Estudo da otimização em mamografia para mamas espessas utilizando diferentes filtrações
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36357Palavras-chave:
Controle de qualidade; Otimização; Dose; Mamografia; Câncer de mama.Resumo
A mamografia é o exame padrão ouro para rastreamento do câncer de mama, sendo recomendada pelo Ministério da Saúde do Brasil a cada 2 anos para mulheres de 50 a 69 anos. Por ter uma grande demanda nos serviços de diagnóstico por imagem e pela sua importância clínica, o controle de qualidade e o processo de otimização são ferramentas indispensáveis para a garantia da qualidade do exame de mamografia. O mamógrafo avaliado neste trabalho é limitado, no modo automático, a uma tensão máxima de 30 kVp, acarretando um prejuízo para imagens de mamas espessas, em que é necessário o uso de tensões maiores para produzir uma imagem com qualidade diagnóstica. Desta forma, o presente trabalho teve como objetivo avaliar a relação contraste-ruído (RCR), a dose glandular média (DGM) e a qualidade da imagem, em um processo de otimização direcionado para o uso de feixes mais energéticos em mamas espessas (equivalentes a 7 cm de PMMA). Os resultados mostraram que com o uso do modo manual para aumentar a energia do feixe (32 e 35 kVp), a RCRrel foi maior, aumentando consequentemente a DGM. Foi observada uma tendência de redução da Figura de Mérito (FOM) à medida que o produto corrente-tempo (mAs) aumentou de forma suficiente para atender à exigência nacional mínima. Em relação à qualidade da imagem em comparação ao uso do modo automático, foi possível observar uma maior quantidade de grupos de microcalcificações e fibras.
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