Efeito residual dos óleos essenciais de Citrus sinensis e Syzygium aromaticum em associação com temefós sobre larvas de Aedes aegypti Linn. (Diptera: Culicidae) em laboratório
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33489Palavras-chave:
Larvicida; Formulação; Cerâmica; Razão de mortalidade; Dengue; Zika.Resumo
O aumento de resistência do Ae. aegypti a inseticidas convencionais e a crescente preocupação pública com o impacto ambiental resultaram no desenvolvimento de alternativas para o controle do mosquito. Assim, o uso de óleos essenciais (OEs) em combinação com larvicidas pode ser uma estratégia utilizada para otimizar o controle do mosquito. O controle de larvas com inseticidas por um período prolongado é importante para interromper a transmissão de vírus transmitidos por vetores, pois as formulações larvicidas de longa duração reduzem as visitas dos agentes de saúde com consequente redução do custo global para o controle da disseminação do mosquito. Estudos anteriores mostraram que as interações sinérgicas entre temefós e OEs apresentaram maior letalidade das larvas quando comparadas ao temefós sozinho. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar os efeitos residuais de associações entre temefós e OEs de Citrus sinensis e Syzygium aromaticum homogeneizados em hidrogel e impregnados em suportes cerâmicos sobre larvas do Ae. aegypti. Após aplicação dos produtos em béqueres de 1.000 mL, 25 larvas foram depositadas em cada béquer e a cada cinco dias metade dos béqueres foram esvaziados para 200 mL, o volume original foi reposto e novos lotes de larvas foram adicionados. A mortalidade foi observada após 48 h de exposição larval. Houve equivalência no efeito residual da associação temefós/EOs quando comparado ao temefós isolado.
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