“Eu que te benzo, Deus que te cura”: uma análise sobre a resistência das rezadeiras na cultura da cidade de Fagundes-PB
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36627Palavras-chave:
Geografia cultural; Fé; Medicina popular; Mulher.Resumo
O presente trabalho tem como objetivo primordial, iniciar uma reflexão e discussão sobre a cultura das rezadeiras, muito marcante na região Nordeste, especialmente, na cidade de Fagundes – PB. Onde Traremos aqui, aspectos que partirão desde a própria origem da população brasileira, contemplando o próprio contexto histórico de construção do saber feminino e a respectiva atmosfera mística que envolve esse conhecimento - especialmente no período da Idade Média - até a utilização deste saber como suporte aos métodos avançados da medicina moderna. Esse trabalho foi elaborado através da método de pesquisa bibliográfica de forma exploratória com abordagem qualitativa, o qual foi utilizado diversas fontes, como: acesso on-line de livros e artigos sobre a temática em questão Ao longo da discussão e resultados que envolve-se através de uma inquietação singular, podemos observar a relação simbiótica entre esse saber construído com base na relação da mulher com a natureza com os aspectos ligados a fé, que trazem consigo, referências vindas de diversas matrizes religiosas, que, aqui no Brasil, passaram a formar, com base nessa relação, uma gama complexa de outras relações, que aparecem secundariamente. Deste modo, identifica-se uma perspectiva de continuidade dessa forma de expressão cultural, mas que essa continuidade tende a diminuir com o passar dos anos, a nova geração não busca a reza como instrumento de cura e resolução de enfermidades. Pode-se observar também que, essa pratica veio diminuindo com o avanço das ciências medicas e que o acesso a medicamentos nos dias atuais são mais fáceis. Conclui- se que, As rezadeiras são consideradas como uma figura cultural familiar e religiosa, voltada para solucionar problemas cotidianos, e elas veem o seu ofício como um dom, no qual Deus, mas que e passado por geração, e, as novas gerações não buscam adquirir esse conhecimento.
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