Análise do perfil epidemiológico dos casos de Leishmanioses em Teresina entre 2017 a 2019
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34685Palavras-chave:
Leishmaniose; Perfil epidemiológico; Saúde pública.Resumo
Introdução: O objetivo deste trabalho é avaliar o perfil epidemiológico dos casos de LV e LTA na capital piauiense nos anos de 2017 a 2019. Métodos Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, executado a partir de dados secundários coletados do banco de dados do Sistema Nacional de Agravos de Notificação (SINAN) disponível em plataformas eletrônicas através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os fatores avaliados foram: sexo, faixa etária, cor/raça, e evolução. Resultados: Foram notificados 474 casos de Leishmaniose Visceral (LV) e 62 casos de Leishmaniose Tegumentar Americana (LTA) no local e período estudado. Houve maior número de casos na população masculina, 328 casos de LV (69,19%) e 45 casos de LTA (72,58%). No que se refere a raça/cor houve predomínio na cor parda, com porcentagens de 87,13% para LV e 67,74% para LTA. De acordo com a faixa etária, verificou-se que os casos referentes a LTA são predominantes na população adulta, correspondendo a cerca de 64,51% dos casos notificados. Para a LV as faixas etárias mais acometidas foram entre 20 e 39 anos com 118 casos e entre a faixa de 1 a 4 anos de idade, com um total de 103 casos registrados. Segundo a evolução clínica, tanto a LV quanto a LTA, destacaram-se os casos Ignorados/Branco. Conclusão: Segundo estudos sociais e econômicos, a mão-de-obra brasileira ativa é composta, majoritariamente, por homens de cor parda/negra, logo esses indivíduos ficam mais expostos aos vetores da Leishmania, justificando o perfil encontrado na pesquisa.
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