Juventudes, políticas públicas e empoderamento
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i6.3766Palavras-chave:
Juventudes; Políticas públicas; Protagonismo juvenil.Resumo
As juventudes cearenses se encontram pouco articuladas politicamente, sendo inexistente, por exemplo, o conselho da juventude na maioria dos municípios do Ceará. Torna-se relevante desenvolver relações dialógicas com os jovens, especialmente, residentes de localidades rurais e periféricas para que possam atuar interventivamente em prol de políticas locais e estaduais em matérias que lhes dizem respeito. O objetivo foi qualificar técnica e politicamente jovens menos favorecidos economicamente acerca da realidade sociopolítica brasileira empoderando-os e sensibilizando-os para o engajamento social e para a atuação como defensores de um projeto popular de sociedade com vistas a maior justiça social. Metodologicamente, o estudo amparou-se na pesquisa-ação mediada pela Pedagogia da Alternância, que oportunizou uma formação direcionada a 45 jovens de oito dioceses: Fortaleza, Limoeiro do Norte, Itapipoca, Tianguá, Sobral, Crateús, Iguatu e Crato. Constatou-se que os jovens pouco participaram politicamente em seus municípios, pois possuíam pouco conhecimento acerca da elaboração e efetivação de políticas públicas, e que estas eram pensadas sem ouvir os anseios juvenis, considerando-os problema social. Ante o empoderamento político, os jovens entenderam as suas especificidades locais e firmaram maior engajamento no desenvolvimento social e acompanhamento das políticas juvenis que lhes eram intrínsecas.
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