Desinfestação, propagação in vitro e subcultivo de Pereskia aculeata Mill
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i13.35548Palavras-chave:
Ácido 1-naftalenoacético; 6-benzilaminopurina; Segmento nodal; Carvão ativado; Ora-pro-nóbis.Resumo
O objetivo deste trabalho foi avaliar a desinfestação, propagação in vitro e subcultivo de ora-pro-nóbis. No primeiro experimento, realizou-se a desinfestação dos explantes com diferentes concentrações de hipoclorito de sódio (2%, 4%, 6%). No segundo, foi realizada a propagação de 600 segmentos nodais, sob diferentes concentrações de meio MS (MS, MS/2, MS/4) e combinações de fitorreguladores: 1) ANA (0,5μM) + BAP (0,5μM); 2) ANA (0,5μM) + BAP (1,0μM); 3) ANA (0,5μM) + BAP (1,5μM); 4) ANA (0,5μM) + BAP (2,0μM); 5) ANA (0,5μM), com e sem adição de carvão ativado. No terceiro, foi realizado o subcultivo em meio MS a partir dos calos desenvolvidos no segundo experimento, submetidos a três tratamentos: T1 - ANA (2μM) + BAP (4μM); T2 - ANA (0,1μM) + BAP (1μM) e T3 - ANA (0,5μM). A concentração de 4% de NaClO foi mais eficiente, apresentando 5% de contaminação. As maiores taxas de multiplicação de calos foram observadas em meio MS/2 sem adição de carvão, suplementado com 0,5μM de ANA e diferentes concentrações de BAP (1,0μM, 1,5μM e 2,0μM) com médias de 0,85 e 0,80 calos por tratamento. Em 47,16% dos explantes ocorreram contaminações fúngicas e bacterianas e 23,5% oxidação. Há a necessidade de desenvolver protocolos para o estabelecimento da ora-pro-nóbis in vitro como, por exemplo, alternativas para controle da oxidação, contaminação e concentrações adequadas dos reguladores de crescimento.
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