Formação e práticas docentes na educação de jovens e adultos: fragilidades e avanços

Autores

  • Lenir Keller Universidade Franciscana
  • Elsbeth Léia Spode Becker Universidade Franciscana

DOI:

https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3801

Palavras-chave:

Formação Inicial e Continuada; Reflexão; Práticas Docentes.

Resumo

Neste estudo, o objetivo é refletir sobre a formação inicial e continuada de professores, os saberes e as práticas docentes, com o recorte na Educação de Jovens e Adultos (EJA). A metodologia é qualitativa embasada na pesquisa bibliográfica e documental. O texto discorre sobre as concepções de formação de professores, de saberes e práticas docentes que, de certa forma, dialogam com a modalidade.  Além disso, resgata fatos relevantes para compor um breve histórico e amparos legais sobre a formação inicial e continuada de professores pensada para a referida modalidade, para então vislumbrar as fragilidades e os avanços nos contextos nacional e local. Pôde-se inferir que a formação inicial dos docentes, na modalidade EJA, encontra-se em contração, sendo apenas oferecida na forma de uma disciplina nas licenciaturas da Pedagogia. Além disso, a EJA é marcada por especificidades e, por isso, os processos de formação continuada constituem os espaços possíveis para a reflexão docente e a inovação nas práticas para qualificar e dar significado o ensino destinado aos jovens e adultos.

Biografia do Autor

Lenir Keller, Universidade Franciscana

Professora da Rede Municipal de Ensino de Santa Maria e mestranda no Mestrado em Ensino de Humanidades e Linguagens – MEHL, da Universidade Franciscana – UFN. lenirkeller@yahoo.com.br

Elsbeth Léia Spode Becker, Universidade Franciscana

Professora Adjunta III - Mestrado em Ensino de Humanidades e Linguagens – MEHL, da Universidade Franciscana – UFN. elsbeth.geo@gmail.com

Referências

Arroyo, M. (2006). Formar educadoras e educadores de jovens e adultos. In: Soares, L.(org.) Formação de educadores de jovens e adultos. Belo Horizonte: Autêntica/SECAD-MEC/UNESCO, p.17-32.

Brasil. (2000). Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CEB nº 11/2000, de 10 de maio de 2000. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 jun. 2000a, Seção 1, p. 15.

Brasil.(2002). Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP nº 9/2001, de 18 de janeiro de 2002. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formação de Professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília DF, 2002. Disponível em:

http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/009.pdf. Acesso em: 22 out. 2019.

Brasil. (2005). Conselho Nacional de Educação. Parecer CNE/CP nº. 5/2005. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Pedagogia. Brasília: CNE, 13, dez.

Brasil. (2010). Conselho Nacional de Educação. Parecer CEB nº 6, de 7de abril de 2010. Reexamina o Parecer CNE/CEB nº. 23/2008 que instituiu as Diretrizes Operacionais para a EJA nos aspectos relativos à duração dos cursos e idade mínima para ingresso; idade mínima e certificação nos exames de EJA e EJA desenvolvida por meio da Educação a Distância. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 9 jun. 2010a. Seção 1. p. 20.

Brasil. (2019). Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº 1, de 18 de fevereiro de 2002. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para a formação de professores da Educação Básica, em nível superior, curso de licenciatura, de graduação plena. Brasília, DF.

Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rcp01_02.pdf. Acesso em: 22 out. 2019.

Brasil. (2000b). Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº 1/2000, de 5 de julho de 2000. Estabelece as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Brasília DF. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/CEB012000.pdf. Acesso em: 22 out. 2019.

Brasil. (2006). Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CP nº. 1, de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. 2006b. Diário Oficial da União, Brasília, 16 mai. Seção 1.

Brasil. (2010b). Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº 3, de 15 de junho de 2010. Institui Diretrizes Operacionais para a Educação de Jovens e Adultos nos aspectos relativos à duração dos cursos e idade mínima para ingresso nos cursos de EJA; idade mínima e certificação nos exames de EJA; e Educação de Jovens e Adultos desenvolvida por meio da Educação a Distância. Brasília, DF. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_docman&view=download&alias=5642-rceb003-10&category_slug=junho-2010-pdf&Itemid=30192. Acesso em: 22 out. 2019.

Brasil. (2010c). Conselho Nacional de Educação. Resolução CNE/CEB nº 4/2010, de 13 de julho de 2010. Define Diretrizes Curriculares Nacionais Gerais para a Educação Básica. Brasília DF. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/dmdocuments/rceb004_10.pdf. Acesso em: 22 out. 2019.

Brasil. (1962). Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 4.024/61, de 20 de dezembro de 1961. Fixa as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Brasília: Ministério da Educação. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1960-1969/lei-4024-20-dezembro-1961-353722-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 15 mar. 2019.

Brasil. (1971). Ministério da Educação. Lei da Reforma do Ensino de 1º e 2º Graus, nº 5692/71, de 12 de agosto de 1971. Fixa diretrizes e bases para o ensino de 1° e 2º graus e dá outras providências. Brasília: MEC. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/1970-1979/lei-5692-11-agosto-1971-357752-publicacaooriginal-1-pl.html. Acesso em: 8 mar. 2019.

Brasil. (1966b). Ministério da Educação. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília: MEC. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9394.htm. Acesso em: 30 mar. 2019.

Brasil. (2014). Plano Nacional de Educação. Lei nº 13.005, de 14 de julho de 2014. Aprova o Plano Nacional de Educação e dá outras providências. Brasília, DF: Presidência da República. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2011-2014/2014/Lei/L13005.htm. Acesso em: 10 out. 2019.

Di Pierro, M. C. (2005). Notas sobre a redefinição da identidade e das políticas públicas de educação de jovens e adultos no Brasil. Educação & Sociedade, 26(92):1115-1139.

Di Pierro, M. C. (2011). Balanço e perspectivas da pesquisa sobre formação de educadores/as de jovens e adultos. In: III Seminário Nacional de Formação de Educadores de EJA. Porto Alegre. Disponível em:

http://forumeja.org.br/sites/forumeja.org.br/files/3_snf_poa.pdf. Acesso em: 20 out. 2019

Feltrin, T.; Batista, N.L. & Becker, E.L.S. (2017). A autoformação docente como território de possibilidade: uma reflexão sobre o espaço escolar. RELACult-Revista Latino-Americana de Estudos em Cultura e Sociedade, 3(3).

Freire, Paulo. (2000). Pedagogia da autonomia: Saberes necessários à prática educativa. 25. ed. São Paulo: Paz e Terra.

García, C.M. (1999). Formação de Professores: Para uma mudança educativa. Porto: Porto Editora.

Gil, A. C. (2017). Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas.

Machado, M. M. (2008). Formação de professores para EJA: uma perspectiva de mudança. Revista Retratos da Escola, Brasília, 2(2-3):161-174, 2008. Disponível em: http//www.esforce.org.br. Acesso em: 22 out.

Marcelo, C. (2009). Desenvolvimento profissional docente: passado e futuro. Sísifo- Revista de Ciências da Educação, (8):7-22.

Moura, T. M.M. (2009). Formação de educadores de jovens e adultos: realidade, desafios e perspectivas atuais. Práxis Educacional, Vitória da Conquista, 5(7):45-72.

Nóvoa, A. (org.). (2013). Vidas de professores. Porto: Porto Editora.

Nóvoa. A. (1991). Para o estudo sócio-histórico da gênese e desenvolvimento da profissão docente. Teoria e Educação. Porto Alegre, (4):109-139.

Pedroso, A. P. F. & Soares, L. J. G. (2016). Formação de Educadores na Educação de Jovens e Adultos (EJA): alinhavando contextos e tecendo possibilidades. Educação em Revista. Belo Horizonte. 32(4).

Romão, J.E.; Gadotti, M. (2007). Cenários, perspectivas e formação de educadores. Brasília: Líber Livro Editora.

Feitosa, S.C.S. (2008). Método Paulo Freire: a reinvenção de um legado. Brasília: Líber Livro Editora, 2008.

Romão, J.E. & Rodrigues, V. L. (2011). Paulo Freire e a educação de adultos: teorias e práticas. São Paulo: IPF; Brasília: Líber Livro Editora.

Soares, L. (2008). O educador de jovens e adultos e sua formação. Educação em Revista, Belo Horizonte, (47):83-100.

Tardif, M. (2010). Saberes docentes e formação profissional. 11. ed. – Petrópolis, RJ: Vozes.

Tozetto, S. S. (2015). Trabalho docente e suas relações com o saber. In: Trabalho docente: saberes e práticas. Curitiba: CRV. p. 21-51.

Vóvio, C.L. & Bicas, M.S. (2006). Formação de educadores: aprendendo com a experiência. In: Construção coletiva: contribuições à educação de jovens e adultos - Ação Educativa: Brasília.

Zeichner, K. M. (1993). A Formação Reflexiva de Professores: Ideias e Práticas. Lisboa: Educa.

Zeichner, K. M. (2008). Uma análise crítica sobre a “reflexão” como conceito estruturante na formação docente. Educação e Sociedade, 29(103).

Downloads

Publicado

06/05/2020

Como Citar

KELLER, L.; BECKER, E. L. S. Formação e práticas docentes na educação de jovens e adultos: fragilidades e avanços. Research, Society and Development, [S. l.], v. 9, n. 7, p. e202973801, 2020. DOI: 10.33448/rsd-v9i7.3801. Disponível em: https://rsdjournal.org/index.php/rsd/article/view/3801. Acesso em: 28 set. 2024.

Edição

Seção

Ciências Educacionais