Pesquisa exploratória dos sentidos intersubjetivos do reconhecimento
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3565Palavras-chave:
Reconhecimento; Denegação; Gestalt-terapia; Interdisciplinaridade; Pesquisa.Resumo
Objetivo: A Experiência do reconhecimento é uma dimensão existencial que contribui para a saúde psicológica das pessoas, na medida em que beneficia a realização da criatividade, do auto contato, da solidariedade, da ação capaz, do reconhecimento jurídico, do respeito próprio e ao outro, este entendimento constituiu o fundo teórico da articulação com as percepções dos colaboradores da pesquisa qualitativa exploratória realizada em uma Universidade Federal da Região Norte. Método: Focalizamos a experiência do reconhecimento para seis homens e cinco mulheres de 20 a 70 anos, com instrução superior. Foi aplicado um questionário com perguntas abertas cuja analise textual discursiva, centrou-se na busca dos sentidos do reconhecimento. Resultados: cinco homens e quatro mulheres afirmaram sentir-se reconhecidos, e um homem que não se sentiu, devido a sua raça, frequentemente negada. As percepções sobre o reconhecimento mencionaram atos de apoio; autoconhecimento e aceitação. Concluímos que os achados aludem que, a vivência do não reconhecimento é um exemplo da denegação em contextos sociais. Os relatos da pesquisa são promissores para a prática clínica de Gestalt-terapeutas interessados no reconhecimento intersubjetivo, na superação dos fatores de denegação, na escuta dialógica e na compreensão das disfunções de contato que favorecem os ajustamentos neuróticos e o auto desconhecimento.
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