Educação profissional e religiosa: a experiência jesuítica no Rio Grande colonial
DOI:
https://doi.org/10.17648/rsd-v7i10.388Palavras-chave:
Jesuítas; História da Educação; Fontes.Resumo
A experiência jesuítica no Brasil apresenta diversas nuances e narrativas que descrevem a relação do jesuíta com índio, com o colono e as ações decorrentes desse contato, tudo como reflexo de uma política metropolitana e suas adaptações na Colônia. O principal agente dessa política era o jesuíta, aliado da Coroa e representante da Igreja. O jesuíta passava por uma preparação profissional meticulosa nos Colégios antes da experiência missional que produzia um verdadeiro gestor, aliando a necessidade espiritual e material num mesmo ser. Apresenta- se, nesse trabalho, dois papéis – religioso e artesão – desempenhados pelos jesuítas para atingir o objetivo da catequização. Para o desenvolvimento da pesquisa, utilizam-se referências que discutem a presença dos jesuítas no Brasil tanto observando o intuito espiritual, bem como a importância dos trabalhos manuais para a aproximação e fixação das populações indígenas nas missões. Entende-se que toda a preparação anterior à experiência colonial pode ser enquadrada no conceito de educação profissional, visto que o missionário era treinado durante sua formação para a execução do trabalho com os nativos. Apresentam-se fontes documentais produzidas pelos jesuítas sobre a sua experiência e análises produzidas por estudiosos locais. O espaço de estudo é o Rio Grande colonial e as narrativas decorrentes da vivência nessa localidade, portanto o objetivo desse trabalho é contribuir para a ampliação do entendimento da História da Educação no Rio Grande. Os resultados ainda são incipientes, visto que a pesquisa é nova e ainda está na etapa de mapeamento de dados mais específicos.
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