Causas básicas de óbito e sobrevivência segundo a raça/cor e sexo na Bahia, no período 2010-2020
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.39014Palavras-chave:
Mortalidade; Sobrevivência; Grupos raciais.Resumo
Diferenças raciais se associam às desigualdades sociais e condicionam a forma de vida das pessoas, podem determinar a saúde e doença de um determinado grupo. O proposito da pesquisa foi analisar a mortalidade por causa básica de óbito, tempo de sobrevivência e diferenciais pela raça/cor e sexo na Bahia. Trata-se de um estudo epidemiológico, quantitativo, com dados secundários provenientes do SIM. Avaliou-se a associação entre as variáveis “causa básica de óbito” e “raça/cor” pelo teste do qui-quadrado, estudaram-se as relações entre todas as categorias de ambas as variáveis em uma análise de correspondência simples, e realizou-se uma análise de sobrevivência para comparar as curvas. Os resultados revelam que as mulheres apresentam melhor tempo de sobrevivência que os homens. Há uma associação entre a causa de óbito e raça/cor estatisticamente significante (p<0,0001). Os dados sugerem que há causas específicas de óbito segundo a raça/cor. Não encontramos diferenças estatisticamente significantes na sobrevivência média de brancos quando comparados com amarelos. Os pardos morrem principalmente pelas causas externas e apresentam o menor tempo de sobrevivência médio, aproximadamente 10 anos menos que os brancos. Pretos morrem principalmente pelas doenças infecciosas e parasitárias, e apresentam em média 7,9 anos de sobrevivência menos que brancos. Indígenas morrem principalmente por transtornos mentais e comportamentais e apresentam 8,5 anos menos de sobrevivência. Conclusão: As mulheres apresentam maior sobrevivência média que os homens. Embora a sobrevivência média geral tenha apresentado uma tendência ao aumento, nas categorias da raça/cor há diferenças na média, diferenças que são mantidas ao longo dos anos.
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