Elaboração de microemulsão do extrato da planta Syzygium cumini com atividade antimicrobiana
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35174Palavras-chave:
Syzygium cumini; Microemulsão; Antimicrobiano.Resumo
A Syzygium cumini (L.) Skeels é uma importante espécie da família Myrtaceae, por causa dos seus diferentes destinos na medicina popular. Devido a sua alta atividade biológica, o jambolão tem sido muito estudado ultimamente. Desta forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar a ação antimicrobiana e analisar a citotoxicidade do extrato e frações da S. cumini. Primeiramente realizou-se testes fitoquímicos de reconhecimento dos metabólitos secundários presente no extrato, com posterior teste de difusão em disco para investigar a capacidade de inibição do crescimento bacteriano do extrato frente às bactérias gram-negativas Klebsiella pneumoniae Escherichia coli e gram-positiva, Streptococcus mutans. A microemulsão foi produzida a partir de testes físico-químicos e a citotoxicidade fora realizada em células do tipo fibroblastos. A prospecção fitoquímica do extrato hidroetanólico obteve a presença de metabólitos secundários, tais como: Flabobênicos, Flavonas, Flavonois, Xantonas, Flavononois, Leucoantrocianidinas, Catequinas, Esteroides e Saponinas. A fração ativa do extrato, neste caso Acetato de Etila, inibiu o crescimento bacteriano, sendo incorporada à microemulsão, que também apresentou atividade antimicrobiana, possibilitando a formulação do produto.
Referências
Bauer, A. W., Kirby, W. M., Sherris, J. C., & Turck, M. (1966). Antibiotic susceptibility testing by a standardized single disk method. Am. J. Clin. Microbiol, 40: 2413-5.
Belcavello, L., & Andrade, M. A. (2012). Citotoxicidade e danos ao DNA induzidos pelo extrato de Zornia diphylla, medicinal plant. 10, 140–145.
D’Cruz O. J., & Uckun, F. M. (2001). Gel-microemulsions as vaginal spermicides and intravaginal drug delivery vehicles. Contraception. Aug;64(2):113-23.
Damasceno, B. P. G. L. (2011). Microemulsão: Um promissor carreador para moléculas insolúveis. Revista de Ciencias Farmaceuticas Basica e Aplicada, 32(1), 9–18.
Desoti, C. V. (2011). Triagem Fitoquímica E Avaliação Das Atividades Antimicrobiana E Citotóxica De Plantas Medicinais Nativas Da Região Oeste Do Estado Do Paraná. Arq. Ciênc. Saúde UNIPAR, Umuarama, 15(1), 3-13.
Formariz, T. P. (2005). Microemulsões e fases líquidas cristalinas como sistemas de liberação de fármacos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 41(3), 301-313.
Gomes, F. E. S., Maciel, M. A. M., Anjos, G. C., Dantas, T. N. C., Esteves, A., & Echevarria, A. (2006). Obtenção de Nanoformulações do Tipo Microemulsão Objetivando a Biodisponibilização de Anacardium occidentale e sua Eficiência como Agente Antioxidante. Revista Fitos, 2(3), 82–88.
Gonçalves, A. R. (2009). Citotoxicidade de plantas com indicativo etnográfico para a desinfecção de água. Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 11(3), 305–309.
Khan, M. R. (2001) Antimicrobial activity of Symplocos cochinchinensis. Fitoterapia, Milão, 72(7), 825-828.
Loguercio, A. P. (2005) Atividade antibacteriana de extrato hidro-alcoólico de folhas de jambolão (Syzygium cumini (L.) Skells). Ciência Rural, 35(2), 371–376.
Machado, A. M. O., & Gales, A. C. (2008) Interpretacao de dados microbiológicos. Anvisa.
Mahajan, H. S., & Rasal, A. D. (2013) Microemulsions for Nasal Drug Delivery Systems: An Overview. International Journal of Pharmaceutical Sciences and Nanotechnology, 5(4), 1825–1831.
Migliato, K. F. (2006) Ação farmacológica de Syzygium cumini (L.) skeels. Acta Farmaceutica Bonaerense, 25(2), 310–314.
Migliato, K. F. (200) Syzygium cumini (L) Skeels –jambolão: estudo farmacognóstico, otimização do processo extrativo, determinação da atividade antimicrobiana do extrato e avaliação da atividade anti-séptica de um sabonete líquido contendo o referido extrato. 181 f, Universidade Estadual Paulista, Araraquara.
Oliveira, A. G. D. (2004) Microemulsões: Estrutura e aplicações como sistema de liberação de fármacos. Quimica Nova, 27(1), 131–138.
Ostrosky, E. A. (2007) Métodos para avaliação da atividade antimicrobiana e determinação da CMI de plantas medicinais. Brazilian Journal of Pharmacognosy. 18(2), 301–307.
Santos, V. L., et al. (2011). Avaliação da atividade antimicrobiana de Maytenus rigida Mart. (Celastraceae) Rev. Bras. Pl. Med.13(1), 68-72.
Santos, S. B. (2022) Modulação antimicrobiana do extrato da entrecasca libidibia ferrea. International Journal of Development Research. 12(0)3, 54538-54543, March.
Santos, P. A. L., Santos, L.C., Costa, R. A., Estevam, A. S., Silva, M. R. P., Reis, I.A. O., Oliveira, J. S., Araujo, B. S., Lucca Junior, W., Santos, S. B., & Estevam, C. S. (2022) Perfil químico e atividade antimicrobiana de abarema cochliacarpos. Research, Society and Development. 11(4), e22911427226.
Scalbert, A. (1991) Antimicrobial properties of tannins. Phytochemistry, Chichester, 30(12), 3875-3883.
Silva, J. D. F. (2015) Microemulsões: componentes, características, potencialidades em química de alimentos e outras aplicações. Quim. Nova, Pelotas, 20(00), 1-11, ago.
Silva, M. L. A. (2007) Antimicrobial Activity of Syzygium Cumini (Myrtaceae) Leaves Extract. Brazilian Journal of Microbiology, 38, 381–384.
Silveira, L. L. (2009) Desenvolvimento e Caracterização de um Sistema Microemulsionado contendo Anfotericina B para uso Oftalmológico. Universidade Federal de Rio Grande do Norte Natal, 65 p.
Stasi, L. C. D., & Lima, C. A. (2002) Plantas medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. (2a ed.): Ed. UNESP. 323 - 324.
Veber, J. (2015) Determinação dos compostos fenólicos e da capacidade antioxidante de extratos aquosos e etanólicos de Jambolão (Syzygium cumini L.). Revista Brasileira de Plantas Medicinais, 17(2), 267–273.
Volpato, A. M. M. (2005) Investigação do potencial antibacteriano de Calendula officinalis (Asteraceae) para seu emprego como fitoterápico. 115 f. Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Zanoello, A. M. (2002) Efeito protetor do Syzygium cumini contra diabetes mellitus induzido por aloxano em ratos. Acta Farmaceutica Bonaerense, 21(1), 31–35.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Samuel Bruno dos Santos; Igor Adriano de Oliveira Reis; Rosangela de Moraes Estevam; Jeison Saturnino de Oliveira; Brancilene Santos de Araujo; Waldecy de Lucca Junior; Mário Rodrigues Pereira da Silva; Charles dos Santos Estevam
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.