Mudança de prenome de transexuais: a jurisprudência do STF na proteção dos direitos LGBTQIA+

Autores

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v11i15.37554

Palavras-chave:

Direitos humanos; Pessoas transvestigenere; Mudança de prenome; Atuação do STF.

Resumo

Objetivo geral: contribuir para a discussão jurídica do tema que envolve os direitos das pessoas trans no Brasil, a partir de 2004, sobretudo no tocante à importância das decisões judiciais, na proteção dos direitos LGBTQIA+. E, como objetivos específicos: a) demonstrar a extensão da jurisprudência do Supremo Tribunal Federal (STF) e como tem sido importante para efetivação de direitos fundamentais da comunidade LGBTQIA+; b) analisar um dos principais julgados, o recurso extraordinário (RE) nº 670.422, Tema 761 da Repercussão Geral, e a Ação direta de inconstitucionalidade (ADI) nº 4.275, nos quais garantiu-se o direito de pessoas transvestigenere poder fazer a mudança do prenome e do sexo em seus documentos oficiais. Metodologia: trata-se de uma pesquisa bibliográfica em que se procura atualizar a literatura jurídica sobre o tema, e analisar os problemas jurídicos atuais relacionados com os direitos fundamentais de pessoas transvestigenere, no Brasil. Resultado: Identifica-se decisões judiciais importantes tomadas pelo STF, de 2011 a 2020, tendo como objeto a proteção dos direitos LGBTQIA+, a partir de dois eixos temáticos: o promocional e o repressivo.  Considerações finais: a atuação do STF, como Corte contramajoritária, foi proativa, mas dentro dos limites constitucionais.  Em virtude da natureza polêmica dessas decisões, é que se formou no Brasil uma opinião de que o STF decidiu ser protagonista judicial, na realização de direitos das minorias. Porque decide-se causas sensíveis, de conteúdo moral, como a mudança de prenome das pessoas transvestigenere.

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Publicado

26/11/2022

Como Citar

NUNES, D. L. F. .; MEDEIROS, O. D. de . Mudança de prenome de transexuais: a jurisprudência do STF na proteção dos direitos LGBTQIA+. Research, Society and Development, [S. l.], v. 11, n. 15, p. e547111537554, 2022. DOI: 10.33448/rsd-v11i15.37554. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/37554. Acesso em: 14 maio. 2025.

Edição

Seção

Ciências Humanas e Sociais