História da construção do conhecimento sobre a Síndrome de Down no século XIX e início do século XX

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i6.3574

Palavras-chave:

História da Ciência; Síndrome de Down; John Langdon Down.

Resumo

Neste trabalho buscamos analisar e compreender a construção do conhecimento acerca da Síndrome de Down, com base principalmente nos trabalhos de John Langdon Down e suas repercussões no século XIX e início do século XX. Essa pesquisa se configura como sendo descritiva e se enquadra como um estudo de história da ciência, para isso buscamos principalmente fontes primárias e recorremos também a fontes secundárias e terciárias sobre a Síndrome de Down. John Langdon Down ocupa um papel de destaque por significativas mudanças no panorama de conhecimentos científicos do século XIX sobre a Síndrome de Down, pois realizou a sistematização e descrição da síndrome como uma condição clínica única e diferenciada, difundiu ideias de cuidados e tratamentos aos indivíduos, além de contribuir na diferenciação em relação ao “cretinismo” e outras deficiências mentais. Ao desenvolver suas reflexões, Down subsidiou outros trabalhos daquela época contribuindo para a construção do conhecimento científico sobre a síndrome. Percebemos que seus apontamentos foram corroborados por alguns e que outros pesquisadores contribuíram no processo inicial da construção do conhecimento sobre a Síndrome de Down. Este trabalho é parte de trabalho de tese de doutorado da primeira autora e fornecerá subsídios para uma próxima pesquisa sobre a construção do conhecimento a partir da segunda metade do século XX, complementando dados importantes sobre a história dessa síndrome.

Referências

Allen, G., Benda, C. E., Böök, J. A., Carter, C. O., Ford, C. E., Chu, E. H. Y., Hanhart, E., Jervis, G., Langdon-Down, W., Lejeune, J., Nishimura, H., Oster, J., Penrose, L. S., Polani, P. E., Potter, E. L., Stern, C., Turpin, R., Warkany, J. & Yannet, H. (1961). Mongolism. Letters to the editor. Lancet, I, 775.

Allt, J. E. & Howell, C. J. (2003). Down’s syndrome. British Journal of Anaesthesia, 3(3), 83–86.

Bendyshe, T. (1865). The Anthropological Treatises of Blumenbach and Hunter. Londres: Anthropological Society of London.

Campbell, J. M., Morgan, S. B. & Jackson, J. N. (2004). Autism spectrum disorders and mental retardation. In: Brown R.T. (Ed) Handbook of pediatric psychology in school settings. New Jersey: Lawrence Erlbaum Associates.

Crookshank, F. G. (1931). The mongol in our midst: a study of man and his three faces. London: Kegan Paul, Trench, Trubner & Co Ltd.

Down, J. L. H. (1866). Observations on an Ethnic Classification of Idiots. London Hospital Reports, 3, 259-262.

Down, J. L. H. (1876). The education and training of the feeble in mind. Londres: H. K. Lewis.

Down, J. L. H. (1887). Some of the mental affections of childhood and youth. The British Medical Journal, 1(1360), 149-151.

Esquirol, J. E. D. (1838). Des Maladies Mentales. Paris: Libraire de L’Acadèmie Royale de Medecine.

Fraser, J. & Mitchell, A. (1876). Kalmuc idiocy: report of case with autopsy with notes on 62 cases. Journal of Mental Science, 22, 161.

Gil, A. C. (2008). Métodos e Técnicas de pesquisa social. 6. ed. São Paulo: Atlas.

Grossman, H. J. (org.) (1983). Classification in mental retardation. Washington: American Association on Mental Deficiency.

Howard-Jones, N. (1979). On the diagnostic term ”Down’s disease”. Medical History, 23, 102-104.

Ireland, W. W. (1877). On idiocy and imbecility. London: J. A. Churchill.

Langdon-Down, R. (1909). Handprints. British Medical Journal 2, 665.

Lima, A. S. (2002). Estado nutricional relativo ao zinco em pacientes com Síndrome de Down. Dissertação de Mestrado, Programa de Ciências Farmacêuticas, Universidade de São Paulo, São Paulo.

Martins, L. A. P. (2005). História da ciência: objetos, métodos e problemas. Ciência & Educação, 11(2), 305-317.

Minayo, M. C. S. (Org.). (2001). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. Petrópolis: Vozes.

Moreira, L. M. A., El-Hani, C. N. & Gusmão, A. F. (2000). A síndrome de Down e sua patogênese: considerações sobre o determinismo genético. Revista Brasileira de Psiquiatria, 22(2), 96-9.

Noll, S. & Trent Jr., J. W. (2004). Mental retardation in America: a historical reader. Nova York: New York University Press.

Oliver, C. & Holland, A. J. (1986). Down’s Syndrome and Alzheimer’s disease: a review. Psychological Medicine, 16, 307-322.

Pande, A. (1981). Co-Existence of Incubus and Capgras Syndromes. British Journal of Psychiatry,139(5), 469-470.

Pena, S. D. J. & Birchal, T. S. (2005-2006). A inexistência biológica versus a existência social de raças humanas: pode a ciência instruir o etos social? Revista USP, 68, 10-21, dezembro/fevereiro.

Schwartzman, J. S. (org.). (2003). Síndrome de Down. São Paulo: Mackenzie.

Seguin, E. (1866). Idiocy: and its treatment by the Psysiological Method. New York: W. Wood.

Shuttleworth, G. E. (1909). Mongolian imbecility. The British Medical Journal, 2(2541), 661-665.

Telford-Smith, T. (1896). Tendency to bending of the bones in cretins under thyroid treatment. British Medical Journal, 2, 645.

Ward, O. C. (1999). John Langdon Down: the man and the message. Down Syndrome Research and Practice, 6(1), 19-24.

Wright, D. (2011). Downs the history of a disability. Oxford: Oxford University Press.

Zellweger, H. (1977). Down syndrome. In: Vinken P. J. & Bruyn, G. W. (eds) Congenital malformations of the brain and skull. Handbook of clinical neurology, 31, 367-469.

Downloads

Publicado

21/04/2020

Como Citar

PIETRICOSKI, L. B.; JUSTINA, L. A. D. História da construção do conhecimento sobre a Síndrome de Down no século XIX e início do século XX. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 6, p. e165963574, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i6.3574. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3574. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais