Atividade científica e a questão da não neutralidade da ciência: perspectiva epistemológica de Hugh Lacey
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i5.3318Palavras-chave:
Hugh Lacey; Ciência; Atividade Científica; Educação Científica e Tecnológica.Resumo
Esse artigo tem a pretensão de provocar reflexões sobre atividade científica e a não neutralidade da ciência, tendo como fundamento epistemológico a perspectiva teórica de Hugh Lacey. Contemplando suas percepções sobre os valores e a atividade científica, destacam-se as perspectivas que perpetuam nas práticas da ciência contemporânea, bem como os valores modernos de controles que predominam no campo científico. Metodologicamente, classifica-se esta pesquisa como de natureza bibliográfica, de caráter descritivo e qualitativo. Os resultados obtidos enfatizam o pluralismo metodológico defendido pelo autor como princípio necessário para a neutralidade da ciência uma vez que a sua teoria parte do pressuposto de que existe uma relação dialética entre ciência, atividade científica e bem-estar humano. Destaca-se, também, a necessidade de que o ensino das ciências seja praticado a partir de perspectiva crítica reflexiva, sem ser relativista uma vez que a ciência é uma prática sócio-histórica inserida no mundo dos valores e da experiência humana, empreendida por agentes humanos, cujas ações são explicáveis em termos de suas crenças, percepções, deliberações, desejos, valores e outros ensejos intencionais.
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