Utilização de Práticas Integrativas e Complementares como recurso mitigador de problemas comuns da primeira infância: Relato de experiência

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37388

Palavras-chave:

Terapias complementares; Saúde da criança; Cuidados de enfermagem.

Resumo

Objetivou-se relatar a experiência vivenciada por acadêmicas de enfermagem em prática do componente curricular “Saúde da Criança e Adolescente na Atenção Primária”. A metodologia tratou-se de um estudo descritivo de abordagem qualitativa, do tipo relato de experiência. Os participantes do estudo foram compostos por 10 progenitores de crianças na faixa etária da primeira infância, e que compareceram à consulta de enfermagem em puericultura. Para analisar e interpretar os dados coletados, foi utilizado a técnica de análise de conteúdo proposta por Bardin. Os resultados foram obtidos durante as consultas de puericultura realizadas, foi perguntado aos progenitores sobre o uso de PICs nas crianças e eles relataram que utilizavam chá de erva-cidreira para cólicas, massagens abdominais para a constipação e o uso de músicas para acalmar o bebê. Baseado nisso, na discussão atentou-se para questões norteadoras do tema, e levantando-se hipótese da funcionalidade das práticas integrativas e não farmacológicas em crianças na primeira infância. Conclui-se que as PICs surgem como uma forma não medicamentosa para o alívio de sintomas comuns na primeira infância. Dessa forma, a enfermagem tem um papel de destaque na orientação acerca da utilização adequada dessas práticas, com a finalidade de garantir uma assistência holística, qualificada e humanizada ao usuário. Assim, nota-se a relevância da capacitação e contínua atualização do profissional diante das PICS. Apesar disso, é importante ressaltar a carência de artigos com o mesmo viés científico, o que demonstra a necessidade de produções científicas que possam explicar e relatar sobre a aplicabilidade das PICs no público infantil.

Referências

Agência Nacional de Vigilância Sanitária. (2021). Formulário de Fitoterápicos da Farmacopeia Brasileira (2a ed.). https://www.gov.br/anvisa/pt-br.

Alves, M., Siqueira, S., Teixeira, C., & Martins, G. (2021). A utilização de plantas medicinais e fitoterápicos como terapia alternativa e seus riscos à saúde. Cadernos Camilliani, 16(1), 1020-1035.

Andrade, E. T. S., Monte, N. L., Costa, G. L., Silva, J.. R. L., & Mariz, S. R. (2017). A importância da amamentação e os riscos do uso inadequado de plantas medicinais em crianças de 0 a 2 anos. [Apresentação de trabalho]. II Congresso Brasileiro de Ciências de Saúde. https://editorarealize.com.br/editora/anais/conbracis/2017/TRABALHO_EV071_MD1_SA7_ID561_15052017235719.pdf.

Bardin, L. (2011). Análise de conteúdo (7a ed.) 70 Edições. https://www.scribd.com/document/525295056/BARDIN-Analise-de-Conteudo-pdf-Versao-1.

Bianchini, C. de O., & Kerber, N. (2011). Mitos e Crenças No Cuidado Materno e do Recém-Nascido. VITTALLE - Revista De Ciências Da Saúde, 22(2), 35–50. https://periodicos.furg.br/vittalle/article/view/1455.

Brasil (2015). Portaria nº 1.130, de 5 de agosto de 2015. Institui a Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Criança (PNAISC) no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). Ministério da Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2015/prt1130_05_08_2015.html#:~:text=Para%20fins%20de%20atendimento%20em,de%20sa%C3%BAde%20respons%C3%A1vel%20pelo%20atendimento.

Canaan, R., da Silva, E. A., da Silva, G. S. V., Souza, A. d. S., Silva, J. S. L. G., & Alves, M. (2021, July 15). Shantala e os benefícios para desenvolvimento físico, emocional e comportamental dos bebês. Revista Pró-UniverSUS Edição Especial - Dossiê Temático Sentidos do fazer em Enfermagem, 12(2), 53-57. http://192.100.251.116/index.php/RPU/article/view/2657.

da Costa, A. R. F. C., e Silva, R. S. R., Feitosa, R. M. M., de Oliveira, K. K. D., & Coelho, W. A. C. (2020). Práticas integrativas e complementares em saúde no cotidiano de crianças com câncer. Revista Enfermagem Atual, 92(30), 52-62. https://doi.org/10.31011/reaid-2020-v.92-n.30-art.602.

Fagundes, N. d. C., & Pereira, N. M. (2016, October 18). A Política das Práticas Integrativas e Complementares do SUS: o relato da implementação em uma unidade de ensino e serviço de saúde. Revista do Departamento de Educação Física e Saúde e do Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz do Sul, 17(4), 01-06. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.17058/cinergis.v17i0.8149.

Ferreira, F. A., Freitas, R. d. S. C., dos Santos, M. C. S., Silva, S. R. d. M., da Silva, A. M., & Santos, M. K. d. S. (2019). Consulta de puericultura: problemas encontrados em menores de 2 anos. Revista de Enfermagem UFPE On line, 13(1), 1-7. https://doi.org/10.5205/1981-8963.2019.240072.

Fischborn, A. F., Machado, J., Fagundes, N. d. C., & Pereira, N. M. (2016, October 18). A Política das Práticas Integrativas e Complementares do SUS: o relato de experiência sobre a implementação em uma unidade de ensino e serviço de saúde. Revista de Departamento de Educação Física e Saúde e do Mestrado em Promoção da Saúde da Universidade de Santa Cruz/ Unisc, 17(4), 358-363. https://doi.org/10.17058/cinergis.v17i0.8149.

Gomes, I. L.V., Caetano, R., Jorge, M. S. B. (2010). Conhecimento dos profissionais de saúde sobre os direitos da criança hospitalizada: um estudo exploratório. Ciência e saúde coletiva, 15(2), 463-470. https://www.scielo.br/j/csc/a/pS5NBqy5gSbLMdp5wc7dzNM/?lang=pt#.

Minayo, M. C. S. (2017). Amostragem e saturação em pesquisa qualitativa: consensos e controvérsias. Revista Pesquisa Qualitativa, 5(7), 1-12. https://editora.sepq.org.br/rpq/article/view/82.

Ministério da Saúde. (2004). Política Nacional de Atenção Integral à Saúde da Mulher: Princípios e diretrizes. Secretária de Atenção à Saúde, Departamento de Ações Programáticas Estratégicas. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nac_atencao_mulher.pdf.

Missono, K. C., Toso, B. R. G. O., Baggio, M. A., & Ferrari, R. A. P. (2019). Maternal practices face to newborn health problems in the first month of life. Rev. Soc. Bras. Enferm. Ped, 19(1), 32-38. https://journal.sobep.org.br/en/article/maternal-practices-face-to-newborn-health-problems-in-the-first-month-of-life/.

Mussi, R.F.F., Flores, F.F., & Almeida, C.B. (2021). Pressupostos para a elaboração de relato de experiência como conhecimento científico. Revista Práxis Educacional, 17(48), 60-77. https://doi.org/10.22461/praxisedu.v17i48.9010.

Oliveira, M. F. d., Oselame, G. B., Neves, E. B., & Oliveira, E. M. d. O. (2014, December 15). Musicoterapia como ferramenta terapêutica no setor da saúde. Revista Eletronica da Universidade Vale do Rio Verde, 12(2), 871-878. https://doi.org/http://dx.doi.org/10.5892/ruvrd.v12i2.1739.g1604.

Rohr, R. V., & Alvim, N. A. T. (2016). Intervenções de enfermagem com música: revisão integrativa da literatura. Revista de Pesquisa Cuidado é Fundamental Online, 8(1), 3832-3844. https://doi.org/10.9789/2175-5631.2016.v8i1.3832-3844.

Ruela, L. d. O., Moura, C. d. C., Gradim, C. V. C., Stefanello, J., Iunes, D. H., & Prado, R. R. d. (2019, November). Implementação, acesso e uso das práticas integrativas e complementares no Sistema Único de Saúde: revisão da literatura. Ciência & Saúde Coletiva, 24 (11), 4239-4250. https://doi.org/10.1590/1413-812320182411.06132018.

Santos, M. S., Thomaz, F. M., Jomar, R. T., Abreu, A. M. M., & Taets, G. G. C. C. (2021). Música no alívio do estresse e de estresse de pacientes com câncer. Revista Brasileira de Enfermagem, 74(2), 1-6. Doi:https://doi.org/10.1590/0034-7167-2019-0838.

Silva., M. A. d., & Souza., W. d. L. (2019). Assistência de enfermagem em relação às interfaces da mulher no climatério: Revisão Integrativa. [Trabalho de Conclusão de Curso]. Repositório Institucional do grupo Tiradentes. https://openrit.grupotiradentes.com/xmlui/handle/set/3718?show=full.

Souza., A. D. Z., Ceolin, T., Vargas, N. R. C., Heck , R. M., Vasconcellos, C. L., Borges, A. M., & Mendieta., M. C. (2011, October). Plantas medicinais utilizadas na saúde da criança. Enfermería global Revista electrónica trimestral de Enfermería 10(4), 53-59. https://scielo.isciii.es/pdf/eg/v10n24/pt_clinica4.pdf.

Souza, N. d. S., Pereira, L. P. d. S., Silva, S. V., & Paula, W. K. A. S. d. (2019). Vigilância e estímulo do crescimento e desenvolvimento infantil. Revista de enfermagem UFPe on line, 13(3), 680-689. https://doi.org/10.5205/1981-8963-v13i03a238634p680-689-2019.

Tôrres., A. R., Oliveira., R. A. G., Diniz., M. F. F. M., & Araújo., E. C. (2005). Estudo sobre o uso de plantas medicinais em crianças hospitalizadas da cidade de João Pessoa: riscos e benefícios. Revista Brasileira de Farmacognosia, 15 (4), 373-380. https://doi.org/10.1590/S0102-695X2005000400019.

Torres, B. V. d. S., Almeida, L. A. d., Silva, R. C. d. M., J. d. S., & Vieira, A. C. S. (2021). Práticas integrativas e complementares no cuidado em saúde de crianças: revisão integrativa. Enfermagem em Foco, 12 (1), 154-162. https://doi.org/10.21675/2357-707X.2021.v12.n1.3753.

Vorpagel, K. M., Schein, J. L., Sausen, D., Cargnin, M. B., & Pagno, A. R. (2021). Práticas integrativas e complementares no cuidado à saúde da criança: shantala, uma revisão narrativa. [Apresentação de trabalho]. Congresso Internacional em Saúde. https://publicacoeseventos.unijui.edu.br/index.php/conintsau/article/view/19173/17906.

Downloads

Publicado

25/11/2022

Como Citar

MONTEIRO, A. M.; BEZERRA, C. A. M.; ANJOS, B. C. B.; PINTO, A. C. A. P.; ANJOS, T. A. F. dos .; BARATA, J. C. .; SANTOS, G. F. dos .; MARINHO, R. L. .; CARDOSO, R. F. M. .; COELHO , L. A. C. . Utilização de Práticas Integrativas e Complementares como recurso mitigador de problemas comuns da primeira infância: Relato de experiência . Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 15, p. e516111537388, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i15.37388. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37388. Acesso em: 30 jun. 2024.

Edição

Seção

Ensino e Ciências Educacionais