A literatura infantil com protagonismo negro: uma análise de sequências didáticas para uma educação antirracista

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36420

Palavras-chave:

Educação Infantil; Relações Étnico-raciais; Literatura Infantil; Lei nº 10.639/03.

Resumo

O presente artigo é um recorte da dissertação intitulada “As relações étnico-raciais na Educação Infantil: a literatura como ferramenta pedagógica para a implementação da Lei nº 10.639/03 com vistas à construção de uma educação antirracista” que teve como objetivo identificar a contribuição da utilização da literatura infantil com protagonistas negros como um potente instrumento para a implementação da Lei nº 10.639/03. Adotou metodologicamente a pesquisa-ação colaborativa de Ibiapina (2008), tendo, como sujeitos envolvidos, uma professora de Educação Infantil, a pesquisadora (como agente colaborador na classe – leitor de história) e 17 alunos(as) da Educação Infantil de uma escola municipal de Canguçu/RS. Empregou-se para a coleta de dados: registro em fotos, áudios, vídeos e diário de campo. Para tratamento e análise do corpus, recorreu-se aos estudos de Análise de Conteúdo (AC) de Bardin (2016). Esse recorte, apresenta a análise das intervenções pedagógicas ancoradas nas obras “Amoras” (EMICIDA, 2018) e “O Pequeno Príncipe Preto para Pequenos” (FRANÇA, 2020). Os resultados evidenciaram que o trabalho com a literatura com protagonismo negro pode ser um desafio para os docentes, tendo em vista o enraizamento do racismo estrutural no ambiente escolar, no entanto, essa prática pedagógica mostrou-se promissora na efetivação da Lei nº 10.639/03.

Biografia do Autor

Amanda Basílio Barbosa, Instituto Federal Sul-rio-grandense

Mestranda do Curso de Mestrado Profissional em Educação e Tecnologia do IFSUL, Campus Pelotas e professora de educação especial da Prefeitura Municipal de Canguçu. E-mail: amandabasilio17@hotmail.com

Márcia Helena Sauáia Guimarães Rostas, Instituto Federal Sul-rio-grandense

Doutora em Linguística e Língua Portuguesa e líder do grupo de pesquisa Discurso Pedagógico. Docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Educação e Tecnologia do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense, campus Pelotas. E-mail: mrostas@hotmail.com      

Referências

Bardin, L. (2016). Análise de Conteúdo. Edições 70.

Brum, L. S., Oliveira, S. B. de, Coffi, M. F. A., & Streck, L. M. (2021). Círculos de Construção de Paz: Enfrentamento às Múltiplas Expressões de Violência no Contexto Escolar. Missões: Revista de Ciências Humanas e Sociais, 7(3), 40-49. https://periodicos.unipampa.edu.br/index.php/Missoes/article/view/108728/27750.

Campos, W. R. (2016). Os griôs aportam na escola: por uma abordagem metodológica da literatura infantil negra nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal.

Cavalleiro, E. dos S. (2020). Do silêncio do lar ao silêncio escolar: racismo, preconceito e discriminação na educação infantil (6a ed.). São Paulo: Contexto.

Constantino, F. de L. (2010). Comunidades de aprendizagem: contribuições da perspectiva dialógica para a construção positiva das identidades das crianças negras na escola. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.

Corrêa, L. J. L. (2017). Um estudo sobre as relações étnicorraciais na perspectiva das crianças pequenas. Tese (Doutorado em Educação) - Universidade Federal de São Carlos, São Carlos.

Costa, M. (2009). Koumba e o Tambor Diambê. (2a ed.). Mazza Edições.

Dallabona, S. R., & Mendes, S. M. S. (2004). O lúdico na Educação Infantil: jogar, brincar, uma forma de educar. Revista de divulgação técnico-científica do ICPG, 1(4), 107-112. https://www.inesul.edu.br/professor/arquivos_alunos/doc_1311627172.pdf.

Emicida. (2018). Amoras (1a ed.). São Paulo: Companhia das Letrinhas.

Farias, A. C. B. A. (2016). "Loira você fica muito mais bonita": relações entre crianças de uma EMEI da cidade de São Paulo e as representações étnico-raciais em seus desenhos. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de São Paulo, São Paulo.

França, R. (2020). O pequeno príncipe preto para pequenos. Nova Fronteira.

Freire, P., & Faundez, A. (1985). Por uma Pedagogia da Pergunta. Paz e Terra. (Versão e-book).

Freitas, L. T. M. (2016). Currículo e construção da identidade de crianças negras na educação infantil. Dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade Federal Fluminense, Niterói.

Gomes, N. L. (2001). Educação cidadã, etnia e raça: o trato pedagógico da diversidade. In Cavalleiro, E. (org). Racismo e anti-racismo na educação: repensando nossa escola.: Selo Negro.

hooks, b. (2018). Meu crespo é de rainha. Boitatá.

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. (2020). Síntese de indicadores sociais: uma análise das condições de vida da população brasileira: 2020. IBGE.

Ibiapina, I. M. L. de M. (2008). Pesquisa colaborativa: investigação, formação e produção de conhecimentos. Brasília: Líber Livro Editora.

Lei nº 10.639, de 9 de janeiro de 2003. Altera a Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da Rede de Ensino a obrigatoriedade da temática "História e Cultura Afro-Brasileira", e dá outras providências. http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/2003/L10.639.htm.

Munanga, K. (2019). Negritude: Usos e sentidos (4a ed.). Autêntica Editora.

Pacheco, L. (2006). Pedagogia Griô: A reinvenção da Roda da Vida (1a ed.). Grãos de luz e Griô. Lençóis.

Rodrigues, A.M. de M., Cordeiro, E.G. da R., Moreira, K.N. da P., Pereira, N. da S., Cruz, T.R. de F., & Silva, J. E. (2022). Desenvolvimento da leitura na educação infantil: o papel da ludicidade. Pesquisa, Sociedade e Desenvolvimento, 11(1), e52011125228. https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/25228. DOI: 10.33448/rsd-v11i1.25228.

Silva Júnior, H., Bento, M. A. S., & Carvalho, S. P. de (Coord.). (2012). Educação infantil e práticas promotoras de igualdade racial. São Paulo: CEERT.

Silva, C. A. S. da, & Soares, R. (2020). A filosofia da ancestralidade na Educação das Relações Étnico-raciais nas universidades catarinenses. Perspectiva. 38(1), 01-13. https://periodicos.ufsc.br/index.php/perspectiva/article/view/2175-795X.2020.e63249/pdf.

Silva, M. H. F. (2016). Leitura literária e protagonismo negro na escola: Problematizando os conflitos étnico-raciais. 3 volumes. Dissertação (Mestrado em Ensino na Educação Básica) - Universidade Federal de Goiás, Goiânia.

Downloads

Publicado

29/10/2022

Como Citar

BARBOSA, A. B. .; ROSTAS, M. H. S. G. A literatura infantil com protagonismo negro: uma análise de sequências didáticas para uma educação antirracista. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 14, p. e335111436420, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i14.36420. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/36420. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ensino e Ciências Educacionais