Análise fotoelástica de implantes estreitos em maxila atrófica: estudo in vitro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33466Palavras-chave:
Maxila atrófica; Implantes estreitos; Análise fotoelástica.Resumo
A reabilitação em maxila atrófica traz desafios devido à continua e progressiva reabsorção alveolar e pneumatização alveolar do seio maxilar, o que inviabiliza a reabilitação com implantes de tamanho convencional. Uma das alternativas para estes casos é a utilização de implantes estreitos. Assim, o objetivo do presente estudo foi verificar a viabilidade dos implantes estreitos na reabilitação total da maxila atrófica. Utilizou-se do método da análise fotoelástica, confeccionando-se seis grupos: GC1 (4.1 mm x 10.0 mm), GC2 (4.1 mm x 12.0 mm), NC1 (3.3 mm x 10.0 mm), NC2 (3.3 mm x 12.0 mm), SC1 (2.9 mm x 10.0 mm) e SC2 (2.9 mm x 12.0 mm) que foram avaliados no polariscópio circular modelo PTH-A-01 (LPM/FME/UFU) com carga cêntrica, lateralidade esquerda/direita e protrusiva de 5 N. Os modelos foram ensaiados, fotografados e analisados de acordo com as ordens de franjas isométricas. A análise dos padrões de cores e localização auxiliou na interpretação quanti-qualitativa e das tensões dos subgrupos testados oriundos das forças sobre implantes osseointegrados dispostos em arco, tipo reabilitação “all-on-four” em maxila. Os grupos avaliados demonstraram interação positiva com relação ao aumento do diâmetro dos implantes, com diminuição da concentração de tensão para a região dos implantes centrais. Não foi observada diferença entre os grupos no carregamento protrusivo e, em relação aos carregamentos distais, esquerdo as tensões em todos os grupos variaram de baixa a alta. Assim, de forma geral, não foram constatadas diferenças significativas em relação aos implantes estreitos quando comparados aos implantes de diâmetro regular.
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