Parâmetros vegetativos, produtivos e nutricionais de cafeeiros em função de sistemas de manejo em Minas Gerais
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i12.34741Palavras-chave:
Cafeicultura; Adubação orgânica; Gestão sustentável.Resumo
A utilização de práticas de manejo que reduzem a aplicação de produtos fitossanitários e garantem sustentabilidade ao processo produtivo tem sido cada vez mais utilizada na cafeicultura. O objetivo deste trabalho foi avaliar os parâmetros vegetativos, produtivos e nutricionais de cafeeiros em função de sistemas de manejo. O experimento foi instalado em 2018 em Monte Carmelo, Minas Gerais. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro tratamentos e cinco blocos. Os tratamentos foram compostos por doses de composto orgânico aplicadas em cobertura: (T1): 150 g planta-1 (1,7 t ha-1); (T2): 300 g planta-1 (3,4 t ha-1); T3: 500 g planta-1 (5,7 t ha-1); e T4 (controle: manejo padrão da fazenda). O manejo convencional proporcionou incremento no número de internódios no ramo plagiotrópico do cafeeiro e na produtividade da primeira safra da lavoura. Os sistemas de manejo não influenciaram o formato e tamanho dos grãos de café. O uso da adubação orgânica e ausência de aplicação de produtos fitossanitários proporcionou a obtenção de cafés especiais, além de acelerar o processo de maturação dos frutos. O manejo com adubação orgânica apresentou eficiência por manter em níveis satisfatórios o pH e os teores matéria orgânica, saturação por bases, CTC efetiva, fósforo, enxofre, cálcio, cobre, ferro, manganês e zinco no solo. Os teores foliares de fósforo, potássio, enxofre, boro e cobre foram satisfatórios para a cultura e não diferiram entre os sistemas de manejo adotados na lavoura.
Referências
Amaral, J. A. T. et al. 2007. Crescimento vegetativo e produtividade de cafeeiros conilon propagados por estacas em tubetes. Revista Ciência e Agrotecnologia 31: 1624-1629.
Amaral, J. A. T. et al. 2006. Crescimento vegetativo sazonal do cafeeiro e sua relação com fotoperíodo, frutificação, resistência estomática e fotossíntese. Pesquisa Agropecuária Brasileira 41: 377-384.
Aragão, O. O. S., et al. 2020. Microbiological indicators of soil quality are related to greater coffee yield in the Brazilian Cerrado region. Journal ScienceDirect. 113.
Araújo, J. B. S. et al. 2007. Composto orgânico e biofertilizante na nutrição do cafeeiro em formação no sistema orgânico: Teores foliares. Revista Coffee Science 2: 20-28.
Assis, R. L. & Romeiro, A. R 2004. Análise do processo de conversão de sistemas de produção de café convencional para orgânico: um estudo de caso. Cadernos de Ciência & Tecnologia 21: 143-168.
AOO - Associação de Agricultura Orgânica. O que é agricultura orgânica? Disponível em: <http://aao.org.br/aao/agricultura-organica.php>. Acesso em: 01 nov. 2018.
Carmo, D. L. et al. 2012. Micronutrientes em solo e folha de cafeeiro sob sistema agroflorestal no sul de minas gerais. Revista Coffee Science 7: 76-83.
Covre, A. M. et al. 2016. Vegetative growth of Conilon coffee plants under two water conditions in the Atlantic region of Bahia State, Brazil. Acta Scientiarum. Agronomy 38: 535-545.
Darolt, M. R. 2000. As dimensões da sustentabilidade: um estudo da agricultura orgânica na região metropolitana de Curitiba-PR. Tese (Doutorado em Agronomia). Curitiba: UFPR. 40p.
Dubberstein, D. et al. 2017. Influência da adubação no crescimento vegetativo na Amazônia sul ocidental. Revista Coffee Science 12: 197-206.
FCC - Federação dos Cafeicultores do Cerrado. Região do Cerrado Mineiro: Denominação de origem. Disponível em: <https://www.cerradomineiro.org/index.php?pg=denominacaodeorigem#group3>. Acesso em: 20 mar. 2020.
Fernandes, A. L. T. et al. 2013. Adubação orgânica do cafeeiro, com uso do esterco de galinha, em substituição à adubação mineral. Coffee Science 8: 486-499.
Ferreira, D. F. 2019. SISVAR: A computer analysis system to fixed effects split plot type designs. Disponível em: <http://www.biometria.ufla.br/index.php/BBJ/article/view/450>. Acesso em: 10 fev. 2020.
Ferreira, E. P. B. et al. 2013. Crescimento vegetativo de Coffea arabica L. influenciado por irrigação e fatores climáticos no Cerrado Goiano. Semina: Ciências Agrárias 34: 3235-3244.
Figueiredo, L. H. et al. 2017. Uso de biofertilizante associado a diferentes formas de plantio no desenvolvimento inicial do cafeeiro arábica. Coffee Science 12: 463-470.
Guimarães, P. T. G. et al. .1999. Recomendações para o uso de corretivos e fertilizantes em Minas Gerais: 5ª aproximação. CFSEMG. 322 p.
Guimarães, G. P. et al. 2014. Soil aggregation and organic carbon of Oxisols under coffee in agroforestry systems. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 38: 278-287.
Junior, J. B. J. et al. 1991. Plant analysis handbook: a practical sampling, preparation, analysis and interpretation guide. Athens: Micro Macro. 213 p.
Lammel, D. R. et al. 2015. Microbiological and faunal soil attributes of coffee cultivation under different management systems in Brazil. Brazilian Journal of Biology 75: 894-905.
Laviola, B. G. et al. 2007. Alocação de fotoassimilados em folhas e frutos de cafeeiro cultivado em duas altitudes. Pesquisa Agropecuária Brasileira 42: 1521-1530.
Malta, M. R. et al. 2007. Produtividade de lavouras cafeeiras (Coffea arabica L.) em conversão para o sistema orgânico de produção. Coffee Science 2: 183-191.
Malta, M. R. et al. 2008. Qualidade Sensorial do Café de lavouras em conversão para o sistema de produção orgânico. Revista Bragantia 67: 775-783.
MAPA - Mininistério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento 2017. Manual de métodos Analíticos Oficiais para Fertilizantes e Corretivos. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica, 240p.
Partelli, F. L. et al. 2014. Dry matter and macronutrient accumulation in fruits of conilon coffee with diferente ripening cycles. Revista Brasileira de Ciência do Solo, 38: 214-222.
Rasmussen, P. E. & Collins, H. P. 1991. Long-term impacts of tillage, fertilizer and crop residue on soil organic matter in temperate semiarid regions. Advances in Agronomy 45: 93-134.
Santos, J. B. et al. 2018. Soil macrofauna in organic and conventional coffe plantations in Brazil. Biota Neotropica Journal 18: 1-13.
SCAA 2008. Protocolo para Análise Sensorial de Café. Disponível em: <http://coffeetraveler.net/wp-content/files/901-SCAA_CuppingProtocols_TSC_DocV_RevDec08_Portuguese.pdf>. Acesso em: 20 março, 2020.
Silva, F. C. 2009. Manual de análises químicas de solos, plantas e fertilizantes. 2ª ed. Brasília: Embrapa Informação Tecnológica. 627 p.
Siqueira, J. O. & Franco, A. A. 1988. Biotecnologia do solo: fundamentos e perspectivas. Escola Superior de Agricultura de Lavras. 235p.
Teixeira, A. L. et al. 2012. Seleção precoce para produção de grãos em café arábica pela avaliação de caracteres morfológicos. Pesquisa Agropecuária Brasileira 47: 1110-1117.
Theodoro, V. C. A. et al. 2003. Alterações químicas em solo submetido a diferentes formas de manejo do cafeeiro. Revista Brasileira de Ciência do Solo 27: 1039-1047.
Trani, P. E. et al. 2013. Adubação Orgânica de Hortaliças e Frutíferas. IAC. Instituto Agronômico de Campinas.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Deyvid da Silva Gallet; Marco Iony dos Santos Fernandes; Leticia Gonçalves do Nascimento; Bruno Amâncio da Cunha; Ana Laura Campos Airão; Gleice Aparecida de Assis; Gustavo Moreira Ribeiro; Werik Pereira Dias; Lucas Gomes Caixeta; Maria Olivia Queroz Silva Soares
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.
