Acessibilidade de selênio após simulação gastrointestinal in vitro em genótipos de arroz biofortificados com selênio
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i16.36349Palavras-chave:
Oryza sativa L.; Selenato de sódio; Simulação gastrointestinal in vitro; Digestão; Etnovariedades.Resumo
A biofortificação com selênio é uma estratégia agronômica que visa aumentar os níveis desse mineral nos alimentos. Entretanto, além da quantidade de selênio (Se) nas partes comestíveis da planta, há a necessidade de se avaliar quanto do elemento desejável presente no alimento estaria disponível para ser assimilado pelo organismo. Considerando o alto consumo global de arroz e a eficiência de recuperação de Se demonstrada pelo arroz em estudos de biofortificação, o objetivo desta pesquisa foi avaliar a produção e conteúdo de Se de grãos de arroz, teor de fenólicos totais e a acessibilidade do selênio de três variedades de arroz (Oryza sativa L.) biofortificadas com selênio. Foram utilizadas duas etnovariedades oriundas do Pantanal Mato-Grossense (Branquinho e Agulhinha Vermelho) e uma cultivar comercial (Esmeralda), biofortificadas agronomicamente com selenato de sódio (50 g ha-1). Foram avaliados os parâmetros: Produção de grãos (g planta-1), concentração de Se total (µg 100 g-1 de grãos), fenólicos totais (µg EAG 100 g-1 MS), concentração de Se após TGI (simulação gastrointestinal in vitro) e acessibilidade (%) de Se. As etnovariedades Agulhinha Vermelho e Branquinho apresentaram maior produtividade, concentração de total Se em grãos crus e concentração de Se após TGI. Já a cultivar comercial, Esmeralda, apresentou maior concentração de fenólicos totais e a porcentagem de acessibilidade de Se, no entanto todos os genótipos apresentaram acessibilidade de Se acima de 60%.
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