Estudo da saúde mental de funcionários públicos em duas Unidades de Atenção Básica de Saúde no município de Cascavel – Paraná, durante o período pandêmico da COVID-19
DOI:
https://doi.org/10.33448/rsd-v11i17.39308Palavras-chave:
Depressão; Pandemia; Unidade Básica de Saúde; COVID-19; Profissionais de saúde.Resumo
A saúde mental é parte essencial da vida do ser humano. Ter uma satisfatória saúde mental é fundamental para uma saúde de qualidade como um todo. Com a pandemia do COVID-19 e consequente restrição de atividades habituais, vários foram os problemas percebidos, como: ansiedade, depressão, crises de pânico e estresse. Quando falamos dos profissionais que atuam na linha de frente da pandemia, acredita-se que a incidência seja ainda maior devido à responsabilidade de tratar os pacientes contaminados, especialmente porque no início não haviam estudos, opções de tratamento, vacinas, condutas e protocolos para serem utilizados. A depressão, apesar de subdiagnosticada, é uma doença incapacitante e, quando em funcionários públicos atuantes em unidades de atenção primária a saúde, deixa o trabalho ainda mais exaustivo, levando a um possível prejuízo às condutas e manejos dos casos, sendo um problema para a saúde pública. Nesse presente trabalho, foi realizado uma pesquisa através de um questionário validado (PQH-9) para verificar a porcentagem de trabalhadores da saúde pública que possuem depressão em seus variados graus, sendo que destes, mais da metade dos entrevistados (54%) possuem algum grau de transtorno depressivo, tendo como objetivo os dados coletados sirvam para chamar a atenção dos profissionais e gestores acerca do assunto, visto que a depressão é uma doença com alta prevalência e subdiagnosticada, principalmente quando necessitando dos devidos cuidados.
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