Implementação de uma saúde acessível ao surdo: capacitação dos profissionais de saúde em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS)
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.33614Palavras-chave:
Acesso à saúde; LIBRAS; Atendimento; Comunicação; Surdez.Resumo
O direito à qualidade e à informação sobre a saúde de surdos no Brasil tem recebido grande destaque do reconhecimento da Lei nº 10.436 de 2002 e do Decreto nº 5.622 de 2015 que apóiam as comunidades surdas no país o direito de usar a Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). A integração dos surdos na sociedade, assim como nos serviços assistenciais ainda é prejudicada, não só pelo preconceito histórico estabelecido ao longo dos séculos de segregação, como pela escassez de profissionais qualificados para atender a este público. Objetivo: pesquisar a realidade vivenciada pelo profissional de saúde no atendimento ao paciente surdo, enfatizando a necessidade de capacitação em Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS). Metodologia: Aplicou-se um questionário com 10 perguntas a 50 profissionais de saúde (ouvintes) visando esclarecer as questões que mais interferem na condução de um bom atendimento aos surdos nas unidades de saúde. Resultados: Além da falta de preparo profissional para lidar com surdos pacientes usuários de LIBRAS, o desconhecimento da cultura e identidade do surdo acentua as dificuldades de integração deste público sem acesso a um serviço de qualidade. Conclusão: Os dados foram utilizados para a implementação de um curso básico de LIBRAS para os profissionais de saúde na modalidade à distância (EaD), que estará disponível no site do Telessaúde UERJ, contribuindo para melhorar o conhecimento de surdos e LIBRAS pelo profissional de saúde e auxiliar na qualidade e integração dos pacientes surdos, reforçando assim a legislação da LIBRAS.
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