Escassez de formação continuada de docentes de ciências do município de Mossoró no nordeste brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v9i7.3857Palavras-chave:
Ciências; Ensino fundamental; Formação docente; Perfil docente.Resumo
O processo de formação inicial e continuada de docentes é de extrema importância para o sucesso da carreira profissional. No entanto, é comumente relatada presença de profissionais lecionando disciplinas distintas da sua área de formação e também se observa profissionais sem formação continuada. Fatores como estes podem interferir diretamente na qualidade do ensino e da aprendizagem dos discentes. Dessa forma, o estudo teve como objetivo traçar o perfil socioprofissional e investigar a formação inicial e continuada de docentes da disciplina de Ciências que lecionam na rede estadual do município de Mossoró-RN. Para isso, foi realizado um estudo transversal, descritivo, retrospectivo, de abordagem quantitativa, sendo a população alvo professores da disciplina de Ciências de 20 escolas da rede estadual de Mossoró-RN. Pode-se observar que a faixa etária predominante dos professores é entre 36-45 anos (57,2%), a maioria são mulheres (57%), o estado do civil mais frequente é casado (42%), 56% dos profissionais possuem filhos. Em relação ao regime de trabalho, 57% possuem uma carga horária de 60 horas semanais, complementam a carga horária com outra disciplina e possuem entre 5-10 anos de carreira docente. Quando avaliado a formação inicial, pode-se observar que todos os profissionais realizaram curso superior na Universidade Estadual do Rio Grande do Norte e que 57% são licenciados em Ciências Biológicas. Por fim, quando avaliada a formação continuada, observa-se que 71% fizeram cursos de pós-graduação da modalidade especialização, porém não realizam atividades contínuas de formação. Dessa forma, observa-se que a maioria dos profissionais que lecionam a disciplina de Ciências na rede estadual do município de Mossoró-RN, possui formação inicial e continuada, porém sentem falta de cursos de formação para reciclagem de conhecimento. Desse modo, o trabalho propõe a criação de projetos de intervenção participativos que nos quais se integrem os professores da rede pública e sua atualização dos seus conhecimentos.
Referências
Alcantara, M. A. R., & de Abreu Souza, A. C. G. (2016). Formação inicial de professores: perfil dos alunos ingressantes em ciências biológicas. Revista Profissão Docente, 16(34).
Alves, C. D. N. (2018). Da formação inicial à continuada para a EJA: desafios e implicações para a prática docente.
Alves, M., Queirós, P., & Batista, P. (2017). O valor formativo das comunidades de prática na construção da identidade profissional. Revista Portuguesa de Educação, 30(2), 159-185.
Andrade, L. R. M. D., & Falcão, J. T. D. R. (2018). Trabalho docente no município de natal: perfil e risco psicossocial. Educação & Sociedade, 39(144), 704-720.
Azanha, J. M. P. (2019). A formação do professor e outros escritos. Senac.
Benedet, M. L., Réus, V. B., & Lunardi, G. M. (2019). A formação continuada de professores da educação básica mediada pelas tecnologias da informação e comunicação. Criar Educação, 8(1).
Brasil, C., & Brasil. (1996). Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Diário Oficial da União, 134(248).
Carvalho, F., Rodrigues, J. L., Scheifele, A., Oliveira, A. L., & Junior, E. J. H. (2017). A licenciatura em Ciências Biológicas de uma instituição pública do estado do Paraná: Tensões entre perfil profissional e os aspectos curriculares. XI Encontro Nacional de Pesquisa em Educação em Ciências. Florianópolis, Santa Catarina. Anais.
Corrêa Pires, E. A., & Malacarne, V. (2018). Formação inicial de professores no curso de pedagogia para o ensino de ciências: representações dos sujeitos envolvidos. Investigações em Ensino de Ciências, 23(1).
Diniz-Pereira, J. E., & Zeichner, K. M. (2017). A pesquisa na formação e no trabalho docente. Autêntica.
Domingues, J., & Machado, G. P. (2020). Realização profissional e precarização: estudos sobre o
Fávero, A. A., Pagliarin, L. L. P., & Trevisol, M. G. (2020). Diretrizes curriculares nacionais para a formação continuada dos professores da educação básica: análise comparada dos planos estaduais de educação do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Perspectiva, 38(1), 1-18.
Francisquini, R. D. F. (2016). Identidade Docente e Educação Especial: perfil e história de vida de professores das salas de atendimento educacional especializado da rede de ensino fundamental das escolas municipais de Itajubá/MG.
Hurtado, A. P. G., Hurtado, K. D. P. R., & Costa, P. C. F. (2020). O uso do smartphone como recurso pedagógico na disciplina de sociologia na EJA. Diálogo, (43), 99-106.
Lima, A. M. D. (2017). Trabalho de professora na rede estadual da cidade de Catalão/GO: docência, gênero e classe.
Lima, C. A. (2008). Aproximações entre ciência-tecnologia-sociedade e os temas transversais no livro didático de matemática do ensino fundamental de 5a. a 8a. séries.
Lima, M. S. L., & Pimenta, S. G. (2018). Estágio e docência. Cortez Editora.
Miranda, N. A., Pereira, R., & Pereira, C. A. S. (2020). Gestão escolar feminina na escola pública estadual paulista: a percepção docente. Revista Cocar, 14(28), 622-643.
Pereira, A.S. et al. (2018). Metodologia da pesquisa científica. [e-book]. Santa Maria. Ed. UAB/NTE/UFSM.
Quadros-Flores, P. A., & Raposo-Rivas, M. (2017). A inclusão de tecnologias digitais na educação:(re) construção da identidade profissional docente na prática. Revista Prácticum, 2(2), 2-17.
Ramos, J. T. J., & da Silva, A. M. T. B. (2018). As Concepções Dos Professores Sobre a Interdisciplinaridade Em Um Modelo Alternativo De Formação Em Ciências Exatas: Possíveis Convergências. Investigações em Ensino de Ciências, 23(3), 1.
Rosa, D. L., Mendes, A. N. F., & Locatelli, A. B. (2018). A formação da identidade docente na licenciatura em química e suas relações com a aprendizagem significativa a partir da análise do modelo de ensino de Gowin. Revista Práxis, 10(20), 147-160.
Santos, D. A., & Vasconcelos, M. A. D. (2019). 06 Gestão democrática escolar: desafios, expectativas e reflexões. Faculdade são luís de frança caderno de trabalhos de conclusão de curso, 62.
Santos, G. O. S., & Melo, G. F. (2018). Formação docente para o atendimento educacional especializado na sala de recurso multifuncional. Linguagens, Educação e Sociedade, 1(40), 6-31.
Silva, G. B., & Felicetti, V. L. (2018). O ensino e a aprendizagem da matemática através da formação continuada de professores, a partir da teoria dos campos conceituais. SEFIC 2018.
Souza, S. A. S., de Souza, L. A. S., & Júnior, M. A. V. L. (2018). Síndrome de Burnout: o cirurgião-dentista docente e o esgotamento laboral crônico. Revista Campo do Saber, 3(2).
Carlotto, M. S., & Câmara, S. G. (2017). Psychosocial Risks Associated with Burnout Syndrome Among University Professors. Avances en Psicología Latinoamericana, 35(3), 447-457.
Torres, M. J. A., & Cardoso, C. (2019). Os millennials e as suas expectativas do mercado de trabalho e das organizações: um estudo acerca dos estudantes do ensino superior do concelho do Porto (Doctoral dissertation). trabalho cultural a partir da experiência discente. Letra Capital Editora LTDA.
Vasconcelos, C. A. D., & Oliveira, E. V. (2017). TIC no ensino e na formação de professores: reflexões a partir da prática docente. Revista Brasileira de Ensino Superior.
Downloads
Publicado
Como Citar
Edição
Seção
Licença
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
1) Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
2) Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
3) Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado.