Protagonismo de discentes de medicina na realização das atividades do programa HIPERDIA: relato de experiência
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37501Palavras-chave:
Hipertensão Arterial Sistêmica; Diabetes Mellitus; Educação médica.Resumo
As complicações envolvendo a Hipertensão Arterial Sistêmica e a Diabetes Mellitus contribuem para o aumentando da mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis, bem como elevam os custos do Sistema Único de Saúde do Brasil. O objetivo deste trabalho foi dinamizar o ensino-aprendizagem do Planejamento Estratégico Situacional a discentes de medicina, com o mote da execução das atividades do Programa Nacional de Hipertensão e Diabetes. A metodologia utilizada foi o relato de experiência do ensino-aprendizagem com o uso da pedagogia por problemas, levando os discentes a protagonizarem seus aprendizados sob a coordenação do docente. A execução das ações programadas para os indivíduos da Comunidade foi desenvolvida em três momentos, contando com visita domiciliar para busca ativa de faltosos, convite para a participação das atividades programadas e a realização das ações inerentes ao Programa Nacional de Hipertensão e Diabetes no ambiente físico da Unidade da Estratégia da Saúde da Família. Os resultados encontrados foram positivos para o aprendizado dos discentes sobre o Planejamento Estratégico Situacional, a formatação do Plano de Intervenção e a execução de ações de promoção da saúde. Os fatores concretos aqui observados e apontados sinalizaram para resultado positivo no autocuidado, na sensibilização do público-alvo e no despertar dos indivíduos para os conhecimentos sobre a promoção da saúde e a prevenção das doenças em foco. Para os discentes de medicina, o protagonismo na execução das atividades os aproximou do cuidado humanizado e proporcionou o estreitamento da relação da Universidade Federal do Pará com a Comunidade do Riacho Doce.
Referências
Almeida-Pititto, B., Dias, M. L., Moraes, A. C. F., Ferreira, S. R. G., Franco, D. R., Eliaschewitz, F. G. (2015). Type 2 diabetes in Brazil: epidemiology and management. Diabetes, Metabolic Syndrome and Obesity: Targets and Therapy, 2015:8 17–28. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4298341/
Alves, B. A., & Calixto, A. A. T. F. (2012). Aspectos determinantes da adesão ao tratamento de hipertensão e diabetes em uma Unidade Básica de Saúde do interior paulista. Journal of the Health Sciences Institute, 30(3): 255-260. https://repositorio.unip.br/journal-of-the-health-sciences-institute-revista-do-instituto-de-ciencias-da-saude/aspectos-determinantes-da-adesao-ao-tratamento-de-hipertensao-e-diabetes-em-uma-unidade-basica-de-saude-do-interior-paulista/
Araújo, C. C., Cunha, C. L. F., Valois, R. C., Botelho, E. P., Barbosa, J. S., & Ferreira, G. R. O. N. (2019). Internações por diabetes mellitus no estado do Pará: distribuição espacial e fatores associados ao óbito. Revista Nursing, 22(257): 3226-3233. http://www.revistanursing.com.br/revistas/257/pg56.pdf
Artmann, E. (2000). O Planejamento Estratégico Situacional: um instrumento a favor da visão multissetorial. Cadernos da Oficina Social, 3(1): 98-119. https://www.nescon.medicina.ufmg.br/biblioteca/imagem/2153.pdf
Asso, R. N., Affonso, V. R., Santos, S. C., Castanheira, B. E., Zaha, M. S., Losada, D. M., & Santos, J. (2013). Avaliação das visitas domiciliárias por estudantes e pelas famílias: uma visão de quem as realiza e de quem as recebe. Revista Brasileira de Educação Médica, 37(3): 326-332. https://www.scielo.br/j/rbem/a/JgfVS3wfCMqz5CkCxQcxYhb/?lang=pt
Barroso, W. K. S., Rodrigues, C. I. S., Bortolotto, L. A., Mota-Gomes, M. A., Brandão, A. A., Feitosa, A. D. M., Machado, C. A., Poli-de-Figueiredo, C. E., Amodeo, C., Mion Júnior, D., Barbosa, E. C. D., Nobre, F., Guimarães, I. C. B., Vilela-Martin, J. F., Yugar-Toledo, J. C., Magalhães, M. E. C., Neves, M. F. T., Jardim, P. C. B. V., Miranda, R. D., . . . Nadruz, W. (2021). Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial – 2020. Arquivos brasileiros de cardiologia, 116(3): 516-658. https://doi.org/10.36660/abc.20201238
Betti, I. A., Coutinho, A., Monteiro, A. C. R. S., Chetelat, E. S. M., Cardoso, E. A., Porto, F. L. F., Lopes, L. C. M., Leite, M. C. C. M. B., Santos, M. C., Amato, P. G. A., Santos, R. C. D., Rabello, S. N. R., Afonso, T. G. A. S., & Pereira, V. R. (2020). Adesão ao tratamento de HAS: uma questão de organização do processo de trabalho na Atenção Primária no SUS. Revista Qualidade HC, Ribeirão Preto, p. 252-255. https://www.hcrp.usp.br/revistaqualidadehc/edicaoselecionada.aspx?Edicao=12
Brasil. Ministério da Saúde. Banco de dados do Sistema Único de Saúde - DATASUS. (2019). Hipertensão arterial nas 4 macrorregiões do Pará. Sistema de Informação da Atenção Básica (SIAB). http://www2.datasus.gov.br/SIAB/index.php?area=04
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). (2013). Prevalência do diabetes mellitus. Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabéticos. http://tabnet.datasus.gov.br/cgi/tabcgi.exe?hiperdia/cnv/hdpa.def
Brasil. Ministério da Saúde. Departamento de Saúde da Família / Secretaria de Atenção Primária à Saúde. (n.d.b). Estratégia Saúde da Família. Gov.br. https://www.gov.br/saude/pt-br/acesso-a-informacao/acoes-e-programas/estrategia-saude-da-familia
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. (2014a). Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: hipertensão arterial sistêmica. Brasília: Ministério da Saúde. 128 p. https://pesquisa.bvsalud.org/bvsms/resource/pt/mis-37355
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. (2014b). Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica: diabetes mellitus. Brasília: Ministério da Saúde. 160 p. http://www.saude.ba.gov.br/caderno-atencao-basica-diabetes-estrategias-para-o-cuidado-da-pessoa-com-doenca-cronica-no-35-2014/
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Análise em Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis. (2021). Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos não Transmissíveis no Brasil 2021-2030. Brasília: Ministério da Saúde. 118 p. http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/plano_enfrentamento_doencas_cronicas_agravos_2021_2030.pdf
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de Vigilância de Doenças e Agravos não Transmissíveis e Promoção da Saúde. (2017). Vigitel Brasil 2016: vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico: estimativas sobre frequência e distribuição sociodemográfica de fatores de risco e proteção para doenças crônicas nas capitais dos 26 estados brasileiros e no Distrito Federal em 2016. Brasília: Ministério da Saúde. https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/publicacoes-svs/vigitel/vigitel-brasil-2016-fatores-risco.pdf/view
Brasil. Ministério da Saúde. (n.d.a). 26/6 – Dia Nacional do Diabetes. Biblioteca Virtual em Saúde. https://bvsms.saude.gov.br/26-6-dia-nacional-do-diabetes-4/
Brasil. Ministério da Saúde. (2001). Portaria nº 235, de 20 de fevereiro de 2001. Estabelece as diretrizes para a reorganização da atenção aos segmentos populacionais expostos ou portadores de hipertensão arterial e de diabetes mellitus na rede pública de serviços de saúde. https://bvsms.saude.gov.br › bvs › prt0235_20_02_2001
Brasil. Ministério da Saúde. (2007). Portaria nº 2.583, de 10 de outubro de 2007. Define elenco de medicamentos e insumos disponibilizados pelo Sistema Único de Saúde, nos termos da Lei nº 11.347, de 2006, aos usuários portadores de diabetes mellitus. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2007/prt2583_10_10_2007.html
Bustamante, J. (2010). Poder comunicativo, ecossistemas digitais e cidadania digital. In: Silveira, A. S. (orgs). Cidadania e redes digitais. São Paulo: Comitê Gestor da Internet no Brasil, Maracá, Educação e Tecnologias. p. 12-35. https://www.cgi.br/media/docs/publicacoes/1/livro-cidadania-e-redes-digitais.pdf
Castro, M. C C., Massuda, A., Almeida, G., Menezes-Filho, N. A., Andrade, M. V., Noronha, K. V. M. S., Rocha, R., Macinko, J. Hone, T., Tasca, R., Giovanella, L. Malik, A. M., Werneck, H., Fachini, L. A., & Atun, R. (2019). Brazil's unified health system: the first 30 years and prospects for the future. Lancet, 394(10195): 345-356. http://dx.doi.org/10.1016/S0140-6736(19)31243-7
Casarin, S.T., & Porto, A.R. (2021). Relato de Experiência e Estudo de Caso: algumas considerações. Journal of Nursing and Health, 11(2):e2111221998. https://periodicos.ufpel.edu.br/ojs2/index.php/enfermagem/article/view/21998
Cortes, L.F., Padoin, S.M.M., & Berbel, N.A.N. (2018). Problematization Methodology as Convergent Healthcare Research: práxis proposal in research. Rev Bras Enferm, 71(2):440-5. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167-2016-0362
Desidério, M. (2015, 24 de maio). As capitais brasileiras onde mais gente tem hipertensão. Exame.com. https://exame.com/brasil/as-capitais-brasileiras-onde-mais-gente-tem-hipertensao/
Dos Santos, B. P., Feijó, A. M., Viegas, A. da C., Lise, F., & Schwartz, E. (2018). Classificação das pesquisas. In F. Lise, B. M. Souza, E. Schwartz, & F. R. M. Garcia (Orgs.). Etapas da construção científica: da curiosidade acadêmica à publicação dos resultados. Pelotas: Ed. UFPel. p. 61-73. http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/4171
Filha, F. S. S. C.; Nogueira, L. T.; & Viana, L. M. M. (2011). HIPERDIA: Adesão e Percepção de Usuários Acompanhados Pela Estratégia Saúde da Família. Rev. Rene, Fortaleza; 12(n. esp.):930-6; 2011. http://www.periodicos.ufc.br/rene/article/view/4380
Magnago, C., & Pierantoni, C. R. (2015). Dificuldades e estratégias de enfrentamento referentes à gestão do trabalho na Estratégia Saúde da Família, na perspectiva dos gestores locais: a experiência dos municípios do Rio de Janeiro (RJ) e Duque de Caxias (RJ). Saúde Debate, Rio de Janeiro, 39(104): 9-17. https://doi.org/10.1590/0103-110420151040194
Morsch, J.A. (2021, maio 13). 5 problemas do SUS e alternativas ao paciente. Telemedicina Morsch. https://telemedicinamorsch.com.br/blog/problemas-do-sus
Negreiros, R. V., Fonseca, E. N. R., Abreu, R. A., Freire, E. E., Gaudêncio, E. O., Safra, G., Mendes, J. M. S., Sousa, A. O. B. (2021). Internações de Diabete Mellitus entre 2016 e 2020. Brazilian Journal of Development, Curitiba, 7(8): 77218-77232. https://doi.org/10.34117/bjdv7n8-100
Nishijina, M., Cyrillo, D. C., & Junior, G. B. (2010). Análise econômica da interação entre a infraestrutura da saúde pública e privada no Brasil. Economia e Sociedade, Campinas, v. 19, n. 3 (40), p. 589-611. https://www.scielo.br/j/ecos/a/YJWqFmPFY7ttT4GXnRtBQMF/?lang=pt
Pelisoli, C., Sacco, A. M., Barbosa, E. T., Pereira, C. O., & Cecconello, A. M. (2014). Acolhimento em saúde: uma revisão sistemática em periódicos brasileiros. Estudo de Psicologia, Campinas, 31(2): 225-235. http://dx.doi.org/10.1590/0103-166X2014000200008
Pinto, L. F., & Giovanella, L. (2018). The Family Health Strategy: expanding access and reducing hospitalizations due to ambulatory care sensitive conditions (ACSC). Ciência & Saúde Coletiva, 23(6): 1903-1914. https://doi.org/10.1590/1413-81232018236.05592018
World Health Organization. (2021a). Guideline for the pharmacological treatment of hypertension in adults. Geneva: World Health Organization. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK573631/
World Health Organization. (2021b). Keeping the 100-year-old promise: making insulin access universal. Geneva: World Health Organization. https://www.who.int/publications/i/item/9789240039100
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2022 Evelyn Teixeira Borges; Anderson Veiga Barbosa; Alex Carlos Ferreira Castro; Marissol Miranda Alves Reis; Emerson André Negrão do Nascimento; Waltair Maria Martins Pereira
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.