Mudança e adaptação estratégica no contexto do desenvolvimento das capacidades dinâmicas

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3715

Palavras-chave:

Mudança; Adaptação estratégica; Empresa familiar; Capacidades dinâmicas; Gestão de unidades de saúde.

Resumo

Este estudo tem como objetivo compreender o processo de mudança e de adaptação estratégica de uma empresa familiar voltada à gestão de unidades de saúde, localizada no noroeste do Rio Grande do Sul, no período compreendido entre 2013 e 2018. Busca-se compreender os períodos críticos existentes na história da organização e quais as capacidades dinâmicas predominantes nesses momentos. Quanto aos aspectos metodológicos, trata-se de um estudo de caso único, de natureza descritiva e abordagem qualitativa. Os períodos de mudança estratégica foram analisados a partir das dimensões propostas por Pettigrew, Ferlie & Mckee (1992), contexto, conteúdo e processo e por meio de análise longitudinal e histórica mediante os procedimentos da direct research (Mintzberg, 1983). Com a realização do estudo, foi possível caracterizar a história da organização em quatro períodos estratégicos: Nascimento (2013-2014), Período crítico (2015), Reflexões e reposicionamento (2016) e Reorganização da estrutura organizacional (2017-2018). As análises apontaram que as capacidades dinâmicas que tiveram ênfase em cada período foram respectivamente: capacidade absortiva, capacidade adaptativa, capacidade absortiva e capacidade adaptativa. A organização demonstrou, portanto, competências internas e receptividade às demandas de novos serviços advindas do ambiente pelos próprios usuários dos serviços. Em cada período foi capaz de reorganizar seus recursos e competências e mostra indícios de busca também do desenvolvimento da capacidade inovativa.

Biografia do Autor

Caroline da Rosa, Universidade Regional do noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Doutoranda em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Patricia Rodrigues da Silva, Universidade Regional do noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Mestranda em Desenvolvimento Regional da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul.

Jorge Oneide Sausen, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio grande do Sul

Doutor em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC)

Daniel Knebel Baggio, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio grande do Sul

Doutor em Contabilidad y Finanzas pelo Universidad de Zaragoza

Maria Margarete Baccin Brizolla, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul

Doutorado em EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS E ADMINISTRAÇÃO pela UNIVERSIDADE REGIONAL DE BLUMENAU (FURB)

Jocias Maier Zanatta, Universidade Federal de Santa Maria

Doutorando em Administração pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Mestre em Desenvolvimento pela Universidade REgional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI, Especialsita em Gestão Financeira, Auditoria e Controladoria e Bacharel em Administração pela Sociedade Educacional Três de Maio (SETREM). Professor e Administrador Hospitalar.

Mauro Alberto Nüske, Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul, Sociedade Educacional Três de Maio

Doutorando em Desenvolvimetno Regional pela Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (UNIJUI).

Referências

Andrade, D. M., Grzybovski, D., & de Lima, J. B. (2005). Aplicabilidade do “modelo dos três círculos” em empresas familiares brasileiras: Um estudo de caso. Revista Eletrônica de Administração, 11(5).

Cardoso, V. V. (2018). Práticas organizacionais – Apresentação dos resultados: empresa Alfa. 16 slides. (Seminário da disciplina Práticas organizacionais, curso de Administração da Unijuí).

Certo, S. C; Peter, J. P.; Marcondes, R. C. & Cesar, A. M. R. (2005). Administração Estratégica: planejamento e implementação da estratégia. 2 ed. São Paulo: Pearson Education do Brasil.

Costa, E. A. da. (2002). Gestão Estratégica. São Paulo: Saraiva.

Ferreira, G. C. (2017). Capacidade de absorção e desempenho em inovação em empresas familiares brasileiras.

Gil, A. C. (2208). Métodos e técnicas de pesquisa social. 6 ed. São Paulo: Atlas.

Godoy, A. S. (2006). Estudo de caso qualitativo. Pesquisa qualitativa em estudos organizacionais: paradigmas, estratégias e métodos. São Paulo: Saraiva, 115-146.

Mintzberg, H. (1983). An emerging strategy of “direct research”. In: Van Maanem, J. R. (Ed.). Qualitative Methodology. London: Sage, 1983.

Gonçalves, J. S. R. C. (2000). As empresas familiares no Brasil. Revista de Administração de empresas, 40(1), 7-12.

Lansberg, I.; Gersick, K. E.; Hampton, M. M. (2017). De geração para geração: ciclos de vida das empresas familiares. 4ª tiragem. Rio de Janeiro: Alta Books.

Lima, M. J. D. O. (2009). As empresas familiares da cidade de Franca: um estudo sob a visão do serviço social.

Martins, J.; Padilha, A. C. M.; Vieira, A. C. P. & Zilli, J. C. de F. (2017). Entendendo a capacidade absortiva na indústria cosmética: o caso da empresa brasileira Empório Essenza. In: XVII Congreso Latino-Iberoamericano de gestión tecnológica, Ciudade de México. Anais... Ciudade de México: Universidad Autónoma Metropolitana.

Minayo, M. C. de S. (Org); Deslandes, S. F.; Neto, O. C. & Gomes, R. (2002). Pesquisa social: teoria, método e criatividade. 21 ed. Petrópolis: Vozes.

Pettigrew, A., Ferlie, E., & McKee, L. (1992). Shaping strategic change‐The case of the NHS in the 1980s. Public Money & Management, 12(3), 27-31.

PWC. Pesquisa Global de Empresas Familiares 2018. (2018). Disponível em: <https://www.pwc.com.br/pt/estudos/setores-atividade/pcs/2018/pesquisa-global-de-empresas-familiares-2018.html>. Acesso em: 12 dez. 2018.

Sausen, J. O. (2003). Adaptação Estratégica Organizacional. Um estudo histórico-interpretativo. Desenvolvimento em Questão, 1(2), 203-230.

Sausen, J. O. Gestão estratégica, competitividade e desenvolvimento: um olhar a partir das suas inter-relações. (2012). In: Siedenberg, Dieter Rugard (Org.). Desenvolvimento sob múltiplos olhares. Ijuí: Ed Unijuí.

Teece, D. J., Pisano, G., & Shuen, A. (1997). Dynamic capabilities and strategic management. Strategic management journal, 18(7), 509-533.

Vasconcelos, F. C., & Cyrino, Á. B. (2000). Vantagem competitiva: os modelos teóricos atuais e a convergência entre estratégia e teoria organizacional. Revista de Administração de empresas, 40(4), 20-37.

Vieira, M. M. F & Zouain, D. M. (2004). Pesquisa qualitativa em administração. Rio de Janeiro: Editora FGV.

Wang, C., & Ahmed, P. (2007). Dynamic capabilities: A review and research. International Journal of Management Reviews, 31-51.

Wbatuba, B. R., Treter, J., & Sausen, J. O. (2004). Mudança estratégica organizacional: análise de um período histórico estratégico da Cooperativa Regional Tritícola Serrana Ltda-Cotrijuí. Desenvolvimento em Questão, 2(3), 149-177.

do Nascimento Welter, C. V., Sausen, J. O., & Cappellari, G. (2017). Capacidade inovativa como estratégia de mudança de posicionamento estratégico: um estudo de caso de uma empresa do ramo da refrigeração médica científca. Revista Teoria e Evidência Econômica, 23(49).

Downloads

Publicado

23/04/2020

Como Citar

ROSA, C. da; SILVA, P. R. da; SAUSEN, J. O.; BAGGIO, D. K.; BRIZOLLA, M. M. B.; ZANATTA, J. M.; NÜSKE, M. A. Mudança e adaptação estratégica no contexto do desenvolvimento das capacidades dinâmicas. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e04973715, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.3715. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3715. Acesso em: 2 jul. 2024.

Edição

v. 9 n. 7

Seção

Ciências Humanas e Sociais

Licença

Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:

1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.

2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.

3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.