Uso de bacteriófagos como alternativa no controle de infecções bacterianas
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i11.33619Palavras-chave:
Atividade antibacteriana; Fagoterapia; Bacteriófagos; Resistência bacteriana.Resumo
A OMS prevê que, até 2050, infecções causadas por bactérias resistentes causarão cerca de 10 milhões mortes anuais. Considerada uma crise de saúde pública negligenciada mundialmente, a resistência bacteriana (AMR) vem sendo agravada pelo uso indiscriminado dos antimicrobianos, podendo ser transmitida de um organismo ao outro, favorecendo o surgimento de bactérias pan-resistentes. A partir desse cenário, é necessária a busca de metodologias alternativas de tratamento, como a fagoterapia, que é baseada na utilização do mecanismo de replicação natural dos bacteriófagos para causar a lise da célula bacteriana, o que pode ser uma excelente opção para o tratamento e controle de infecções causadas pelas bactérias resistentes. Sendo assim, este trabalho teve como objetivo destacar o potencial da fagoterapia no combate de tais infecções, onde tal técnica vem apresentando resultados positivos e esperançosos no combate de infecções em diversos sítios e por diferentes vias de administração, possibilitando até mesmo o tratamento de infecções causadas por bactérias produtoras de biofilme. Trata-se, portanto, de uma técnica extremamente vantajosa, utilizando vírus extremamente específicos quanto ao microrganismo alvo, o que acaba por diminuir os riscos de toxicidade, reações alérgicas e disbioses. Além disso, o uso combinado de bacteriófagos e antibióticos apresenta resultados sinérgicos que possibilitam a redução da dose de ataque dos antimicrobianos e uma maior eficácia no tratamento. Contudo, como a fagoterapia ainda não apresenta protocolos específicos para seu uso, são necessários maiores estudos relacionados à sua implementação, para que seja possível desfrutar de mais essa alternativa de tratamento no futuro.
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