Educação e Espaço Público em Hannah Arendt: uma trama conceitual político-filosófica face a LEI Nº 13.415, que retirou a obrigatoriedade da disciplina de Filosofia
DOI:
https://doi.org/10.17648/rsd-v7i9.395Palavras-chave:
Educação; Política; Reforma Educacional; Filosofia.Resumo
O presente trabalho tem por objetivo analisar a reflexão político-filosófica de Hannah Arendt que num tom de crítica ao modelo solipsista de fundamentação surgido na modernidade e para afirmar seu pensamento, confronta-o buscando no fundamento na coletividade da tradição política clássica sua inspiração. Arendt traz à tona o conceito de Espaço Público como essencial ao estabelecimento de uma verdadeira experiência política. Alicerçado metodologicamente na análise bibliográfica de obras como A Condição Humana, este trabalho traz elementos fundamentais à reflexão sobre a educação frente aos desafios atuais no campo educacional. O ser para se afirmar no espaço político é auxiliado pela palavra e pela ação como processo educativo e ao mesmo tempo forjando o debate público que constitui o próprio fundamento da vida política dos ‘sujeitos educados’, nesse sentido, a atual reforma educacional nega à escola esse espaço ao retirar a obrigatoriedade de disciplinas como a Filosofia. O presente estudo intenta ampliar a discursão acerca da Filosofia na escola, sem seu auxilio a educação das gerações futuras, dos ‘novos’ que chegam ao mundo pela natalidade são comprometidos em seu acesso ao mundo comum. Na perspectiva do pensamento arendtiano, lançando um olhar às suas origens na tradição clássica e perpassando pelas demais formas de sua abordagem com ênfase na educação no ensaio intitulado ‘A crise na educação’ Arendt estabelece o foco desta sua crítica. Concluímos que a reflexão arendtiana nos possibilita perceber elementos que irão nos auxiliar no estabelecimento de uma análise dos reais objetivos obscurantistas da atual reforma que continua a triste história de intermitência no Ensino de Filosofia na educação brasileira.
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