Transtornos alimentares: etiologias, fatores desencadeantes, desafios de manejo e métodos de triagem

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34476

Palavras-chave:

Transtornos alimentares; Anorexia Nervosa; Bulimia.

Resumo

Os ideais de corpo e saúde instituídos pela sociedade nem sempre foram os mesmos. Novos estereótipos fazem com que o padrão estético atual seja diferente daquele estabelecido no início do século XX. Atualmente, a supervalorização de um corpo magro, por grande parte da população, é vista como sinal de saúde, podendo criar, assim, uma situação de frustração, baixa autoestima e discriminação entre aqueles que não se enquadram nessa regra. Perante tais fatos, surge a problemática dos transtornos alimentares, que são distúrbios psiquiátricos de etiologia multifatorial, caracterizados por consumo, padrões e atitudes alimentares extremamente distorcidos e de preocupação exagerada com o peso e a forma corporal, em que investigações multidisciplinares realizadas em diferentes contextos, mostram que parte de sua etiologia permanece desconhecida. os transtornos alimentares podem ser caracterizados por perturbações comportamentais relacionadas aos hábitos alimentares. Geralmente, envolvem uma preocupação excessiva com a imagem corporal, gerando comportamentos como a ingestão reduzida de alimentos, uso de laxantes e diuréticos, ou a provocação de vômitos logo após o consumo de alimentos. Segundo o Manual Diagnóstico e Estatístico dos Transtornos Mentais (DSM-5), fazem parte do grupo de transtornos alimentares: a Pica, o Transtorno de Ruminação, o Transtorno Alimentar Restritivo/Evitativo, a Anorexia Nervosa, a Bulimia Nervosa e o Transtorno de Compulsão Alimentar.

Referências

Bandeira, Y. E., et al. (2016). Avaliação da imagem corporal de estudantes do curso de Nutrição de um centro universitário particular de Fortaleza. J Bras Psiquiatr., 65 (2), 168-173.

Chammas, R., et al. (2017). Eating disorders among university students in a middle eastern urban setting: who is at risk? Clin Nutr., 36 (1), 113-116.

Ciao, A. C., et al. (2017). Should body image programs be inclusive? A focus group study of college students. Int J Eat Disord., 51 (11), 82-86.

Gupta, N., et al. (2017). Eating attitudes and body shape concerns among medical students in Chandigarh. Indian J Soc Psychiatry, 33 (3), 219-224.

Jansen, A. (2016). Eating disorders need more experimental psychopathology. Behav Res Ther., 86 (7), 86-73.

Leonidas, C., et al. (2014). Redes sociais significativas de mulheres com transtornos alimentares. Psicologia: Reflexão e Crítica, 26(3), 561-571.

Leonidas, C., et al. (2015). Relacionamentos afetivo-familiares em mulheres com anorexia e bulimia. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 31(2), 181-191.

Lipson, S. K., et al. (2017). Eating disorder symptoms among undergraduate and graduate students at 12 U.S. colleges and universities. Eat Behav., 24 (7), 81-88.

Miranda, A. S., et al. (2017). Transtornos alimentares e imagem corporal em universitárias, Rev Integrart, 11 (1), 62-73.

Nunes, L. G., et al. (2017). Fatores de risco associados ao desenvolvimento de bulimia e anorexia nervosa em estudantes universitários: uma revisão integrativa. HU Rev., 43 (11), 61-69.

Oliveira, E. A., et al. (2016). Perfil psicológico de pacientes com anorexia e bulimia nervosas: A ótica do psicodiagnóstico. Medicina, Ribeirão Preto, 39(3), 353-360.

Oliveira, S. D., et al. (2017). Percepção da imagem corporal e atitudes alimentares de modelos em São Paulo. Brazilian Journal of Health Development, 30 (6), 847-865.

Pitanupoung, J., et al. (2017). Atypical eating attitudes and behaviors in Thai Medical Students. Siriraj Med J., 69 (11), 5-10.

Santos, M. A., et al. (2017). Grupo multifamiliar no contexto dos transtornos alimentares: A experiência compartilhada. Arquivos Brasileiros de Psicologia, 68(3), 43-58.

Sopezki, D., et al. (2018). O impacto da relação mãe-filha no desenvolvimento da autoestima e nos transtornos alimentares. Interação em Psicologia, 12(2), 267-275.

Souza, L. V., et al. (2014). Familiares de pessoas diagnosticadas com transtornos alimentares: Participação em atendimento grupal. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 28(3), 325-334.

Torres, C. P., et al. (2017). Trastornos de la conducta alimentaria en estudiantes de medicina de una Universidad de Perú. Rev Cuba Salud Pública, 43 (4), 552-563.

Valdanha-Ornelas, E. D., et al. (2017). Transtorno alimentar e transmissão psíquica transgeracional em um adolescente do sexo masculino. Psicologia: Ciência e Profissão, 37(1), 176-191.

Valdanha, E. D., et al. (2014). Influência familiar na anorexia nervosa: Em busca das melhores evidências científicas. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 62(3), 225-233.

Vaz, D. S. S., et al. (2014). Comportamento alimentar e hábito alimentar: uma revisão. Uningá Rev, 20 (11), 108-112.

Downloads

Publicado

10/09/2022

Como Citar

FIGUEIREDO, B. Q. de; MENDES, G. A. R.; CUNHA, Ítalo Íris B. R. da .; DIAS, J. N.; CUNHA, L. L. P. da; SANTOS, L. M. da S.; SILVEIRA, M. B. N.; OLIVEIRA, M. A. M. de .; GOMES, S. A.; ARAÚJO, P. da C. Transtornos alimentares: etiologias, fatores desencadeantes, desafios de manejo e métodos de triagem. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 12, p. e161111234476, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i12.34476. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/34476. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde