Potencialidades pedagógicas dos softwares 3D de anatomia humana: uma análise a partir da teoria cognitiva da aprendizagem multimídia
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34378Palavras-chave:
Ensino; Tecnologia; Anatomia.Resumo
Objetivo: Analisar a utilização de dois softwares 3D de anatomia, durante a disciplina de anatomia humana, baseados na Teoria Cognitiva da Aprendizagem Multimídia (TCAM), proposta por Richard Mayer (2009). Método: Trata-se de um estudo descritivo, observacional, com abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência, proveniente das reflexões vivenciadas durante a disciplina de anatomia humana, no período de março até junho de 2022, utilizando dois softwares 3D de anatomia humana “Visible Body 3D Human Anatomy Atlas” e “Introdução à Anatomia Humana 3D”. Resultados: Como grande potencial dos dois softwares utilizados na experiência, citam-se: a manipulação virtual; a disponibilização das estruturas anatômicas em formato tridimensional; maior facilidade para os acadêmicos perceberem a forma e a localização dos órgãos pretendidos; aulas mais interessantes, atrativas, motivadoras e com maior atenção e participação dos acadêmicos. Em relação aos princípios da TCAM: coerência, sinalização, contiguidade temporal e multimídia, ambos os softwares foram classificados como satisfatórios. Já em relação aos princípios de redundância, modalidade e voz, foram classificados como insatisfatórios. Conclusão: O efeito de redução da quantidade de informação, permitido pelas funcionalidades dos softwares, permitiu evitar a sobrecarga cognitiva, tendo consequências positivas ao nível do ensino na disciplina. Porém, é necessário que o docente, ao se valer desses tipos de softwares para as aulas, tenha atenção e cautela na seleção, utilizando parâmetros teórico-metodológicos, como a TCAM, a fim de diagnosticar os elementos que possam interferir na aprendizagem do tema abordado, visando a melhores condições para o desenvolvimento da aprendizagem dos acadêmicos na disciplina de anatomia humana.
Referências
Alcântara, L. F. de M. (2018). Análise de videoaulas de embriologia do “YouTube” como recurso pedagógico: uma avaliação baseada na teoria cognitiva da aprendizagem multimídia. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Licenciatura em Ciências Biológicas). Centro Acadêmico de Vitória, Universidade Federal de Pernambuco. Vitória de Santo Antão.
Assis, W. S. de. (2002). Utilização de recursos multimídia no ensino de concreto armado e protendido. Dissertação (Mestrado em Engenharia Civil). Escola Politécnica, Universidade de São Paulo, São Paulo.
Araújo, M. C., Souza, M. E. H., & Lins, A. F. (2015). Aprendizagem multimídia: explorando a teoria de Richard Mayer. In: Congresso Nacional de Educação – CONEDU, 2., 2015. Campina Grande. Anais [...] São Paulo: Realize. p. 1-10.
Abou Hashem, Y., Dayal, M., Savanah, S., & Štrkalj, G. (2015). The application of 3D printing in anatomy education. Medical education on-line. 20(1), 29847.
Biosphera. (2022). Software Introdução à Anatomia Humana 3D (versão para desktop). https://biosphera3d.com.br/produto/software-introducao-a-anatomia-humana-3d/.
Borba, K. P. de. (2017, julho). O estudo de anatomia no ensino de enfermagem: reflexões sobre princípios éticos. Ciência, Cuidado e Saúde, Maringá, 16(2), https://doi.org/10.4025/cienccuidsaude.v16i2.32021. http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/CiencCuidSaude/article/view/32021.
Daltro, M. R., & Faria, A. A. de. (2019). Relato de experiência: Uma narrativa científica na pós-modernidade. Estudos e pesquisas em psicologia, 19(1), 223-237.
Franchi, R. G., Cozin, L. F., & Costa, C. T. A. (2022, agosto). Construção computacional dos membros superiores de um esqueleto humano utilizando computação gráfica.
Flores, F. F., et al. (2019). A Educação Física do CAPS: experiências do estágio em Guanambi-BA. Cenas Educacionais, Caetité, 2(1), 169-185. https://www.revistas.uneb.br/index.php/cenaseducacionais/article/view/6308.
Leininger M. M. Culture care diversity and universality: a theory of nursing. New York: National League for Nursing Press, 199: 5-68.
Mayer, R. (2009). Multimedia learning. (2a. ed.) New York: Cambridge University.
Mayer, R. (2005). Principles for reducing extraneous processing in multimedia learning: coherence, signaling, redundancy, spatial contiguity, and temporal contiguity principles. In The Cambridge handbook of multimedia learning, Cambridge: Cambridge University Press.
Mayer, R., & Moreno, R. (2007). A Cognitive Theory of Multimedia Learning: Implications for Design Principles. Santa Barbara: University of California.
Mayer. R. (2001). Multimedia learning. New York: Cambridge University.
Mayer, R. E., & Dapra, C. S. (2012). An embodiment effect in computer-based learning with animated pedagogical agents. Journal of Experimental Psychology: applied, 18(3), 239-252.
Neves, R. F. das. (2015). Abordagem do conceito de célula: Uma investigação a partir das contribuições do Modelo de Reconstrução Educacional. Tese (Doutorado em Ensino das Ciências). 264f. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Recife.
Neves, R. F., Carneiro-Leão, A, M, dos A., & Ferreira, H. S. (2016). A imagem da célula em livros de Biologia: uma abordagem a partir da teoria cognitivista da aprendizagem multimídia. Investigações em Ensino de Ciências, 21(1), 94-105.
Oliveira, C. O., et al. Biomais: um software educativo gamificado para o ensino de anatomia e fisiologia humana. Revista Valore, v. 6, p. 342-358, 2021.
Paiva, P. W. S. C., & Matos, M. B. (2019). Relato de experiência como docente na Escola Estadual Indígena Riachuelo. Revista Práxis Educacional, Vitória da Conquista, 15(31), 471-492. https://doi.org/10.22481/praxis.v15i31.4683.
Pereira, A. S., Shitsuka, D. M., Parreira, F. J., & Shitsuka, R. (2018). Metodologia da pesquisa cientifica.[free e-book]. Santa Maria: UAB/NTE/UFSM.
Pereira, M. G., Silva, A. A. de S., Silva, C. M. de S., Silva, M. das D., & Neves, R. F. das. (2018). Análise de um vídeo acerca da replicação do DNA sob a perspectiva da TCAM. In: Congresso Internacional das Licenciaturas, 5., João Pessoa. Anais... UEPB, João Pessoa.
Rojas, C. F. U. (2016). Animações multimídia sobre alimentação e nutrição: Um estudo sobre a compreensão dos agentes comunitários de saúde. Dissertação (Mestrado em Design). 142 f. Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Silva, J. H., et al. (2018). O ensino-aprendizagem da anatomia humana: avaliação do desempenho dos alunos após a utilização de mapas conceituais como uma estratégia pedagógica. Ciência & Educação, 24(1), 95-110.
Simões, A. S. L., & Sapeta, A. P. G. A. (2018). Entrevista e Observação. Instrumentos Científicos em Investigação Qualitativa. Rev. Investig. Cualit. [periódico na internet], 1(1): 43-57. Disponível em: http://ojs.revistainvestigacioncualitativa.com/index.php/ric.
Tori, R., & Honsell, M. (2018). Introdução à Realidade virtual e Aumentada. Porto Alegre: Editora SBC.
Visible Body. Software Human Anatomy Atlas (Version 2020.0). Computer software. https://www.visiblebody.com/.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Karlla da Conceição Bezerra Brito Veras; Nayara Machado Melo Ponte; Francisca Lopes de Souza; Edine Dias Pimentel Gomes; Francisca Emanuelle Sales Eugênio Bezerra; Germana Greicy de Vasconcelos; Raiara Bezerra da Silva; Francisca Ariadina Anário dos Santos; Tallyta Veras Rodrigues
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.