junior, J. R. A. D., Vissoci, J. R. N., Balbim, G. M., Moreira, C. R., Pelletier, L., & Vieira, L. F. (2014). Adaptação transcultural e análise das propriedades psicométricas da Sport Motivation Scale-II no contexto brasileiro. Revista da Educação Física/UEM, 25, 441-458.
Paim, M. C. C., & Strey, M. N. (2006). Marcas da violência de gênero contra a mulher no contexto esportivo. Revista Digital-Buenos Aires, 11.
Pelletier, L. G., Rocchi, M. A., Vallerand, R. J., Deci, E. L., & Ryan, R. M. (2013). Validation of the revised sport motivation scale (SMS-II). Psychology of sport and exercise, 14(3), 329-341.
Pereira, C. M. S., & Antunes, A. C. (2017). Trajetória do futsal feminino no Brasil: um caminho repleto de obstáculos. Seminário Internacional Fazendo Gênero 13º Mundo de Mulheres & Fazendo Gênero, 11.
Sanches, V. C., & Borim, J. M. (2010). História e evolução do futsal feminino no Brasil e no Paraná. Revista Digital, Buenos Aires. Ano, 15.
Thomas, J. R., Nelson, J. K., & Silverman, S. J. (2012). Métodos de pesquisa em atividade física. Artmed Editora.
Vasques, R. B., Góes, J. M. F., Brandão, M., Oliveira Filho, A. C., & Ferreira, A. (2010). A carreira no futebol feminino no município do Rio de Janeiro–sucessos e fracassos. Pesquisa em Educação Física, 15-22.
Voser, R. D. C., Hernandez, J. A. E., Ortiz, L. F. R., & Voser, P. E. G. (2014). A motivação para a prática do futsal: comparação entre atletas federados do sexo masculino e feminino. RBFF-Revista Brasileira de Futsal e Futebol, 6(21), 4.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 William Fernando Garcia; Manuella Albernaz Croceta
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
