Controle de qualidade da vitamina D 7.000 UI: Estudo comparativo entre formulações magistrais e industrializados

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i14.36942

Palavras-chave:

Vitamina D; COVID-19; Controle de Qualidade; Ergocalciferol; Equivalência.

Resumo

Com o início da pandemia da COVID-19, a busca pelo fortalecimento do sistema imunológico teve um crescimento exorbitante, para isto, as pessoas passaram a utilizar medicamentos e suplementos que fornecessem tal benefício, como por exemplo a Vitamina D. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo, avaliar por meio do controle de qualidade, se a Vitamina D 7000 UI de farmácias de dispensação e de manipulação estão dentro dos padrões estipulados pela United States Pharmacopeia e se apresentam a quantidade em UI que garantem possuir. Para tanto, foram testados suplementos de 3 farmácias de manipulação e 3 vitaminas D industrializadas, utilizando os testes que constam na United States Pharmacopeia, sendo eles, o peso médio, teste de desintegração, ensaio de pureza, e o doseamento. Os resultados obtidos foram que, nos testes do peso médio e desintegração, as amostras manipuladas e as industrializados foram aprovados, nos ensaios de pureza e doseamento não foram aprovadas, pois os valores resultantes dessas análises foram discrepantes com aqueles estabelecidos na United States Pharmacopeia. Com isso, concluiu-se que as farmácias magistrais e as indústrias farmacêuticas apresentam falhas em seus respectivos controles de qualidade, o que demanda um olhar especial, visto que tais falhas ocasionam em produtos sem garantia de segurança e efetividade.

Biografia do Autor

Bárbara Longhini Gonzalez, Universidade Estadual de Maringá

Bacharel em Farmácia pelo Centro Universitário Ingá - Uningá (2022). Mestranda em Ciências Farmacêuticas pela Universidade Estadual de Maringá - UEM (2022).

Jacqueline Godinho, Centro Universitário Ingá

Farmacêutica formado pela Faculdade Assis Gurgacz (2011). Pós-doutorado em Neuropsicofarmacologia vinculado ao Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas da Universidade Estadual de Maringá (UEM) (2018). Possui Mestrado e Doutorado em Ciências Farmacêuticas - Área de Concentração - Produtos Naturais e Sintéticos Biologicamente Ativos - Neuropsicofarmacologia (2014) pela Universidade Estadual de Maringá (2014 e 2017). Atualmente é professora adjunta dos cursos de Medicina, Farmácia e Biomedicina do Centro Universitário Ingá - UNINGÁ. Experiência profissional em Fisiologia, Farmacologia, Fisiologia Humana, Patologia, Farmácia Hospitalar e Clínica e Análises Clínicas, no estudo dos seguintes temas: modelos animais de isquemia cerebral e hipoperfusão cerebral crónica, modelos animais comportamentais, técnicas histoquímicas e técnicas bioquímicas, stress oxidativo . Áreas de Interesse: Farmacologia, Fisiologia Humana, Bioquímica, Patologia.

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Publicado

07/11/2022

Como Citar

RODRIGUES, V. M. .; GONZALEZ, B. L. .; MELLO, J. C. P. de; ARAÚJO, D. C. de M.; GODINHO, J. Controle de qualidade da vitamina D 7.000 UI: Estudo comparativo entre formulações magistrais e industrializados . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 14, p. e594111436942, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i14.36942. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/36942. Acesso em: 17 jul. 2024.

Edição

Seção

Ciências da Saúde