Estudo qualitativo descritivo sobre infecções sexualmente transmissíveis como base para disseminação de informações: uma ação com alunos de ensino médio no estado de Pernambuco
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35529Palavras-chave:
Conscientização; Educação; Puberdade; Infecções Sexualmente Transmissíveis; Sexualidade.Resumo
Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST’s) são doenças que têm sua disseminação facilitada, principalmente pela prática sexual sem a utilização de preservativos. Causam um problema de abrangência mundial na saúde em que suas consequências variam de problemas de infertilidade, desenvolvimento de câncer, complicações na gravidez, morte ou infecção fetal e até mesmo problemas psicológicos em que vem afetando cada vez mais jovens e adolescentes. Sendo assim o presente estudo objetivou-se em avaliar o entendimento acerca das IST’s, por um grupo de estudantes do Ensino Médio da rede pública de ensino em Pernambuco, e tendo como base as informações obtidas por este levantamento, obter um direcionamento para ações de sensibilização que visam sanar as dúvidas, bem como o combater a desinformação acerca dessa temática entre esses jovens. Os resultados demonstraram que apenas 54% desses estudantes afirmaram que tinham conhecimento sobre IST’s e AIDS; 74% dos discentes responderam o uso de camisinha como método preservativo; 22% não souberam opinar quanto à acessibilidade há métodos preventivos; grande parte desses discentes relataram que não vêem aspectos positivos sobre a contração de ISTs e acharam benéfica a divulgação sobre IST’s de nossa parte. Baseado no exposto, podemos concluir que apesar do advento da internet, e o grande número de informações à que temos acesso cotidianamente sobre essa temática, a orientação crítica e planejada desses materiais ainda é de extrema importância, uma vez que somente conhecer os métodos preventivos, as IST’s e seus desdobramentos, não se fazem o suficiente para optar por uma atitude saudável.
Referências
Almeida, S. A. de, Nogueira, J. de A., Silva, A. O., & Torres, G. V. (2011). Orientação sexual nas escolas: fato ou anseio? Revista Gaúcha de Enfermagem, 32(1), 107–113. https://doi.org/10.1590/S1983-14472011000100014.
Andres, F. da C., Andres, S. C., Moreschi, C., Rodrigues , S. O., & Ferst, M. F. (2020). The use of the Google Forms platform in academic research: Experience report. Research, Society and Development, 9(9), e284997174. https://doi.org/10.33448/rsd-v9i9.7174.
Anjos, R. H. D. d., Silva, J. A. d. S., Val, L. F. d., Rincon, L. A., & Nichiata, L. Y. I. (2012). Diferenças entre adolescentes do sexo feminino e masculino na vulnerabilidade individual ao HIV. Revista da Escola de Enfermagem da USP, 46(4), 829–837. https://doi.org/10.1590/s0080-62342012000400007.
Barbosa, L. U., & Folmer, V. (2019). Facilidades e dificuldades da educação sexual na escola: percepções de professores da educação básica. Revista De Educação Da Universidade Federal Do Vale Do São Francisco, 9(19), 221–243. https://www.periodicos.univasf.edu.br/index.php/revasf/article/view/515
Barbosa, L. U., Lopes, C. S. C. L., Sousa, B. S. A. de, & Folmer, V. (2019). O silêncio da família e da escola frente ao desafio da sexualidade na adolescência. Ensino, Saude E Ambiente, 12(2). https://doi.org/10.22409/resa2019.v12i2.a21625
Brasil. Estatuto da Criança e do Adolescente, Câmara dos Deputados, Lei n.º 8.069, de 13 de julho de 1990. DOU de 16/07/1990 – ECA. Brasília, DF. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.htm.
Brasil. (1997). Parâmetros Curriculares Nacionais 1ª a 4ª séries. portal.mec.gov.br. http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=12640:parâmetros-curriculares-nacionais-1o-a-4o-series
Brasil. (2017). Base Nacional Comum Curricular. basenacionalcomum.mec.gov.br. http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
Carvalho, G. R. O., Pinto R. G. S., & Santos M. S. (2018). Conhecimento sobre as infecções sexualmente transmissíveis por estudantes adolescentes de escolas públicas. Adolescência & Saúde, 15(1), 7–17. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/abr-763.
Ceolin, R., Dalegrave, D., Argenta, C., & Zanatta, E. A. (2015). Situações de vulnerabilidade vivenciadas na adolescência: revisão integrativa. Revista Baiana Saúde Pública, 38(3), 150–163. https://doi.org/10.5327/z0100-0233-2015390100013
Chaves, A. C. P., Bezerra, E. O., Pereira, M. L. D., & Wagner, W. (2014). Knowledge and attitudes of a public school’s adolescents on sexual transmission of HIV. Revista Brasileira de Enfermagem, 67(1). https://doi.org/10.5935/0034-7167.20140006
Costa, A. C. P. d. J., Lins, A. G., Araújo, M. F. M. d., Araújo, T. M. d., Gubert, F. d. A., & Vieira, N. F. C. (2013). Vulnerabilidade de adolescentes escolares às DST/HIV, em Imperatriz - Maranhão. Revista Gaúcha de Enfermagem, 34(3), 179–186. https://doi.org/10.1590/s1983-14472013000300023
Costa, A. B. B. d., Morais, E. S. G., Santana, L. V. d. A., & Soares, A. F. (2022). Avaliação do conhecimento sobre o tema: sexualidade entre adolescentes de escolas públicas. Latin American Journal of Development. https://doi.org/10.46814/lajdv4n2-012.
Cruz, L. Z. Andrade, M. S., Paixão, G. P. N., Silva, R. S., Maciel, K. M. N., & Fraga, C. D. S. (2018). Conhecimento dos adolescentes sobre contracepção e infecções sexualmente transmissíveis. Adolescência & Saúde, 15(2), 7–18. https://pesquisa.bvsalud.org/portal/resource/pt/abr-776.
Dias, A. de S., Peixoto, E. M., Velasque, L. de S., Lopes, E. B., Padilha, G. K. de M., Regazzi, I. C. R., Silva, A. C. S. S. da, & Knupp, V. M. de A. O. (2021). Perfil epidemiológico de indivíduos que vivem com Infecções Sexualmente Transmissíveis. Research, Society and Development, 10(10), e407101018385. https://doi.org/10.33448/rsd-v10i10.18385
Domingues, C. S. B., Lannoy, L. H. de, Saraceni, V., Cunha, A. R. C. da, & Pereira, G. F. M. (2021). Brazilian Protocol for Sexually Transmitted Infections 2020: epidemiological surveillance. Revista Da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, 54(suppl 1). https://doi.org/10.1590/0037-8682-549-2020
Ferro, L. D., Martins, L. L., Ferreira, E. de A., Leite, P. M., Machado, P. H. R. de O., Assis, L. de M. G., & Amaral, W. N. do. (2021). Prevalência de coinfecção por sífilis e HIV em adolescentes no Brasil/ Prevalence of syphilis and HIV coinfection in adolescents in Brazil. Brazilian Journal of Health Review, 4(3), 9980–9987. https://doi.org/10.34119/bjhrv4n3-033
Franco-Assis, G. A., Souza, E. E. F. de, & Barbosa, A. G. (2021). Sexualidade na escola: desafios e possibilidades para além dos pcns e da bncc. Brazilian Journal of Development, 7(2), 13662–13680. https://doi.org/10.34117/bjdv7n2-130
Furlanetto, M. F., Lauermann, F., Costa, C. B. D., & Marin, A. H. (2018). Educação sexual em escolas brasileiras: revisão sistemática da literatura. Cadernos de Pesquisa, 48(168), 550–571. https://doi.org/10.1590/198053145084
Garbin, C. A., Lima, D. P., Dossi, A. P., Arcieri, R. M., & Rovida, T. A. (2010). Teenagers’ percept ion about sexually transmitt ed diseases and contraception. Brazilian Journal of Sexually Transmitted Diseases, 22(2), 60–63. Retrieved from https://www.bjstd.org/revista/article/view/1080.
Genz, N., Meincke, S. M. K., Carret, M. L. V., Corrêa, A. C. L., & Alves, C. N. (2017). Sexually transmitted diseases: knowledge and sexual behavior of adolescents. Texto & Contexto - Enfermagem, 26(2). https://doi.org/10.1590/0104-07072017005100015
Gerhardt, C. R., Nader, S. S., & Pereira, D. N. (2008). Doenças Sexualmente Transmissíveis: conhecimento, atitudes e comportamento entre os adolescentes de uma escola pública. Revista Brasileira de Medicina de Família e Comunidade, 3(12), 257–270. https://doi.org/10.5712/rbmfc3(12)362
Goddings, A.-L., Beltz, A., Peper, J. S., Crone, E. A., & Braams, B. R. (2019). Understanding the role of puberty in structural and functional development of the adolescent brain. Journal of Research on Adolescence, 29(1), 32–53. https://doi.org/10.1111/jora.12408
Gonçalves, H., Béhague, D. P., Gigante, D. P., Minten, G. C., Horta, B. L., Victora, C. G., & Barros, F. C. (2008). Determinantes sociais da iniciação sexual precoce na coorte de nascimentos de 1982 a 2004-5, Pelotas, RS. Revista de Saúde Pública, 42(suppl 2), 34–41. https://doi.org/10.1590/S0034-89102008000900006
Kramer, D. G., Monteiro Brasil, E., Medeiros, J. A. S., Soares, A. D. A., Nascimento, A. B. D. d., Souza, G. P. d., Galvão Paiva, A. R., Alcântara da Silva, A., SilvA, I. D. L. d., Da Silva, G. S. E., Bezerra de Oliveira, F. L., & Gomes Dantas, A. A. (2021). Percepção dos adolescentes de escolas públicas (Rio Grande do Norte) sobre Infecções Sexualmente Transmissíveis. Revista Mundi Saúde e Biológicas (ISSN: 2525-4766), 6(1). https://doi.org/10.21575/25254766msb2021vol6n11177
Lima, S. S., Costa e Silva, S. S., Magalhães, S. A., & Assis, S. M. (2014). O Desafio do Conhecimento. Revista Inter-Legere, 14(14). Recuperado de https://periodicos.ufrn.br/interlegere/article/view/4873
Lima da Silva, T. B., Gomes Alves Bastos, I. V., de Azevedo Veloso, S. D., & Soares, A. F. (2020). Ação Preventiva às Infecções Sexualmente Transmissíveis e Gravidez na Adolescência entre Estudantes da Educação Básica. Experiência. Revista Científica De Extensão, 6(1), 81–96. https://doi.org/10.5902/2447115146862.
Mandú, E. N. T., & Corrêa, A. C. P. (2000). Educação sexual formal na adolescência: contribuições à construção de projetos educativos. Acta Paul Enferm., 13(1), 27-37.
Marola, C. A. G., Sanches, C. S. M., & Cardoso, L. M. (2011). Formação de conceitos em sexualidade na adolescência e suas influências. Psicologia da educação. ISSN 2175-3520, 0(33), 95–118. https://revistas.pucsp.br/index.php/psicoeduca/article/view/28531
Mendonça, R. d. C. M., & Araújo, T. M. E. (2009). Métodos contraceptivos: a prática dos adolescentes das Escolas Agrícolas da Universidade Federal do Piauí. Escola Anna Nery, 13(4), 863–871. https://doi.org/10.1590/s1414-81452009000400024
Ministério da Saúde (2014). Caderneta de saúde do adolescente (3ª ed.). Ministério da Saúde.
Moraes, L., da Franca, C., Silva, B., Valença, P., Menezes, V., & Colares, V. (2019). Early sexual debut and associated factor: a literature review. Psicologia, Saúde & Doença, 20(1), 59–73. https://doi.org/10.15309/19psd200105
Oliveira-Campos, M., Giatti, L., Malta, D., & Barreto, S. M. (2013). Contextual factors associated with sexual behavior among Brazilian adolescents. Annals of Epidemiology, 23(10), 629–635. https://doi.org/10.1016/j.annepidem.2013.03.009
Pinheiro, P. N. D. C., & Gubert, F. D. A. (2017). Promoção da saúde e prevenção das DST/HIV/Aids na adolescência. E-book. Fortaleza: Imprensa Universitária da UFC. 368 p. http://www.repositorio.ufc.br/handle/riufc/29289 .
Santana, M. R. d. C., Mendonça, D. F. P. d., Morais, E. S. G. d., Araujo, V. B. S. d., & Soares, A. F. (2022). Ação preventiva à gestação na adolescência entre estudantes de uma escola de referência do ensino médio, localizada no município de Paudalho/PE. Revista Científica Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento, 22–39. https://doi.org/10.32749/nucleodoconhecimento.com.br/educacao/acao-preventiva.
Scaldaferri, M. M., Almeida, O. D. S., da Rocha, H. K. B., & Leal, R. G. (2019).Infecções sexualmente transmissíveis e gravidez na adolescência no contexto de escolas no município de itapetinga-ba. Seminário Nacional e Seminário Internacional Políticas Públicas, Gestão e Práxis Educacional, 7(7). Disponível em: http://anais.uesb.br/index.php/semgepraxis/article/view/8510. Acesso em: 15 ago. 2022.
Secretaria de Atenção à Saúde (2007). Marco Legal: saúde, um direito de adolescentes. Brasília: Ministério da Saúde.
Silva, T. B. L. da., Nascimento, L. C. B., Santos, Y. V. dos ., & Soares, A. F. (2022). Action-Research on sex education and associated issues among young adolescents. Research, Society and Development, 11(6), e49111629283. https://doi.org/10.33448/rsd-v11i6.29283
Silveira, D. T., & Córdova, F. P. (2009). A pesquisa científica. Métodos de pesquisa. Editora da UFRGS, 2009. p. 33-44.
Souza, L. S., Sardinha, J. C., Talhari, S., Heibel, M., Santos, M. N. d., & Talhari, C. (2021). Main etiological agents identified in 170 men with urethritis attended at the Fundação Alfredo da Matta, Manaus, Amazonas, Brazil. Anais Brasileiros de Dermatologia, 96(2), 176–183. https://doi.org/10.1016/j.abd.2020.07.007.
Vieira, K. J., Barbosa, N. G., Monteiro, J. C. d. S., Dionízio, L. D. A., & Gomes-Sponholz, F. A. (2021). Conhecimentos de adolescentes sobre métodos contraceptivos e infecções sexualmente transmissíveis. Revista Baiana de Enfermagem, 35. https://doi.org/10.18471/rbe.v35.39015
WHO. (2021). Sexually transmitted infections (STIs). Recuperado em agosto, 09, 2022, em: https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/sexually-transmitted-infections-(stis)
Williamson, D. A., & Chen, M. Y. (2020). Emerging and Reemerging Sexually Transmitted Infections. New England Journal of Medicine, 382(21), 2023–2032. https://doi.org/10.1056/nejmra1907194
World Health Organization. (1965). Problemas de salud de la adolescencia : informe de un Comité de Expertos de la OMS [se reunió en Ginebra del 3 al 9 de noviembre de 1964]. Organización Mundial de la Salud. https://apps.who.int/iris/handle/10665/38485
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 José Rogério Cândido da Silva Filho; Elton Santos Guedes de Morais; Victor Araújo Barbosa; Beatriz Paz do Nascimento Soares; Diogo Falcão Pereira de Mendonça; Mariza Brandão Palma; Anísio Francisco Soares
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.