Estudo de secagem e extração do óleo essencial da menta (Mentha arvensis L.)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i10.32964Palavras-chave:
Hortelã-japonesa; Soxhlet; Extração com n-hexano.Resumo
A espécie Mentha arvensis L., conhecida popularmente como hortelã-japonesa, produz o óleo essencial rico em mentol, cujas aplicações nas indústrias farmacêuticas, alimentícias e cosméticas lhe conferem grande expressão socioeconômica. O objetivo do trabalho foi estudar a secagem e a extração do óleo da hortelã-japonesa. A hortelã-japonesa foi colhida em tempo úmido e quente, com início de floração, acondicionadas de maneira correta e submetidas a secagem em estufa sob duas temperaturas, 40 °C e 60 °C. A umidade das amostras encontradas foi de 86,73 %. Em seguida foram obtidas as curvas de secagem nas duas temperaturas e determinado que o modelo de secagem que melhor se ajustou ao experimento foi o modelo de Peleg. Após a secagem, fez-se a moagem em moinho de facas das duas frações separadamente, posteriormente determinou-se o diâmetro de Sauter a 40 °C: 0,237 mm e 60 °C: 0,250 mm. Após a determinação do diâmetro de Sauter, a extração exaustiva do óleo foi realizada em aparelho de Soxhlet utilizando n-hexano como solvente extrator com as amostras retidas nas peneiras de malhas 70 e 100 de diâmetros 0,150 e 0,215 mm para as amostras secas em temperaturas de 40 °C e 60 °C, pois foram as peneiras que obtiveram a maior massa redita da hortelã-japonesa desidratada. O rendimento da extração do óleo da fração seca a 60 °C apresentou melhor rendimento nos diâmetros estudados, obtendo 3,74 % de rendimento de extração do óleo essencial. Observando o rendimento da extração em relação ao diâmetro das amostras, o diâmetro de 0,180 mm foi melhor nas diferentes temperaturas. Onde se pode concluir que a temperatura e diâmetro das partículas da hortelã-japonesa influenciam no rendimento da extração do óleo essencial.
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